31 de julho de 2010

Viver com sabedoria e paz

Nunca deixarei que morra em mim a certeza de ser quem sou, nem a vontade de percorrer o Trilho que escolhi.

Mesmo quando me assola alguma gota de fraqueza e de desânimo, bastam pequenos sinais e poucas palavras para renascer a esperança de que nenhuma perda é definitiva, nem nenhuma sentença terrena é um facto consumado.

A passagem por esta vida é muito curta para odiar alguém. Hoje escrevo no livro da minha vida páginas de paz, de amor, de amizade e de serenidade.

Há muito tempo que fiz as pazes com o meu passado, para ele não me estragar o presente.

Deixei de me importar com o que os outros pensam de mim, não é da minha conta, sigo um caminho que é somente meu, os amigos podem caminhar ao meu lado, mas ninguém pode fazer o percurso por mim.
_______________________
Fonte: CAMINHante

22 de julho de 2010

As aparições de espíritos

As aparições propriamente ditas ocorrem no estado de vigília, no pleno gozo e completa liberdade das faculdades da pessoa. Apresentam-se geralmente com uma forma vaporosa e diáfana, algumas vezes vaga e indecisa. Quase sempre, a princípio, é um clarão esbranquiçado, cujos contornos vão se desenhando aos poucos. De outras vezes as formas são claramente acentuadas, distinguindo-se os menores traços do rosto, a ponto de se poder descrevê-las com precisão. As maneiras, o aspecto, são semelhantes aos do Espírito quando encarnado.


Podendo tomar toda as aparências, o Espírito se apresenta com aquela que melhor o possa identificar, se for esse o seu desejo. Assim, embora não tenha, como Espírito, nenhum defeito corporal, ele se mostra estropiado, coxo, corcunda, ferido, com cicatrizes, se isso for necessário para identificá-lo.


Há os que muitas vezes se apresentam com símbolos da sua elevação, como uma auréola ou asas, pelo que são considerados anjos. Outros carregam instrumentos que lembram suas atividades terrenas: assim um guerreiro poderá aparecer com uma armadura, um sábio com seus livros, um assassino com seu punhal, e assim por diante. Os Espíritos superiores apresentam uma figura bela, nobre e serena. Os mais inferiores têm algo de feroz e bestial, e algumas vezes ainda trazem os vestígios dos crimes que cometeram ou dos suplícios que sofreram. O problema das vestes e dos objetos acessórios é talvez o mais intrigante.


Dissemos que a aparição tem algo de vaporoso. Em alguns casos poderíamos compará-la à imagem refletida num espelho sem aço, que apesar de nítida deixa ver através dela os objetos detrás. É geralmente assim que os médiuns videntes a distinguem. Eles as vêem ir e vir, entrar num apartamento ou sair, circular por entre a multidão com ares de quem participa, ao menos os Espíritos vulgares, de tudo o que se faz ao seu redor, de se interessarem por tudo e ouvirem o que diz. Muitas vezes se aproximam duma pessoa para lhe assoprar idéias, influenciá-la, quando são Espíritos bons, zombar dela, quando são maus, mostrando-se tristes ou contentes com o que obtiverem. São, em uma palavra, a contraparte do mundo corporal.


O Espírito que deseja ou pode aparecer reveste algumas vezes uma forma ainda mais nítida, com todas as aparências de um corpo sólido, a ponto de dar uma ilusão perfeita e fazer crer que se trata de um ser corpóreo. Em alguns casos, e dentro de certas circunstâncias, a tangibilidade pode tornar-se real, o que quer dizer que podemos tocar, palpar, sentir a resistência e o calor de um corpo vivo, o que não impede a aparição de se esvaecer com a rapidez de um relâmpago. Nesses casos, já não é só pelos olhos que se verifica a presença, mas também pelo tato. Se pudéssemos atribuir à ilusão ou a uma espécie de fascinação a ocorrência de uma aparição simplesmente visual, a dúvida já não é mais possível quando a podemos pegar, e quando ela mesma nos seguras e abraça. As aparições tangíveis são as mais raras.


FONTE: Blog Espírita Celeiro de Luz



15 de julho de 2010

Liberte-se da ação corrosiva da "culpa" e do remorso...

Frequentemente recebo depoimentos de pessoas que relatam seus sofrimentos, e em seus textos, como que buscando a razão do seu sofrimento atual, citam algum grave erro cometido no passado. Isso é natural. Diria que é até mesmo saudável… Demonstra que a pessoa está buscando razões e fazendo uma análise de seus atos passados, conscientizando-se das decisões infelizes cometidas e, claro, adquirindo uma nova percepção para enfrentar as novas situações no futuro.


Ocorre, entretanto, que muitas vezes nós não só lembramos o passado e extraimos o aprendizado dele. Não. Muitas vezes nós ficamos presos ao remorso. O remorso pode ser extremamente danoso e nos causar um prejuízo enorme, mesmo fazendo parte de nosso processo evolutivo. A essa altura, seria natural que nos indagássemos: O Remorso faz parte do processo evolutivo? Como assim?


Expliquemos, começando por uma breve introdução: Os Espíritos, em O Livro dos Espíritos, explicam que nós todos fomos criados simples e ignorantes, e que através de milhares e milhares de reencarnações, vamos adquirindo conhecimentos intelectuais e morais. No início das nossas encarnações, somos muito mais governados pela instintividade animal do que pela inteligência e pelos valores morais, como parece lógico. 
Para o homem na terra só há duas fatalidades: A primeira é a certeza da morte do corpo físico e a segunda é a evolução. Assim, nós evoluímos à medida que desenvolvemos as duas grandes asas da Vida: A Inteligência e a Moralidade. Continuamente, O Pai nos oferta oportunidades de aprendizado e crescimento. Podemos sempre optar pelo caminho do amor em nossas decisões, preferindo respeitar o próximo e seguir o caminho da ética e da dignidade. Não raras vezes, contudo, preferimos estacionar por anos e anos nos desregramentos de toda ordem, nos excessos e nos vícios, distanciando-nos da condição básica da manutenção de nossa liberdade na Terra, chamada respeito pelo direito alheio.
Ora, é natural que esse caminho venha a nos trazer dor. Toda irresponsabilidade gera prejuízo ou, dito de outra forma: No jardim de nossas vidas, a plantação é livre mas a colheita é obrigatória. Assim, temos sempre dois caminhos: O caminho do Amor ou o caminho da Dor. É uma pena que nós ainda optemos pelo caminho da Dor… É quase que totalmente a ela que devemos as impulsões do nosso progresso. Então, para não nos alongarmos mais nessa introdução, tomemos um exemplo prático:
Ruana (nome fictício) cometeu aborto há muitos anos atrás. À época ela não tinha a menor consciência de que aquilo era um assassinato contra um ser que não podia sequer se defender. Tempos atrás, ela me escreve relatando suas dores e cita o episódio, esclarecendo que, desde então, tem sido atormentada por sua consciência pelo grave erro cometido. Muitas noites sem sono, uma tristeza profunda e uma ‘certeza‘ íntima a dizer-lhe que ela não era digna de ter nenhuma felicidade na vida…
A partir daqui, procurarei responder as perguntas que ela me fazia, como fazendo parte deste post, por acreditar que pode esclarecer dúvidas de muitas pessoas também:


1) Eu vou para o inferno? 
Ylen - Não recomendo… Acho melhor você procurar um lugar melhor pra ficar. Dizem que lá é muito quente. Aliás, “dizem” é a expressão certa porque, na verdade, o Inferno foi uma criação religiosa para amedrontar os seus fiéis muito rudes e ignorantes ainda, o que era um meio de assustá-los e amedrontá-los e assim, fazê-los agir corretamente. 
Mas, na verdade, o Inferno da forma que é descrito por tantas seitas e religiões ainda hoje, não existe. O Espiritismo nos esclarece que, o que chamamos de Inferno, nada mais é do que a reunião, automática e por afinidade, de espíritos maus e atormentados por seus atos desesperadores quando na terra.  Dessa forma, uma pessoa que se compraz em fazer o mal, automaticamente altera a sua frequência vibratória, passando a sintonizar com outras criaturas do seu mesmo padrão doentio de vibração. Assim, ao desencarnar, esses pobres miseráveis estarão ainda mais ligados e, naturalmente, em um verdadeiro inferno… 
Portanto, aconselhamos que não vá para o Inferno. Prefira modificar a sua conduta no dia de hoje, buscando ter bons pensamentos, afastando-se dos vícios, da maledicência e do mal de forma geral, enquanto busca compreender, auxiliar e perdoar quantos estejam á sua volta, em sua jornada evolutiva aqui na Terra.  Isso, de forma inequívoca, é o seu passaporte para zonas superiores do plano espiritual.


2) Eu posso ser Espírita, mesmo tendo cometido aborto? 
Ylen - Allan Kardec, que foi a pessoa que teve um trabalho gigantesco para reunir, organizar, triar e codificar os ensinamentos de milhares de espíritos ao redor do mundo e, assim, trazer ao mundo o Espiritismo, estabeleceu: “Conhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz em domar as suas más inclinações”  Perceba que ela não se refere ao passado de ninguém e sim ao esforço do presente em melhorar-se. 
Dessa forma, todos aqueles que o quiserem, podem se tornar Espíritas. E, posso assegurar, ser Espírita é muito mais fácil do que se imagina, já que no Espiritismo não se perde tempo com rituais, com velas, imagens ou cultos exteriores de quaisquer formas. Basta-se buscar a melhora íntima e o cultivo do amor ao nosso redor. Qualquer um que assim proceder pode, e deve, declarar-se Espírita. Simples, não?


3) Eu vou ser perdoada? 
Ylen - A pergunta talvez seja: Quando você vai se perdoar? Porque Deus, nosso Pai Criador, em sua infinita onisciência, isto é, em seu absoluto e completo conhecimento de tudo no Universo, conhece não só os nossos corações mas também sabe de todos os nossos erros e, justamente por isso, nos enviou Jesus de Nazaré para dizer-nos que NENHUMA das ovelhas que o Pai lhe confiou, se perderá. 
“NENHUMA” inclui você e eu. Todos os nossos irmãos. Todos os encarnados. Todos os desencarnados.  Assim, compreenda que Deus já lhe perdoou desde sempre. Resta agora você fazer o mesmo e perdoar-se. Liberte-se desse peso terrível, abra a janela do seu coração e deixe a benção dos raios solares iluminar tudo, despertando para novas atitudes perante a vida.


4) A criança que eu abortei, onde ela está? Como ela está? Ela me perdoou? 
Ylen - Onde está o espírito que passou por essa experiência, não posso afirmar com 100% de precisão, mas as possibilidades incluem:
a. Estar reencarnada no seio de outra família. O espírito reencarnante precisa renascer por razões pessoais, para tratar de sua própria evolução. Dessa forma, não tendo sido possível renascer através de uma família X, os amigos espirituais preparam uma família Y onde ele possa ser abrigado. 
b. Estar ainda no plano espiritual, aguardando novo ensejo de retornar como seu próprio filho, expectante de que, na próxima vez, será gestado e aguardado com muito amor e carinho, elementos indispensáveis para uma vida plena, feliz e produtiva. 
c. Ter se revoltado com a situação e com quem praticou o aborto. Isso inclui não só os pais mas também os “profissionais” que praticaram o aborto. Neste caso, faz-se necessário um tratamento espiritual visando ajudar o espírito abortado e, principalmente, que a mãe busque agir no bem, o que acenderá luzes em seu caminho e proporcionará créditos a ela para reparar o erro cometido 


5) O que eu posso fazer para me livrar dessa culpa e dessa dor que me atormenta dia e noite? 
A primeira coisa é compreender que o remorso deve durar apenas um minuto. Quero dizer com isso que o remorso deve durar apenas o tempo necessário para que nos impulsione para ação reparadora. O espírito Joanna de Ângelis cita que o remorso deve ser dinâmico, ou seja, o remoros só tem utilidade quando nos abre os olhos e nos dá forças para trabalharmos de forma a reparar o erro cometido. 
Mas como reparar um erro que já foi cometido? É simples! Já que não podemos fazer mais nada pelo que já passou, podemos fazer por outras pessoas que estão em nosso caminho.  Ora, para combater o remorso por ter cometido aborto devemos então dedicar tempo e esforço de nossas vidas a ajudar outras mães que estão grávidas, que estão precisando de ajuda. 
Assim, ajudando aos filhos de outras mães a nascerem, estamos reparando o mal que fizemos àquele a quem abortamos. Dessa forma, sempre que a consciência de culpa quiser nos atacar com o remorso doentio e venenoso, irá nos encontrar ocupados demais ajudando outras mães a terem seus filhos e, dessa forma, jamais iremos nos preocupar com os erros do passado e, sim, com os acertos do presente! 
Portanto, e em forma de resumo, gostaríamos de deixar claro que o remorso não pode se transformar em um sentimento doentio a nos atravancar a vida.  O remorso deve ser compreendido como um apelo de nossa consciência, alertando-nos para a necessidade de reparar o erro cometido, imediatamente. Do contrário, o remorso será uma substância venenosa a se instalar nas artérias de nossos pensamentos e a nos levar á depressão, à tristeza e à destruição de nossa auto-estima, tendo consequências terriveis em nossas vidas. 


O remorso ameaça trazer-lhe angústia e depressão? Reaja! Busque alguém que precisa de ajuda e ajude-o! Basta isso e o remorso diminuirá de tal modo a sua força que, com a nossa constância no bem, ele se esvoará no tempo de nossa evolução. 
Abraços, sem remorsos, do Ylen

__________________________________ 
Publicado por Ylen Asor e arquivado em Percepção Espírita





12 de julho de 2010

O que é mediunidade...





Mediunidade é a faculdade humana pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. É uma faculdade natural, inerente a todo ser humano, por isso, não é privilégio de ninguém. Em diferentes graus e tipos, todos a possuimos. O que ocorre é que, em certos indivíduos mais sensíveis à influência espiritual, a mediunidade se apresenta de forma mais ostensiva, enquanto que, em outros, ela se manifesta em níveis mais sutis.


A mediunidade é, pois, a faculdade natural que permite sentir e transmitir a influência dos espíritos, ensejando o intercâmbio e a comunicação entre o mundo físico e o espiritual. Trata-se de uma sintonia entre os encarnados (vivos) e os desencarnados (mortos), permitindo uma percepção de pensamentos, vontades e sentimentos. O Espiritismo vê a mediunidade como uma oportunidade de servir, de praticar a caridade, sendo uma benção de Deus que faculta manter o contato com a vida espiritual. Graças ao intercâmbio, podemos ter aqui não apenas a certeza da sobrevivência da vida após a morte, mas também o equilíbrio para resgatarmos com proficiência os “débitos”, ou seja, desajustes adquiridos em encarnações anteriores.


É graças à mediunidade que o homem tem a antevisão de seu futuro espiritual e, ao mesmo tempo, o relato daqueles que o precederam na viagem de volta à erraticidade, trazendo informes de segurança, diretrizes de equilíbrio e a oportunidade de refazer o caminho pelas lições que absorve do contato mantido com os desencarnados. Assim, possui uma finalidade de alta importância, porque é graças a ela que o homem se conscientiza de suas responsabilidades de espírito imortal.


Sendo inerente ao ser humano, a mediunidade pode aparecer em qualquer pessoa, independentemente da doutrina religiosa que abrace. A história revela grandes médiuns em todas as épocas e todos os credos. Além disso, a mediunidade não depende de lugar, idade, sexo ou condição social e moral.


Ney Silva (http://misteriosdoespirito.blogspot.com)