4 de dezembro de 2011

Ação e reação



Cotidianamente, e em toda parte, observamos situações e ocorrências que nos parecem profundamente injustas. Ao lado da favela onde há tanto sofrimento e miséria encontramos a suntuosa mansão, cujos moradores locupletam-se com tudo que o dinheiro e o prestígio podem proporcionar. A cada instante, nos mais diversos pontos da Terra nascem crianças saudáveis e outras doentias, deformadas, excepcionais e limitadas; enquanto uma parte da humanidade já nasce com inclinações boas, dignas e honestas, outra demonstra desde a mais tenra infância tendências para o furto, a mentira, a hipocrisia, a crueldade, a perversidade etc.

O mesmo ocorre com a inteligência, que não é hereditária, porque muitos luminares da ciência e do intelecto eram e são filhos de pais comuns e até mesmo pouco inteligentes, enquanto pais de grande capacidade mental têm gerado filhos limitados. E perguntamos então a nós mesmos por que tantas e tão dolorosas diferenças entre os filhos do mesmo Pai? Se nós, humanos e falíveis, não seríamos capazes de atos tão injustos ou maus para com nossos filhos, como poderia Deus, sendo onipotente, justo, sábio e perfeito, demonstrar tanta incompetência, injustiça e perversidade? Mas a nossa razão diz que não pode ser... que têm de haver outras explicações, caso contrário, deixamos de Nele acreditar e, nessa descrença sofremos o grande vazio que a fuga da fé deixa dentro de nós.

A criatura sem fé é como a lâmpada apagada, em meio à escuridão noturna. Mas, felizmente, sempre chega o dia em que tomamos conhecimento da reencarnação e das leis de causa e efeito ou ação e reação, que os orientais chamam karma. Esse conhecimento então nos coloca de bem com a existência e começamos a ver Deus, o universo e os mecanismos da vida sob nova luz. Compreendemos, assim, que já vivemos muitas e muitas existências na matéria, que somos o resultado do que fomos e fizemos em nossas vidas passadas. Entendemos também que Deus não é o responsável pelas nossas inclinações boas ou más, pela nossa inteligência e aptidões, doenças ou sofrimentos.

LEIA MAIS, clicando na frase abaixo



Os responsáveis somos nós mesmos, pela maneira como vivenciamos nossas existências passadas, assim como também a presente. Tudo o que fomos reflete-se em nossa vida atual. É a lei do retorno que nos devolve pelas mãos da justiça divina, tudo o que fizemos no passado distante ou próximo. A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. É preciso, no entanto, observar que o karma não é só negativo, é também positivo. Ele representa nossa conta corrente com a vida, o retorno dos atos bons e maus, das ações e omissões que praticamos ao longo das encarnações e pode mesmo ser atenuado pela prática do bem, pelo amor posto em ação. Sempre é oportuno lembrar o que disse o apóstolo: “O amor cobre uma multidão de pecados”. Isto significa que se dedicarmos parte do nosso tempo e possibilidades, tais como o amor, o trabalho, a palavra ou dádivas materiais, visando diminuir o sofrimento do próximo ou a lhe mostrar um novo caminho com mais luz e esperança, nossa própria vida, sendo mais útil aos outros, será também menos sofrida para nós.

Essa orientação, aliás, foi dada por Jesus quando disse: “A cada um será dado de acordo com suas obras”. Também é importante entender que nem todos os sofrimentos são kármicos, porque muitas vezes refletem apenas nossas próprias necessidades evolutivas. A dor é a mensageira divina que desperta em nós os valores imortais do espírito. É ela quem nos acorda e faz sair do marasmo ou da acomodação espiritual. Também é através do sofrimento que mais nos aproximamos de Deus. Acontece, igualmente, que muitos espíritos, ao planejarem suas futuras encarnações, pedem aos mentores para nascerem com defeitos físicos ou outros problemas, visando evitar-lhes maiores quedas espirituais. Conta o espírito André Luiz, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) que certa mulher pediu para reencarnar com determinado defeito físico, porque queria preservar-se de tentações e quedas, já que em sua última encarnação fora muito bonita e caíra espiritualmente pelas vias do sexo.

Outros espíritos programam suas encarnações de forma a precisarem enfrentar dificuldades diversas, a fim de não terem tempo nem energia para nutrirem vícios ou leviandades prejudiciais, que lhes atrapalharam o progresso em anteriores encarnações. Nossas faltas, na verdade, e todo o mal que fazemos, ficam marcando presença em nossa consciência profunda e, quando no mundo espiritual, com maior acesso a essas recordações, chega sempre o momento em que sentimos a necessidade de liberar-nos desse peso. Trabalhamos então para merecer nova encarnação na Terra, visando esses resgates, assim como também novos avanços ou ganhos em nossa evolução. Como se vê, a lei de causa e efeito reflete a perfeita justiça e sabedoria do Criador para com suas criaturas.

Quando sentir-se desalentado, receoso, com aquele medo indefinido que tantas vezes nos assalta, lembra que o medo é uma emoção negativa, que abre canais de acesso a vibrações de baixo teor. Sugestão: Respire calma e profundamente algumas vezes, dando a si mesmo um comando para relaxar. Mentalize todo o seu ser cercado por uma luz protetora, cuja fonte está no Criador. Sinta-se protegido, otimista e forte.


Fonte: http://mundoespiritual.blogspot.com.

22 de novembro de 2011

As aparições de espíritos







As aparições propriamente ditas ocorrem no estado de vigília, no pleno gozo e completa liberdade das faculdades da pessoa. Apresentam-se geralmente com uma forma vaporosa e diáfana, algumas vezes vaga e indecisa. Quase sempre, a princípio, é um clarão esbranquiçado, cujos contornos vão se desenhando aos poucos. De outras vezes as formas são claramente acentuadas, distinguindo-se os menores traços do rosto, a ponto de se poder descrevê-las com precisão. As maneiras, o aspecto, são semelhantes aos do Espírito quando encarnado. Podendo tomar toda as aparências, o Espírito se apresenta com aquela que melhor o possa identificar, se for esse o seu desejo. Assim, embora não tenha, como Espírito, nenhum defeito corporal, ele se mostra estropiado, coxo, corcunda, ferido, com cicatrizes, se isso for necessário para identificá-lo. Há os que muitas vezes se apresentam com símbolos da sua elevação, como uma auréola ou asas, pelo que são considerados anjos. Outros carregam instrumentos que lembram suas atividades terrenas: assim um guerreiro poderá aparecer com uma armadura, um sábio com seus livros, um assassino com seu punhal, e assim por diante. Os Espíritos superiores apresentam uma figura bela, nobre e serena. Os mais inferiores têm algo de feroz e bestial, e algumas vezes ainda trazem os vestígios dos crimes que cometeram ou dos suplícios que sofreram. O problema das vestes e dos objetos acessórios é talvez o mais intrigante. Dissemos que a aparição tem algo de vaporoso. Em alguns casos poderíamos compará-la à imagem refletida num espelho sem aço, que apesar de nítida deixa ver através dela os objetos detrás. É geralmente assim que os médiuns videntes a distinguem. Eles as vêem ir e vir, entrar num apartamento ou sair, circular por entre a multidão com ares de quem participa, ao menos os Espíritos vulgares, de tudo o que se faz ao seu redor, de se interessarem por tudo e ouvirem o que diz. Muitas vezes se aproximam duma pessoa para lhe assoprar idéias, influenciá-la, quando são Espíritos bons, zombar dela, quando são maus, mostrando-se tristes ou contentes com o que obtiverem. São, em uma palavra, a contraparte do mundo corporal. O Espírito que deseja ou pode aparecer reveste algumas vezes uma forma ainda mais nítida, com todas as aparências de um corpo sólido, a ponto de dar uma ilusão perfeita e fazer crer que se trata de um ser corpóreo. Em alguns casos, e dentro de certas circunstâncias, a tangibilidade pode tornar-se real, o que quer dizer que podemos tocar, palpar, sentir a resistência e o calor de um corpo vivo, o que não impede a aparição de se esvaecer com a rapidez de um relâmpago. Nesses casos, já não é só pelos olhos que se verifica a presença, mas também pelo tato. Se pudéssemos atribuir à ilusão ou a uma espécie de fascinação a ocorrência de uma aparição simplesmente visual, a dúvida já não é mais possível quando a podemos pegar, e quando ela mesma nos seguras e abraça. As aparições tangíveis são as mais raras.


FONTE: Blog Espírita Celeiro de Luz

4 de novembro de 2011

Nosso Lar, um filme extraordinário!.





Realmente emociona, leva às lágrimas e faz refletir maduramente sobre o quanto falta ainda fazer por nós mesmos e uns pelos outros. Esse “fazer” por nós mesmos na indicação clara de quanto precisamos disciplinar o próprio comportamento, de quanto precisamos nos desprender de tendências egoísticas ou rebeldes, de apegos ou vaidades tolas e pretensiosas.
E o “fazer” uns pelos outros, no estímulo vivo que oferece para a solidariedade e a compreensão com as dificuldades alheias. Mas não é só. Ele reflete a realidade. E o faz de maneira comovente. Os momentos ali retratados, fazendo pensar sobre os valores da família, dos laços de afeto, da responsabilidade individual perante a vida, entre tantos outros, por meio de uma realidade palpável pelo raciocínio e pela sensibilidade, levaram-me às lágrimas. Principalmente por perceber o esforço na propagação da imortalidade da alma. Não há equívocos, não há fantasias, não há distorções, apesar das adaptações próprias para uma produção cinematográfica.
Sim, exatamente, falamos do filme Nosso Lar. Espetacular, extraordinária produção do cinema nacional. Vá ver amigo (a). E não precisa se assustar, caso você não tenha contato com os ensinos do Espiritismo. A realidade de sofrimento, no início do filme, apenas reflete a distância do personagem com os valores reais da virtude e da vinculação com os autênticos valores da alma, entre eles a prece, é óbvio. E considere ainda que ninguém nunca está desamparado. Sempre haverá alguém a nos receber, mas precisamos igualmente abrir as portas do coração. Sim, a imortalidade é realidade gloriosa. E ouso acrescentar, é uma realidade comovente porque apenas retrata a Bondade de Deus que não nos criou para a destruição nem para o sofrimento. A emoção poderá surgir em cada um de maneira diferente, pois são vários os caminhos que fazem refletir. E poderá mesmo não te causar emoção, mas vai te fazer pensar. E antes de considerar tudo aquilo uma fantasia, leia o livro do mesmo nome e busque embasamento em O Livro dos Espíritos, mas faça-o de maneira imparcial, sem prevenções, raciocinando com as lições, é o convite que faço ao leitor não habituado a tais reflexões e muitas vezes resistente a tais ideias. Belíssimo filme. Penso que é um marco na história humana. Sem vulgaridades, sem fantasias e com esmero os produtores e atores, demonstrando uma vez mais a criatividade e o talento nacionais, fizeram uma obra prima do cinema. Que alegria, que gratidão, amigos em toda parte! E, claro, ideal que o leitor também leia o livro. Nosso Lar foi psicografado por Chico Xavier, publicado em 1944, já vendeu mais de um milhão de cópias, e é apenas o primeiro de uma série que ficou conhecida com a Série André Luiz, composta de 13 obras de grande valor científico-literário-filosófico-religioso.

Autor: Orson Peter Carrara


Imagem na postagem: Foto da cidade espiritual Nosso Lar, tal como foi descrita por André Luís e reproduzida no filme com o mesmo nome.


3 de outubro de 2011

Seja uma luz para si mesmo



Se o zen é o caminho da entrega, por que o ensinamento básico de Buda é "seja uma luz para si mesmo"? A entrega essencial acontece dentro de você, nada tem a ver com alguém de fora. A entrega essencial é um relaxamento, uma confiança — não deixe se enganar pela palavra.
Em termos linguísticos, entregar-se significa render-se a alguém, mas, em termos religiosos, significa simplesmente confiar, relaxar. É mais uma atitude que um ato — você vive por meio da confiança.
Deixe-me explicar. Você nada na água — vai até o rio e nada. O que acontece? Você confia na água. Um bom nadador confia tanto que quase se une à água. Não luta contra ela, não a agarra, não fica duro e tenso.
Se ficar duro e tenso, você se afogará; se ficar relaxado, o rio cuidará de tudo. É por isso que, quando alguém morre, o corpo flutua na água. Isso é um milagre.
Incrível! A pessoa viva se afogou e morreu no rio, e a pessoa morta simplesmente flutua na superfície. O que acontece? O morto sabe segredos sobre o rio que o vivo não sabia. A pessoa viva estava lutando. O rio era o inimigo. Ela tinha medo, não conseguia confiar. Mas, sem estar lá, como a pessoa morta poderia lutar? Ela está totalmente relaxada, livre de tensões, e de repente o corpo vem à tona. O rio cuida agora. Nenhum rio pode afogar uma pessoa morta.
Confiar significa não lutar; entregar-se significa não pensar na vida como o inimigo, mas como o amigo. Quando você confia no rio, de repente começa a se divertir. Surge imenso prazer — você nada, apenas boia ou mergulha fundo. Mas não está separado do rio — vocês se fundem, tornam-se um.
Entregar-se significa viver da mesma maneira que um bom nadador nada no rio. A vida é um rio. Você pode lutar ou flutuar; pode resistir ao rio e tentar nadar contra a correnteza ou flutuar com ele e ir aonde ele o levar.
Não se trata de entregar-se a uma pessoa; é simplesmente um modo de vida. Não é preciso um Deus a quem se entregar. Há religiões que acreditam em Deus, há outras que não acreditam, mas todas acreditam na entrega. Portanto, a entrega é o verdadeiro Deus.
O próprio conceito de Deus pode ser descartado. O budismo não acredita em nenhum Deus, o jainismo também não — mas são religiões. O cristianismo acredita em Deus, o islamismo acredita em Deus, o sikhismo também acredita — e também são religiões.
O cristão prega a entrega a Deus — Deus é apenas uma desculpa para você se entregar. É uma ajuda, pois é difícil se entregar sem um objeto. O objeto é apenas uma desculpa para que, em nome de Deus, você se entregue.
O budismo diz simplesmente: Entregue-se — não há um Deus. Relaxe. Não há a necessidade de um objeto, é tudo uma questão de subjetividade. Relaxe, não lute. Aceite.
A crença em Deus não é necessária. Na verdade, a palavra "crença" é feia. Não demonstra confiança, não demonstra fé — crença é quase o posto de fé. A palavra "crença" em inglês —belief — vem da raiz arcaica lief, que significa desejo, desejar.
Deixe-me explicar. Você diz: "Acredito no Deus misericordioso". O que está dizendo exatamente? Está dizendo: "Gostaria que existisse um Deus que fosse misericordioso". Quando diz: "Acredito", está dizendo: "Desejo intensamente".
Mas você não sabe.
Se você sabe, não é uma questão de acreditar. Você acredita nas árvores? Acredita no sol que nasce todas as manhãs? Acredita nas estrelas? Não é uma questão de crença. Você sabe que o sol está lá, que as árvores estão lá. Ninguém acredita no sol — se acreditasse, você diria que é louco.
Se alguém lhe dissesse: "Acredito no sol", e tentasse convertê-lo a acreditar, você diria: "Você está louco!" 



Autoria: Osho, em "A Música Mais Antiga do Universo"



16 de setembro de 2011

Enquanto há tempo...



Procure agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo. É perigoso guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos desocupadas.
Acenda sua lâmpada, enquanto há claridade em torno de seus passos. Viajante algum fugirá às surpresas da noite.
Ajude o próximo, enquanto as possibilidades permanecem de seu lado. Chegará o momento em que você não prescindirá do auxílio.
Utilize o corpo físico para recolher as bênçãos da vida Mais Alta, enquanto suas peças se ajustam harmoniosamente. O vaso que reteve essências sublimes ainda espalha perfume, depois de abandonado.
Dê suas lições sensatamente, na escola da vida, enquanto o livro das provas repousa em suas mãos. Aprender é uma bênção e há milhares de irmãos, não longe de você, aguardando uma bolsa de estudos na reencarnação.
Acerte suas contas com o vizinho, enquanto a hora é favorável. Amanhã, todos os quadros podem surgir transformados. Ninguém deve ser o profeta da morte e nem imitar a coruja agourenta.
Mas enquanto você guardar oportunidade de amealhar recursos superiores para a vida espiritual, aumente os seus valores próprios e organize o tesouro da alma, convicto de que sua viagem para outro género de existência é inevitável.

Pelo Espírito André Luiz
Psicografia de Chico Xavier


6 de setembro de 2011

Como comunicar-se com os espíritos


Às vezes, perguntam-me na rua: É verdade que vocês comunicam-se com os mortos? Como faço para comunicar-me com meu pai ou filho que já morreu? As duas perguntas merecem resposta, antecedidas de algumas ponderações: Os espíritas não se comunicam com os mortos, em primeiro lugar porque mortos não existem. Todos vivem após a morte. E o telefone só toca de lá para cá! Vamos explicar:
Os Centros Espíritas realizam sim reuniões mediúnicas de intercâmbio com os espíritos, que nada mais são que as almas dos homens que já se foram pelo fenômeno da morte. São reuniões sérias, onde devem predominar a coerência, a discrição e muita responsabilidade. Essas comunicações ocorrem através de reuniões em dias e horários previamente estabelecidos, em regime privativo, pois que não se trata de espetáculos para serem assistidos, já que sua finalidade é instruir os homens e ajudar os espíritos em dificuldades.
Elas ocorrem naturalmente, quando em ambiente preparado e propício, os médiuns (homens normais dotados de sensibilidade para servirem como instrumento de intercâmbio entre homens e espíritos) oferecem passividade e os espíritos falam ou escrevem, dependendo da faculdade que o médium detém.
Este ambiente propício e preparado se compõe de pessoas com afinidade entre si e imbuídas do mesmo desejo de auxiliar o semelhante, com vontade firme e perseverante de fazer o bem, que se pautam pela assiduidade e responsabilidade, priorizando a prática com amor e fidelidade.
Quanto à identificação dos espíritos comunicantes, é importante dizer que este é um detalhe de menos importância. Não há tanta preocupação em identificar o comunicante, justamente para não gerar especulação. Se este se identificar espontaneamente, tudo bem, mas não se vai ficar inquirindo o espírito sobre sua identidade. 
Por outro lado, a comunicação de ente queridos, usamos a expressão acima colocada e usada por Chico Xavier: “O telefone só toca de lá para cá“. A decisão de comunicar-se sempre parte dos espíritos.
Que garantia temos ao chamar ao espírito para comunicação, de que realmente se trata dele mesmo? Como aqui, lá também há enganadores e mal intencionados.
Para que um espírito se comunique, há certas condições a serem observadas:

1 - Se ele realmente deseja;

2 - Se ele pode;

3 - Se ele tem condições;

4 - Se ele tem permissão;

5 - Se ele encontra condições nos médiuns à disposição;

6 - Se o ambiente lhe é favorável.

Veja que não é tão fácil assim… Por isso, a espontaneidade, com detalhes, é muito mais garantia de verdadeira identidade.
Por esses motivos todos, os leitores podem avaliar que os espíritas levam muito a sério esta questão da comunicação com os espíritos. Nada de leviandade neste campo, pois estamos lidando com inteligências livres, de vontade própria e nada diferentes dos homens, apenas a moradia.
Aliás, a esse respeito é importante dizer, referindo-se à existência de enganadores e trapaceiros também por lá, que o fato de alguém morrer ou desencarnar na linguagem espírita, de modo algum indica passaporte para a virtude. Continuamos o que somos, com defeitos, virtudes, conhecimento ou ignorância, havendo aí a necessidade de retorno ao planeta para novas experiências evolutivas.
Mas é muito natural que quem perdeu alguém querido, tenha o desejo de saber notícias, de comunicar-se com ele. Neste caso, meu caro leitor ou leitora, mantenha firme confiança em Deus e aguarde o momento, que surgirá. Fuja de charlatães ou pessoas inescrupulosas. Se por acaso, tiver que procurar algum grupo espírita, escolha o que mantenha mais fraternidade entre seus integrantes, onde impera a cordialidade, a sinceridade, a responsabilidade e principalmente o respeito ao semelhante, mesmo que ele seja um espírito.
Para conhecer todos esses detalhes, meu caro, estude. Integre-se a um grupo sério (existem muitos) e você terá acesso a essas maravilhosas informações.

Texto de Orson Peter Carrara IN Celeiro da Luz




30 de agosto de 2011

As Razões do Esquecimento de Vidas Passadas



O Esquecimento do Passado O esquecimento do passado é considerado a mais séria das objeções contra a reencarnação. Como pode o homem aproveitar da experiência adquirida em suas anteriores existências, quando não se lembra delas? Pois que, desde que lhe falta essa reminiscência, cada existência é para ele qual se fora a primeira; deste modo está sempre a recomeçar... Pareceria ilógico fazer-nos expiar em uma existência faltas cometidas nas vidas passadas, de que tivéssemos perdido a lembrança. Enfim, se o homem já viveu, pergunta-se: por que não se lembra de suas existências passadas?


RAZÕES DO ESQUECIMENTO

Allan Kardec [LE-qst 392-399] [ESE-cap V it 11] vai examinar essa questão. Depois de concluir que o esquecimento do passado atesta a sabedoria de Deus, pois a lembrança de existências anteriores traria inconvenientes muito graves, o Codificador apresenta as principais razões do ponto de vista moral:
a) A lembrança do passado traria perturbações inevitáveis às relações sociais: o Espírito renasce freqüentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas reconhecesse as mesmas que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. De qualquer modo, ficaria humilhado perante aquelas pessoas que tivesse ofendido.
Quantos ódios milenares são desfeitos em uma existência quando os adversários de ontem se reencontram na condição de pai e filho, de mãe e filha ou de irmãos consanguíneos? Se eles tivessem na consciência a lembrança das faltas cometidas uns contra os outros, dificilmente conseguiriam pacificar as relações. De tudo isto deduz-se que a lembrança do passado perturbaria as relações sociais e tornar-se-ia um entrave ao progresso.
b) Pelo esquecimento do passado o homem é mais ele mesmo: livre da reminiscência de um passado importuno, o homem viverá com mais liberdade, terá maior mérito em praticar o bem, e poderá exercitar seu livre-arbítrio de forma mais ampla.
A lembrança do passado poderia humilhar o Espírito culpado levando-o a muitos processos de auto-depreciação, como poderia também exaltar o orgulho dos Espíritos que tiveram um passado de destaque em qualquer área da atividade humana.
A vida terrestre é, algumas vezes, difícil de suportar; ainda mais o seria se, ao cortejo dos nossos males atuais, acrescesse a memória dos sofrimentos ou das vergonhas passadas;
c) O esquecimento do passado arrefece o complexo de culpa, dando condições ao Espírito culpado de renovar-se psiquicamente: muitos Espíritos faltosos encontram-se em terríveis sofrimentos purgatoriais. Nas diversas esferas da erraticidade, em função de um remorso estanque, de uma culpa neurótica, sem estrutura psicológica para reparar o passado através da prática do bem e de uma atitude mental positiva.
Esquecendo o passado, ele mergulha em nova vida, onde as oportunidades de ressarcimento se lhe apresentarão naturalmente sem que o remorso paralisante atormente a sua consciência frágil;
d) O esquecimento do passado é uma condição temporária: ocorre apenas durante a vida física. Volvendo à vida espiritual, readquire o Espírito a lembrança do passado. Nada mais há, portanto, do que uma interrupção temporária, semelhante à que se dá na vida terrestre durante o sono.
Ao retornar à vida extra-física, o homem vai, paulatinamente (mais ou menos rapidamente em função de sua evolução), tomando ciência de suas experiências anteriores, e então, já mais lúcido e tranqüilo, tem condições de tomar decisões sábias, preparando-se para novas batalhas.
Há, ainda, outra argumentação filosófica: por acaso o fato de não nos lembrarmos da nossa infância representa prova de que essa infância não existiu? Quantos acontecimentos vivemos, muitos deles, inclusive, perpetuados em fotografias, em filmes ou em gravações, e deles nos esquecemos completamente?
Do ponto de vista científico, as razões que explicam porque perde o Espírito as lembranças do passado são de três ordens:
1. O restringimento do perispírito no processo encarnatório;
2. O estado de perturbação que acompanha o Espírito reencarnante;
3. A imaturidade das células do sistema nervoso central nos primeiros anos de vida.
Esses fatores se somando fazem com que em cada nova existência o Espírito se esqueça, em seu próprio benefício das experiências pretéritas.


INSTRUMENTOS DO PRESENTE

Se o homem esquece o passado, poder-se-ia objetar: como conduzir-se diante das provas, das opções, das situações difíceis que se lhe depararão na nova existência? Qual o caminho a seguir? Qual a atitude a tomar?
Kardec diz: "Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas. O homem traz ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência é para ele um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi: se está sofrendo, é porque fez o mal, e suas tendências atuais indicam o que lhe resta corrigir em si mesmo. Examinando suas aptidões, seus defeitos suas inclinações inferiores ele pode inferir de seu passado e buscar elementos para reestruturar-se moral e intelectualmente. É sobre isso que ele deve concentrar toda a sua atenção, pois daquilo que foi completamente corrigido já não restam sinais." [ESE-cap V it 11]
Examinando sempre sua consciência, estudando atentamente o que é certo e errado ele encontrará o caminho ideal a seguir, pois cada um traz impresso em seu interior as necessidades prementes e as resoluções tomadas quando no mundo espiritual. A estes fatores acrescem-se dois outros: a assistência dos bons Espíritos e as lembranças advindas durante o sono.
Não é somente após a morte que o Espírito terá recordações de suas outras existências. Muitas vezes, quando Deus julga útil, permite que o Espírito durante o desdobramento natural do sono, tenha lembranças fragmentárias de outras encarnações. Mesmo que não se lembre totalmente delas ao acordar, as manterá em seu campo psíquico sobre a forma de reflexos e condicionamentos positivos, que nos momentos de dúvida poderão auxiliá-lo a tomar as decisões corretas.
Por outro lado, todos nós, ao reencarnamos, passamos a ser assistidos por amigos espirituais que estarão ao nosso lado, sempre que necessário, velando por nós e nos inspirando nas decisões mais difíceis.

BIBLIOGRAFIA

1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) O Que é o Espiritismo? - Allan Kardec
3) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG




12 de agosto de 2011

Porque não sou espírita kardecista...



"Porém, nunca o repetirei demasiado, não aceiteis coisa alguma às cegas". Erasto - LM cap. V item 98
É muito comum encontrarmos afirmações do tipo: Espírita Kardecista, Kardecismo. Isto cada vez mais, vai se tornando natural no meio Espírita em palestras, jornais e revistas.
Porém o que me chamou a atenção foi o artigo da jornalista Renata Saraiva no Jornal Valor de 15 de dezembro de 2000, no seu artigo "Loucura e espiritismo no Brasil" a chamada é a seguinte: "Historiadora estuda como a psiquiatria tratou o Kardecismo no início do século".
O artigo trata da tese de doutorado da historiadora da Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP Angélica Silva de Almeida "A Loucura Espírita no Brasil". Percebam que o termo Kardecismo foi utilizado como sinônimo de Espiritismo, demonstrando que a confusão iniciada no meio espírita começa a atingir também a mídia. Isto é tudo que alguns inimigos da Doutrina Espírita querem, pois ela deixaria de ser a revelação dada por uma plêiade de espíritos liderados pelo Espírito da Verdade para ficar resumida em uma única pessoa.
Antigamente falava-se em espiritismo de mesa branca, espírita de mesa branca e a mesa branca foi substituída por Kardecismo ou Kardecista, alguns centros chegam a incluir em sua denominação Centro Espírita Kardecista.
Entre os espíritas ainda predomina o aprendizado verbal ouve-se alguém dizer acha-se bonito e vai se repetindo, sem se parar para refletir se isto condiz com o que aprendemos. Apenas como exemplo já perceberam como o termo karma foi incorporado ao linguajar de alguns "espíritas". O que mais ouvimos é que a leitura do Livro dos Espíritos é muito difícil por isto esta verdadeira enxurrada de romances, muitos deles com erros graves em relação a Doutrina e são vendidos dentro da própria casa espírita, basta se dizer que o livro é psicografado para se tornar uma obra espírita, mas esta é uma história que fica para uma outra vez.
Para explicar porque não sou espírita Kardecista, chamo em minha defesa o Sr. Allan Kardec, que sem dúvida era o bom senso encarnado e que já imaginando as distorções que poderiam ocorrer fez questão de deixar bem claro logo no primeiro parágrafo da introdução do Livro dos Espíritos o seguinte: "Para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Assim exige a clareza da linguagem para evitar confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras." e mais a frente estabelece "Os adeptos do Espiritismo serão, Espíritas ou se quiserem Espiritistas."
Recorro agora a equipe de espíritos responsáveis pelo Livro dos Espíritos, vamos aos prolegômenos deste livro, que nos dizem: "Este livro é o repositório de seus ensinos, foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional. Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as nota e a forma de algumas partes da redação constituem obra (d?)aquele que recebeu a missão de os publicar".
Portanto a simples leitura da Introdução e dos Prolegômenos do Livro dos Espíritos já bastaria para que não criássemos termos novos para definir o que já está definido e muito bem definido. Seria interessante ainda aos que se dizem espíritas Kardecista lerem o Capitulo I de A Gênese que trata do Caráter da Revelação Espírita , em especial o item 45 que aqui reproduzimos:
"A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não a tem em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a terceira coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância. Ela é coletiva no sentido de não ser feita ou dada como privilégio de pessoa alguma; ninguém, por conseqüência, pode inculcar-se como seu profeta exclusivo; foi espalhada simultaneamente, por sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala, conforme esta predição registrada pelo autor dos Atos dos Apóstolos: "Nos últimos tempos, disse o Senhor, derramarei o meu espírito sobre toda a carne; os vossos filhos e filhas profetizarão, os mancebos terão visões, e os velhos, sonhos." (Atos,cap.II,vv. 17,18.) "Ela não proveio de nenhum culto especial, a fim de servir um dia, a todos, de ponto de ligação."
Com base neste item Kardec faz uma nota explicando o seu papel "neste grande movimento de idéias". Neste mesmo livro no Cap. XVII, Predições do Evangelho item 40, podemos ler : "Não é uma doutrina individual, uma concepção humana; ninguém pode dizer-se seu criador. É o produto do ensino coletivo dos espíritos, ao qual preside o Espírito de Verdade." E no rodapé da pagina joga uma pá de cal sobre este assunto, escrevendo o seguinte:
"Todas as doutrinas filosóficas e religiosas trazem o nome da individualidade fundadora: o mosaismo, o cristianismo, o maometismo, o budismo, o cartesianismo, o furierismo, san-sinomismo, etc...
A palavra Espiritismo ao contrário, não lembra nenhuma personalidade, ela encerra uma idéia geral, que indica, ao mesmo tempo, o caráter e a fonte múltipla da doutrina."
Portanto baseado em tudo que aprendi até agora, sou Espirita e ponto final.

(Publicado no Boletim GEAE- Grupo de Estudos Avançados Espíritas- Número 429 )


5 de agosto de 2011

Lembre-se: nunca estamos sós!.




Ao longo da vida, devemos ter sempre presente que nunca estamos sós!



Viemos com uma missão, com um objetivo específico, e disso não existem dúvidas. No entanto, muitos de nós, devido ao estilo de vida que levamos, perdemo-nos no tempo, e de repente é como se a estrada terminasse... não existe direção, não existe saída!


Devemos deixar-nos orientar por aqueles que possuem a sabedoria divina! Deixemo-nos guiar pelos nossos guias, e seres de luz que nos acompanham, invisíveis, mas sempre presentes! Vamos estar mais atentos, mais presentes em cada momento do nosso dia! Vamos finalmente perceber que podemos ser tocados por um anjo! Vamos permitir que isso aconteça nas nossas vidas!

Hoje, senti-me tocado por um anjo! Apenas deixei fluir, e por uns breves instantes, esse anjo abraçou-me, elevando-me uns pequenos milímetros do chão! Não duvide, não questione, apenas sinta...e deixa fluir! O seu anjo aguarda a sua chamada... Deixe-se tocar por ele!

Universo Espírito de Luz/Publicada por CAMINHANTE




29 de julho de 2011

Esquecimento do passado e Reencarnação




O esquecimento do passado é considerado a mais séria das objeções contra a reencarnação. Como pode o homem aproveitar da experiência adquirida em suas anteriores existências, quando não se lembra delas? Pois que, desde que lhe falta essa reminiscência, cada existência é para ele qual se fora a primeira; deste modo está sempre a recomeçar... Pareceria ilógico fazer-nos expiar em uma existência faltas cometidas nas vidas passadas, de que tivéssemos perdido a lembrança. Enfim, se o homem já viveu, pergunta-se: por que não se lembra de suas existências passadas?


RAZÕES DO ESQUECIMENTO

Allan Kardec [LE-qst 392-399] [ESE-cap V it 11] vai examinar essa questão. Depois de concluir que o esquecimento do passado atesta a sabedoria de Deus, pois a lembrança de existências anteriores traria inconvenientes muito graves, o Codificador apresenta as principais razões do ponto de vista moral:
a) A lembrança do passado traria perturbações inevitáveis às relações sociais: o Espírito renasce freqüentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas reconhecesse as mesmas que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. De qualquer modo, ficaria humilhado perante aquelas pessoas que tivesse ofendido.Quantos ódios milenares são desfeitos em uma existência quando os adversários de ontem se reencontram na condição de pai e filho, de mãe e filha ou de irmãos consanguíneos? Se eles tivessem na consciência a lembrança das faltas cometidas uns contra os outros, dificilmente conseguiriam pacificar as relações. De tudo isto deduz-se que a lembrança do passado perturbaria as relações sociais e tornar-se-ia um entrave ao progresso.

b) Pelo esquecimento do passado o homem é mais ele mesmo: livre da reminiscência de um passado importuno, o homem viverá com mais liberdade, terá maior mérito em praticar o bem, e poderá exercitar seu livre-arbítrio de forma mais ampla. A lembrança do passado poderia humilhar o Espírito culpado levando-o a muitos processos de auto-depreciação, como poderia também exaltar o orgulho dos Espíritos que tiveram um passado de destaque em qualquer área da atividade humana. A vida terrestre é, algumas vezes, difícil de suportar; ainda mais o seria se, ao cortejo dos nossos males atuais, acrescesse a memória dos sofrimentos ou das vergonhas passadas;

c) O esquecimento do passado arrefece o complexo de culpa, dando condições ao Espírito culpado de renovar-se psiquicamente: muitos Espíritos faltosos encontram-se em terríveis sofrimentos purgatoriais. Nas diversas esferas da erraticidade, em função de um remorso estanque, de uma culpa neurótica, sem estrutura psicológica para reparar o passado através da prática do bem e de uma atitude mental positiva.Esquecendo o passado, ele mergulha em nova vida, onde as oportunidades de ressarcimento se lhe apresentarão naturalmente sem que o remorso paralisante atormente a sua consciência frágil;

d) O esquecimento do passado é uma condição temporária: ocorre apenas durante a vida física. Volvendo à vida espiritual, readquire o Espírito a lembrança do passado. Nada mais há, portanto, do que uma interrupção temporária, semelhante à que se dá na vida terrestre durante o sono.Ao retornar à vida extra-física, o homem vai, paulatinamente (mais ou menos rapidamente em função de sua evolução), tomando ciência de suas experiências anteriores, e então, já mais lúcido e tranqüilo, tem condições de tomar decisões sábias, preparando-se para novas batalhas.Há, ainda, outra argumentação filosófica: por acaso o fato de não nos lembrarmos da nossa infância representa prova de que essa infância não existiu? Quantos acontecimentos vivemos, muitos deles, inclusive, perpetuados em fotografias, em filmes ou em gravações, e deles nos esquecemos completamente?Do ponto de vista científico, as razões que explicam porque perde o Espírito as lembranças do passado são de três ordens:

1. O restringimento do perispírito no processo encarnatório;
2. O estado de perturbação que acompanha o Espírito reencarnante;
3. A imaturidade das células do sistema nervoso central nos primeiros anos de vida.
Esses fatores se somando fazem com que em cada nova existência o Espírito se esqueça, em seu próprio benefício das experiências pretéritas.

INSTRUMENTOS DO PRESENTE
Se o homem esquece o passado, poder-se-ia objetar: como conduzir-se diante das provas, das opções, das situações difíceis que se lhe depararão na nova existência? Qual o caminho a seguir? Qual a atitude a tomar?
Kardec diz: "Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas. O homem traz ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência é para ele um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi: se está sofrendo, é porque fez o mal, e suas tendências atuais indicam o que lhe resta corrigir em si mesmo. Examinando suas aptidões, seus defeitos suas inclinações inferiores ele pode inferir de seu passado e buscar elementos para reestruturar-se moral e intelectualmente. É sobre isso que ele deve concentrar toda a sua atenção, pois daquilo que foi completamente corrigido já não restam sinais." [ESE-cap V it 11]
Examinando sempre sua consciência, estudando atentamente o que é certo e errado ele encontrará o caminho ideal a seguir, pois cada um traz impresso em seu interior as necessidades prementes e as resoluções tomadas quando no mundo espiritual. A estes fatores acrescem-se dois outros: a assistência dos bons Espíritos e as lembranças advindas durante o sono.
Não é somente após a morte que o Espírito terá recordações de suas outras existências. Muitas vezes, quando Deus julga útil, permite que o Espírito durante o desdobramento natural do sono, tenha lembranças fragmentárias de outras encarnações. Mesmo que não se lembre totalmente delas ao acordar, as manterá em seu campo psíquico sobre a forma de reflexos e condicionamentos positivos, que nos momentos de dúvida poderão auxiliá-lo a tomar as decisões corretas.
Por outro lado, todos nós, ao reencarnamos, passamos a ser assistidos por amigos espirituais que estarão ao nosso lado, sempre que necessário, velando por nós e nos inspirando nas decisões mais difíceis.
_____________________________________________
BIBLIOGRAFIA
1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) O Que é o Espiritismo? - Allan Kardec
3) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG




18 de julho de 2011

A Adoção


A adoção constitui o maior exemplo prático da máxima cristã que diz: “faça aos outros o que gostaria que lhe fizessem”. Mas engana-se aquele que acha que a adoção se resume a um simples gesto caridoso. Existem comprometimentos espirituais entre adotado e adotante e a providência divina se encarrega de colocar esses espíritos novamente em um convívio salutar para o adiantamento moral de cada um.

Se a união dessas almas não é possível através dos laços de consangüinidade, serão aproximadas por intermédio da adoção, como nos ensina várias obras mediúnicas, entre elas o livro “E a Vida Continua”, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.Segundo Richard Simonetti, “há Espíritos que reencarnam para serem filhos adotivos.

Esta situação faz parte de suas provações, geralmente porque no passado comprometeram-se em relação aos deveres familiares. Voltam ao convívio dos companheiros do pretérito sem laços de consangüinidade, destinados a valorizar a vida familiar”.É preciso uma dedicação ainda mais intensa por parte dos pais, enquanto educadores e evangelizadores desses espíritos que lhes foram confiados por meio da adoção, a fim de diminuir os efeitos de eventual trauma que o adotado possa desencadear quando do conhecimento de sua situação.

Protegendo o Segredo

Os pais adotivos questionam-se se devem ou não contar ao filho sobre sua origem. As dúvidas giram em torno de como contar, porque contar e quando contar...
O melhor modo de se falar sobre a adoção é ter esse tema como um assunto que deve ser discutido naturalmente pelos pais desde o início do relacionamento com o filho. Nunca fazer desse assunto um segredo a ser protegido. A curiosidade da criança se acentua aos 3 anos de idade quando ela pergunta sobre o mundo que a circunda. Perguntando se são adotadas, têm necessidade de saber sobre a sua origem. Portanto, o período infantil é o mais propício para se contar a verdade.

A revelação tem que ser feita com muito amor, com muito carinho. Contar à criança que ela é adotada evitará que ela saiba por terceiros, de forma distorcida e equivocada. O importante é salientar que ela foi escolhida; que dentre todas as crianças os pais optaram por ela. Que o sentimento de amor por ela os cativou. Mesmo tendo sido esclarecida sobre a adoção, a criança ainda perguntará inúmeras vezes sobre isso. É igualmente importante não expor aspectos negativos da família de origem, pois a tendência, quando se expõe os aspectos negativos, é a criança sentir-se desvalorizada, inferiorizada.

Uma tese de doutorado da Faculdade de Medicina da USP acabou de vez com um mito que por anos tem assombrado as pessoas interessadas em adotar crianças: filhos adotivos, segundo a tese, não têm mais problemas psicológicos do que os naturais. Ao contrário do que sempre se acreditou, não é o fato de ser adotado e sim a forma como se dá a adoção e o ambiente familiar que determinam o comportamento das crianças.

Na avaliação, percebeu-se também que as crianças apresentam mais problemas quando ficam sabendo da adoção mais tarde. À medida que ela vai perguntando, deve-se ir respondendo. O importante é que os pais não fiquem tensos, que estejam tranqüilos e seguros.


Adoção à Luz do Espiritismo

O espiritismo é muito claro quanto à questão da adoção de filhos: é um ato de amor incondicional. "O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito" (Evangelho Segundo o Espiritismo - Kardec, A.) Somos todos adotados, pois que ninguém é propriedade de ninguém. Nosso filho de hoje poderá ser nosso pai amanhã, assim estabelece a lei da Reencarnação. Um dos medos mais comuns das famílias adotantes é de que o filho adotivo venha a se tornar revoltado, porque já teve a rejeição materna.
Ora, um filho biológico pode ser um espírito que reencarnou para resgate naquela família, causando-lhe muitos problemas; ao passo que o filho adotivo, poderá ser um espírito afim, que vem para trazer felicidade. Ou vice-versa.Desta forma, ter um filho adotivo ou biológico sempre será para a família um meio de ressarcir débitos pretéritos, direta ou indiretamente, e sejam esses débitos dela (família) ou dele (filho).
Adotar um filho, um amigo, um pai, uma mãe devem ser tarefas diárias para quem quer conquistar a sua própria evolução espiritual. Mas a adoção deve ser de coração, pois esse é laço indestrutível, permanente.Nossos filhos não são nossos filhos, são antes, irmãos. Os corpos que têm, são filhos dos nossos corpos, nada mais.Os chamados filhos adotivos são os filhos do coração; estão unidos a nós por indestrutíveis laços espirituais._

___________________________________
Lições de Sabedoria - Marlene Nobre. Associação Brasileira de Psicólogos EspíritasCVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo

8 de julho de 2011

O destino de cada um após a morte...


Muitos indagam para que tipo de plano espiritual iremos nós, seres de mediana evolução, depois de nossa desencarnação?

Toda a nossa existência é regida por leis muito sábias, perfeitas e justas, que sempre nos levam a colher exatamente aquilo que semeamos. Foi por isso que Jesus afirmou: “A cada um será dado de acordo com suas obras”.

Essas leis geram os mecanismos de causa e efeito, pelos quais toda ação provoca uma reação semelhante. Assim, ao desencarnarmos, vamos encontrar na dimensão espiritual condições boas ou más, de acordo com o uso que fizemos dos bens que a vida nos concedeu, com as ações que praticamos e também com as nossas indevidas omissões.

Há um velho e sábio ditado que diz: “Quem semeia ventos, colhe tempestades”. Esta é uma verdade cósmica. Portanto, quando passarmos para o mundo espiritual através da morte, vamos colher exatamente o resultado de tudo que aqui plantamos. De nada valerão os “pistolões” espirituais, tais como missas, orações, novenas, remissões e outros atos semelhantes, porque toda pessoa responde por suas ações e não há como burlar essa lei; não há como enganar a Deus.

A morte, na verdade, conduz cada espírito para a situação ou faixa vibratória apropriada e merecida. Isto funciona de forma irreversível, pela força da lei das afinidades vibratórias. As pessoas muito apegadas aos bens terrenos, à casa, aos móveis, ao trabalho, às amizades e curtições geralmente permanecem imantadas aos ambientes onde viveram. Isto lhes gera sofrimento e é prejudicial à sua evolução.

O espírito liberto da carne deve libertar-se também de todas as condições materiais e reiniciar suas experiências, atividades e aprendizados no mundo espiritual, visando sempre seu crescimento, sua evolução como ser cósmico que é. Os espíritos que não conseguem afastar-se dos ambientes em que viveram, também são conhecidos como “sofredores”. As mazelas, problemas e doenças que os perturbaram antes de sua desencarnação permanecem vivos em suas mentes, projetando-se em seus corpos espirituais. Com isso, eles continuam sentindo as mesmas dores e angústias de seus últimos tempos na Terra, e seus sofrimentos repercutem também nas pessoas sensíveis das quais se aproximam, podendo causar-lhes inúmeros transtornos e até mesmo doenças que os médicos não conseguem diagnosticar nem tratar de forma correta.

Da mesma forma, aqueles que praticam suicídio sofrem muito no mundo espiritual. Há inúmeros relatos de espíritos de ex-suicidas narrando seus sofrimentos verdadeiramente atrozes e, regra geral, de longa duração. É claro que as situações variam de um caso para outro, mas sempre o suicídio representa terríveis sofrimentos a quem o pratica, refletindo-se em suas futuras encarnações.

Os espíritos de suicidas geram uma vibração tão pesada e hipnótica que a sua simples presença pode até induzir uma pessoa reencarnada a praticar ato idêntico, desde, é claro, que essa pessoa tenha tais tendências e se deixe influenciar por aquela presença. Talvez por isso os espíritos falam sobre zonas espirituais, como o Vale dos Suicidas, onde esses espíritos permanecem, por períodos mais ou menos longos, distantes das comunidades terrenas. Também as pessoas que vivem em desacordo com as leis de Deus, praticando a violência, a ganância, prejudicando o próximo, vivenciando o orgulho, a prepotência e outros valores negativos assim como vícios e maldades os mais diversos, depois da morte irão situar-se em zonas vibratórias compatíveis com seu próprio estado espiritual.

Depois da morte cada qual recebe exatamente o que fez por merecer durante sua vida na Terra. As posições que ocupou não têm qualquer valor no mundo espiritual. Ninguém chega aos planos mais elevados sem antes aprender aqui mesmo na Terra a perdoar, a ser pacífico, humilde, fraterno, honesto, justo, desprendido dos bens materiais, agir com ética e, acima de tudo, amar. Da mesma forma, ninguém ascenciona espiritualmente sem adquirir os valores da inteligência e da sabedoria, através do estudo, do trabalho e das lutas e dificuldades do cotidiano.
_____________________
Fonte: Mundo Espiritual
Postado por ZCMC/ EVA



17 de junho de 2011

A Mediunidade não é profissão.









A par da questão moral, apresenta-se uma consideração efetiva não menos importante, que entende com a natureza mesma da faculdade. A mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores da boa-sorte, como também porque um obstáculo a isso se opõe.
É que se trata de uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade, pois, ninguém pode contar. Constituiria, portanto, para o explorador, uma fonte absolutamente incerta de receitas, de natureza a poder faltar-lhe no momento exato em que mais necessária lhe fosse. 
Coisa diversa é o talento adquirido pelo estudo, pelo trabalho e que, por essa razão mesma, representa uma propriedade da qual naturalmente lícito é, ao seu possuidor, tirar partido. A mediunidade, porém, não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade. Pode subsistir a aptidão, mas o seu exercício se anula. 
Daí vem não haver no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante. Explorar alguém a mediunidade é, conseguintemente, dispor de uma coisa da qual não é realmente dono. Afirmar o contrário é enganar a quem paga. 
Há mais: não é de si próprio que o explorador dispõe; é do concurso dos Espíritos, das almas dos mortos, que ele põe a preço de moeda. Essa idéia causa instintiva repugnância. 
Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, pela credulidade e pela superstição que motivou a proibição de Moisés. 
O moderno Espiritismo, compreendendo o lado sério da questão, pelo descrédito a que lançou essa exploração, elevou a mediunidade à categoria de missão. (Veja-se: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVIII. — O Céu e o Inferno, 1ª Parte, cap. XI.) 
A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. 
Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam. 
Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam. 


Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 9 e 10.

11 de junho de 2011

Pressentimentos e premonições...



O pai do piloto do Fokker 100 que caiu, em São Paulo, matando mais de 100 pessoas, contou e repetiu, na televisão, que sonhara na véspera com o pavoroso desastre, ficando muito impressionado e comentando a visão com familiares e amigos.Também a mulher de um passageiro declarou que sua filha pequena despertara e lhe dissera que o pai não voltaria mais, pois, o avião em que viajava caíra. Daí a pouco, assistia à catástrofe na TV.

Comprovadamente, a premonição sempre existiu. Mas o que é, como e por que acontece? Quando o homem dorme, seu espírito deixa o corpo, sem, contudo, dele se desligar, e é nessas ocasiões que, às vezes, vislumbra o futuro próximo, com maior ou menor clareza. Ao despertar, imaginará tratar- se de um sonho ou pesadelo. A isso chamamos "aviso ou premonição".

O espírito Adolfo Bezerra de Menezes, no livro Recordações da Mediunidade, psicografado por Yvonne Pereira, edição da Federação Espírita Brasileira, explica que tais possibilidades derivam de uma faculdade psíquica que possuimos, espécie de mediunidade.

A premonição não existe no mesmo grau em todas as criaturas, embora seja disposição comum a qualquer ser humano.
O pressentimento é o conselho íntimo e oculto de um espírito que vos dedica afeição, decorrente da escolha que se tenha feito: antes de reencarnar, o espírito tem conhecimento das várias fases da sua nova existência, isto é, dos principais gêneros de provas a que vai se entregar. José, por exemplo, relata Mateus, foi avisado por um anjo que, aparecendo-lhe em sonho, o aconselhou fugir de Herodes, para o Egito, com Jesus.

Os avisos por meio de sonhos são comuns nos livros sagrados de todas as religiões.Sabemos que o tempo do sono é aquele em que o espírito, desprendendo-se dos laços materiais, entra momentaneamente no mundo espiritual, onde se encontra com conhecidos de outras encarnações. Esse instante é, muitas vezes, escolhido pelos espíritos protetores para se manifestar aos seus protegidos e dar-lhes conselhos mais diretos. Neste caso, o que ocorre é uma adaptação, feita por espírito especializado neste assunto, das ondas mentais de 4ª dimensão que estão presentes no cérebro perispiritual para que possa ser interpretado pelo cérebro físico que sabe apenas interpretar as ondas de 3ª dimensão, ocorrendo assim, uma lembrança mais nítida das orientações que o espírito queira que a pessoa se lembre ao acordar.

Fonte: Revista Cristã de Espiritismo, edição 25

Quem desejar saber mais sobre pressentimentos e premonições, leia O Livro dos Médiuns, de Alan Kardec. Nele encontrará tudo sobre o fenômeno da mediunidade.





2 de junho de 2011

Nossa atitude perante o remorso





Frequentemente recebo depoimentos de pessoas que relatam seus sofrimentos, e em seus textos, como que buscando a razão do seu sofrimento atual, citam algum grave erro cometido no passado. Isso é natural. Diria que é até mesmo saudável... Demonstra que a pessoa está buscando razões e fazendo uma análise de seus atos passados, conscientizando-se das decisões infelizes cometidas e, claro, adquirindo uma nova percepção para enfrentar as novas situações no futuro.Ocorre, entretanto, que muitas vezes nós não só lembramos o passado e extraimos o aprendizado dele. Não. Muitas vezes nós ficamos presos ao remorso. O remorso pode ser extremamente danoso e nos causar um prejuízo enorme, mesmo fazendo parte de nosso processo evolutivo. A essa altura, seria natural que nos indagássemos: O Remorso faz parte do processo evolutivo? Como assim? Expliquemos, começando por uma breve introdução: Os Espíritos, em O Livro dos Espíritos, explicam que nós todos fomos criados simples e ignorantes, e que através de milhares e milhares de reencarnações, vamos adquirindo conhecimentos intelectuais e morais.
No início das nossas encarnações, somos muito mais governados pela instintividade animal do que pela inteligência e pelos valores morais, como parece lógico. Para o homem na terra só há duas fatalidades: A primeira é a certeza da morte do corpo físico e a segunda é a evolução. Assim, nós evoluímos à medida que desenvolvemos as duas grandes asas da Vida: A Inteligência e a Moralidade. Continuamente, O Pai nos oferta oportunidades de aprendizado e crescimento. Podemos sempre optar pelo caminho do amor em nossas decisões, preferindo respeitar o próximo e seguir o caminho da ética e da dignidade. Não raras vezes, contudo, preferimos estacionar por anos e anos nos desregramentos de toda ordem, nos excessos e nos vícios, distanciando-nos da condição básica da manutenção de nossa liberdade na Terra, chamada respeito pelo direito alheio.
Ora, é natural que esse caminho venha a nos trazer dor. Toda irresponsabilidade gera prejuízo ou, dito de outra forma: No jardim de nossas vidas, a plantação é livre mas a colheita é obrigatória. Assim, temos sempre dois caminhos: O caminho do Amor ou o caminho da Dor. É uma pena que nós ainda optemos pelo caminho da Dor… É quase que totalmente a ela que devemos as impulsões do nosso progresso.
Então, para não nos alongarmos mais nessa introdução, tomemos um exemplo prático: Ruana (nome fictício) cometeu aborto há muitos anos atrás. À época ela não tinha a menor consciência de que aquilo era um assassinato contra um ser que não podia sequer se defender. Tempos atrás, ela me escreve relatando suas dores e cita o episódio, esclarecendo que, desde então, tem sido atormentada por sua consciência pelo grave erro cometido. Muitas noites sem sono, uma tristeza profunda e uma ‘certeza‘ íntima a dizer-lhe que ela não era digna de ter nenhuma felicidade na vida…
A partir daqui, procurarei responder as perguntas que ela me fazia, como fazendo parte deste post, por acreditar que pode esclarecer dúvidas de muitas pessoas também:

1) Eu vou para o inferno?

Ylen - Não recomendo… Acho melhor você procurar um lugar melhor pra ficar. Dizem que lá é muito quente. Aliás, “dizem” é a expressão certa porque, na verdade, o Inferno foi uma criação religiosa para amedrontar os seus fiéis muito rudes e ignorantes ainda, o que era um meio de assustá-los e amedrontá-los e assim, fazê-los agir corretamente. Mas, na verdade, o Inferno da forma que é descrito por tantas seitas e religiões ainda hoje, não existe. O Espiritismo nos esclarece que, o que chamamos de Inferno, nada mais é do que a reunião, automática e por afinidade, de espíritos maus e atormentados por seus atos desesperadores quando na terra. Dessa forma, uma pessoa que se compraz em fazer o mal, automaticamente altera a sua frequência vibratória, passando a sintonizar com outras criaturas do seu mesmo padrão doentio de vibração. Assim, ao desencarnar, esses pobres miseráveis estarão ainda mais ligados e, naturalmente, em um verdadeiro inferno… Portanto, aconselhamos que não vá para o Inferno. Prefira modificar a sua conduta no dia de hoje, buscando ter bons pensamentos, afastando-se dos vícios, da maledicência e do mal de forma geral, enquanto busca compreender, auxiliar e perdoar quantos estejam á sua volta, em sua jornada evolutiva aqui na Terra. Isso, de forma inequívoca, é o seu passaporte para zonas superiores do plano espiritual.

2) Eu posso ser Espírita, mesmo tendo cometido aborto?

Ylen - Allan Kardec, que foi a pessoa que teve um trabalho gigantesco para reunir, organizar, triar e codificar os ensinamentos de milhares de espíritos ao redor do mundo e, assim, trazer ao mundo o Espiritismo, estabeleceu:“Conhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz em domar as suas más inclinações” Perceba que ela não se refere ao passado de ninguém e sim ao esforço do presente em melhorar-se. Dessa forma, todos aqueles que o quiserem, podem se tornar Espíritas. E, posso assegurar, ser Espírita é muito mais fácil do que se imagina, já que no Espiritismo não se perde tempo com rituais, com velas, imagens ou cultos exteriores de quaisquer formas. Basta-se buscar a melhora íntima e o cultivo do amor ao nosso redor. Qualquer um que assim proceder pode, e deve, declarar-se Espírita.Simples, não?

3) Eu vou ser perdoada?

Ylen - A pergunta talvez seja: Quando você vai se perdoar? Porque Deus, nosso Pai Criador, em sua infinita onisciência, isto é, em seu absoluto e completo conhecimento de tudo no Universo, conhece não só os nossos corações mas também sabe de todos os nossos erros e, justamente por isso, nos enviou Jesus de Nazaré para dizer-nos que NENHUMA das ovelhas que o Pai lhe confiou, se perderá. “NENHUMA” inclui você e eu. Todos os nossos irmãos. Todos os encarnados. Todos os desencarnados. Assim, compreenda que Deus já lhe perdoou desde sempre. Resta agora você fazer o mesmo e perdoar-se. Liberte-se desse peso terrível, abra a janela do seu coração e deixe a benção dos raios solares iluminar tudo, despertando para novas atitudes perante a vida.

4) A criança que eu abortei, onde ela está? Como ela está? Ela me perdoou?

Ylen - Onde está o espírito que passou por essa experiência, não posso afirmar com 100% de precisão, mas as possibilidades incluem:a. Estar reencarnada no seio de outra família. O espírito reencarnante precisa renascer por razões pessoais, para tratar de sua própria evolução. Dessa forma, não tendo sido possível renascer através de uma família X, os amigos espirituais preparam uma família Y onde ele possa ser abrigado. b. Estar ainda no plano espiritual, aguardando novo ensejo de retornar como seu próprio filho, expectante de que, na próxima vez, será gestado e aguardado com muito amor e carinho, elementos indispensáveis para uma vida plena, feliz e produtiva. c. Ter se revoltado com a situação e com quem praticou o aborto. Isso inclui não só os pais mas também os “profissionais” que praticaram o aborto. Neste caso, faz-se necessário um tratamento espiritual visando ajudar o espírito abortado e, principalmente, que a mãe busque agir no bem, o que acenderá luzes em seu caminho e proporcionará créditos a ela para reparar o erro cometido .

5) O que eu posso fazer para me livrar dessa culpa e dessa dor que me atormenta dia e noite?

Ylen- A primeira coisa é compreender que o remorso deve durar apenas um minuto. Quero dizer com isso que o remorso deve durar apenas o tempo necessário para que nos impulsione para ação reparadora. O espírito Joanna de Ângelis cita que o remorso deve ser dinâmico, ou seja, o remoros só tem utilidade quando nos abre os olhos e nos dá forças para trabalharmos de forma a reparar o erro cometido. Mas como reparar um erro que já foi cometido? É simples! Já que não podemos fazer mais nada pelo que já passou, podemos fazer por outras pessoas que estão em nosso caminho. Ora, para combater o remorso por ter cometido aborto devemos então dedicar tempo e esforço de nossas vidas a ajudar outras mães que estão grávidas, que estão precisando de ajuda. Assim, ajudando aos filhos de outras mães a nascerem, estamos reparando o mal que fizemos àquele a quem abortamos. Dessa forma, sempre que a consciência de culpa quiser nos atacar com o remorso doentio e venenoso, irá nos encontrar ocupados demais ajudando outras mães a terem seus filhos e, dessa forma, jamais iremos nos preocupar com os erros do passado e, sim, com os acertos do presente!
Portanto, e em forma de resumo, gostaríamos de deixar claro que o remorso não pode se transformar em um sentimento doentio a nos atravancar a vida. O remorso deve ser compreendido como um apelo de nossa consciência, alertando-nos para a necessidade de reparar o erro cometido, imediatamente. Do contrário, o remorso será uma substância venenosa a se instalar nas artérias de nossos pensamentos e a nos levar á depressão, à tristeza e à destruição de nossa auto-estima, tendo consequências terriveis em nossas vidas.
O remorso ameaça trazer-lhe angústia e depressão? Reaja! Busque alguém que precisa de ajuda e ajude-o! Basta isso e o remorso diminuirá de tal modo a sua força que, com a nossa constância no bem, ele se esvanecerá no tempo de nossa evolução.

________________________________
Publicado por Ylen Asor e arquivado em Percepção Espírita




23 de maio de 2011

O Orgulho que Enlouquece



Muitos loucos são apenas perturbados por espíritos maus A idéia é trazer informações claras e acessíveis a todos, para que compreendam que nos embates diários da vida, não estamos lidando unicamente com nossos pares encarnados, mas que há uma população de espíritos que estão ao nosso redor. São amigos, parentes e conhecidos que já partiram antes de nós. São entes queridos de nosso mais profundo afeto que nos acompanham de outras vidas ( porque todos nós já as tivemos, e muitas). São Guias, mentores e protetores espirituais, que nada mais são do que gente como a gente, que uma vez no plano espiritual, e tendo alcançado maiores progressos evolutivos, prontificam-se a nos amparar por toda a nossa jornada na terra.
Além de todos esses seres, temos também outros velhos conhecidos do passado. Seja desta ou de outras encarnações. Aqueles a quem lesamos ou fizemos mal de alguma sorte, e não tiveram a grandeza de nos perdoar, reaparecem em nossas vidas como cobradores dos atos praticados outrora. Reaparecem não é só força de expressão como se pode pensar, já que sendo espíritos eles não são visiveis aos nossos olhos. Ocorre que eles influenciam não as nossas retinas, mas marcam presença forte e dolorosa em nossas vidas, em nossos relacionamentos, em nossos pensamentos e emoções.
Muitas vezes, esses espíritos perturbados e que foram por nós agredidos no passado, encontram a nossa casa mental de tal forma desguarnecida, distantes da prece a Deus, das boas ações e da caridade com o próximo, que chegam a alterar a nossa personalidade. É de tal forma essa influência que muitos que por eles são obsediados, acumulam moléstias mentais de imensa gravidade, tais como a depressão, o transtorno bipolar, a hiperatividade, neuroses, piscoses e esquizofrenias…
Quantos doentes mentais não são apenas doentes espirituais! Quanta dor e sofrimento não pode ser evitado com a aplicação correta do conhecimento espírita! O Espiritismo nada pede em troca do que oferece. É, seguramente, uma das pouquíssimas doutrinas do mundo que não possui estratégia alguma para aumentar a sua quantidade de adeptos.
Tudo que o Espiritismo e nós, os espíritas, buscamos é esclarecer e ajudar. A nossa recompensa vem da alegria de servir. Isso nos basta! Mas, como é difícil ajudar a quem precisa! A sombra do orgulho cria um manto escuro ao redor de tantos que, mesmo em profundo sofrimento, rejeitam a luz esclarecedora dos ensinamentos dos espíritos… É uma pena, já que há muita tecnologia ne Espiritismo à disposição da humanidade tão aflita e angustiada.
Como exemplo do que digo, conto um episódio ocorrido há poucos anos atrás, aqui na cidade do Recife: Partilhamos a amizade do nobre Jacob Melo, profundo pesquisador do magnetismo e das técnicas de doação de bioenergia. Este amigo convidou-nos certa feita, a atender uma pessoa que estava em depressão profunda e que há cerca de 3 meses sequer se levantava da cama, tal era a gravidade de seu estado melancólico. Fomos até a casa da pobre senhora e lá encontramos, além de sua simpática filhinha de 10 anos, uma mulher em estado lamentável de aparência; Cabelos despenteados, pele sem viço e olhos voltados para o vazio…
De pronto, iniciamos nossa prece e, seguindo técnicas recomendadas pelo amigo Jacob Melo, passamos a aplicar passes magnéticos circulares ao redor de todo o seu aparelho digestivo. Isso foi feito em função de sua descoberta que, com essa técnica, os pacientes depressivos obtinham imensa melhora. Terminamos aquele primeiro atendimento e, cerca de 40 minutos depois, quando já nos encontrávamos em nosso lar, recebmos a notícia espantosa: A paciente havia se levantado espontaneamente, preparado seu próprio suco e estava naquele momento assistindo televisão, ao lado da filhinha…
Em menos de 2 meses, a depressão havia sido eliminada e a paciente estava curada, permanecendo ate a presente data sem episódios de reicidivas… Mas… nem sempre é assim. Muitos mais casos teríamos para contar de pacientes que pioraram a cada dia, sendo portadoras de moléstias espirituais e não mentais, mas a quem o auxílio espírita foi categoricamente negado por que aquela família pertencia a uma outra religião…
A todo aquele de lê este blog, faço um apelo singelo: Ao se deparar com alguém sofrendo alguma patologia mental, ofereça-lhe a possibilidade de pensar que, para além de alguma desordem orgânica, avaliar a possibilidade de influência espiritual. Muitas vezes, bastará isso para salvar uma vida de ser intoxicada com medicamentos pesadíssimos e que levarão, estes sim, muitos pacientes á loucura. Lembramos de uma moça na flor de seus 24 anos que enlouqueceu completamente, perdendo todo o seu raciocínio e capacidade de discernimento por ter sido entupida de drogas as mais pesadas, que eram supostamente usadas para tratar a sua loucura… E sabe qual era a loucura da moça?
Ela via espíritos… O psiquiatra a diagnosticou como esquizofrênica mesmo que seu raciocínio não apresentasse sinais outros… E, o pai, rico empresário da capital pernambucana e,ironicamente, autor de livros sobre inteligência, não teve clareza lógica para aceitar a ajuda espírita… motivado por um sentimento simples: A ciência, dizia ele, não aceita a existência desses tais espíritos… Enquanto isso, sua filhinha permanece sob a prisão das drogas, da dor, do orgulho… Que nos abençoe Jesus, o Médico de nossas almas.
__________________________
Publicado por Ylen Asor e arquivado em Distonias Mentais, Obsessão



11 de maio de 2011

Cautela com médiuns que fazem previsões do seu futuro




Uma pessoa fez-nos a seguinte consulta: "Eu fui atendida por uma médium vidente que acertou coisas da minha vida e depois fez previsões do meu futuro. Ela também não me cobrou a consulta, pediu apenas que desse uma contribuiçãozinha… " Devo acreditar nela?

Eu não acreditaria. Muitas pessoas ficam impressionadas porque a vidente, cartomante, sensitiva ou seja lá como se autodenomine, acertou coisas da sua vida. Isso não significa muita coisa. E explicamos o motivo: ocorre que muitas dessas pessoas têm realmente mediunidade, ou seja, elas realmente têm capacidade de se comunicar com os espíritos. Mas como fazem da mediunidade um meio de vida, nenhum, repito, nenhum espírito sério irá trabalhar com ela.

Ora, se ninguém honesto irá estar ao seu lado, o que ocorrerá é que os espíritos maus ocuparão esse lugar. E dessa forma, quando a pessoa chega para ser atendida, o espírito irresponsável que está ao lado da médium simplesmente relata o que vê. Basta que esse espírito observe as imagens que trazemos impressas em nosso perispírito, em nosso corpo espiritual. O médium então transmite para a pessoa aquelas informações… que fica impressionada! Simples, não?

Depois que a pessoa ficou impressionada com a capacidade da vidente, facilmente passará a acreditar em qualquer coisa que ela lhe diga. E, aí, como nem ela, nem tampouco os espíritos inferiores que a cercam, tem capacidade de prever o futuro, tudo que será dito será puro lixo. Quanto ao fato de não cobrar pela consulta, mas ‘apenas pedir uma contribuiçãozinha’ trata-se apenas de um truque de marketing, já que uma consulente crédula tenderá a ser muito grata e, assim, acabará contribuindo mais do que o valor que ela estipularia pela ‘consulta’.

O alerta que fazemos é que muitas vezes nossos obsessores espirituais (e quase todos nós os temos), aproveitam-se dessa situação para sugerir idéias venenosas ao médium, que a retransmitirá à pessoa crédula. Conhecemos mais de um caso assim, entre eles o de uma jovem que foi levada a crer que seu esposo a traía, o que causou inúmeros sofrimentos ao casal como um todo e ao marido em particular, que jamais tivera tal comportamento…


Autora: Vera Calvet

http://www.rashuah.com.br/textos_ajuda