31 de agosto de 2016

Por que o espírito reencarna?


Diante dos sofrimentos aos quais o espírito se expõe na terra, somos levados a perguntar por que ele se reencarna, submetendo-se, por vezes, a um duro viver;
Quando estamos desencarnados, habitando uma colônia espiritual, vemos as coisas de um modo diferente do que quando encarnados. Lá compreendemos que sem passar pelos trâmites da reencarnação, jamais adquiriremos força, poder, esplendor; nem nos será possível quitar os compromissos contraídos em antigas reencarnações; e convencemo-nos de que tudo isso só será possível mediante novas experiências na terra. E para conquistarmos graus espirituais mais elevados que constituirão nossa riqueza verdadeira, e para retificar o passado cheio de culpas, arrostamos de bom grado as incertezas das reencarnações.
O corpo humano funciona como um filtro depurador. A animalidade que trazemos de nosso passado inescrutável é retida pouco a pouco pelo filtro da carne; e de cada uma das reencarnações, o espírito sai um pouco mais depurado, um pouco menos animal, um pouco mais humanizado.
A consciência, torturada pelo remorso, encontra no corpo humano o remédio bendito de sua redenção. Os compromissos morais que assumimos conscientemente como encarnados, somente como encarnados podemos solvê-los. E enquanto os compromissos morais não forem solvidos, o remorso não deixará de perturbar o espírito culpado.
Assim é que a reencarnação reúne de novo, embora em ambiente diverso, ofendidos e ofensores, vítimas e verdugos, os quais recapitulam juntos um passado de erros, procurando corrigi-los. E quando nós nos defrontamos com portadores de moléstias presentemente incuráveis, com os aleijões, com a idiotia, com a cegueira, com a surdez, com a mudez e tantas outras, vemos irmãos que no passado se entregaram ao crime, aos vícios, à perversidade e agora, por meio do filtro da carne, procuram curar seus espíritos doentes, mutilados, enlouquecidos.
Quando desencarnados, compreendemos a extensão dos compromissos morais que assumimos e ansiamos por liquidá-los; vemos as deformidades que o vício, o crime, a perversidade, causaram ao nosso corpo espiritual; certificamo-nos, então, de que o único caminho a seguir é a reencarnação dolorosa para a obtenção da cura. E divisando novos e mais amplos horizontes, somos informados de que a reencarnação para o aprendizado e a elevação é que nos fornecerá os meios de alcança-los. Tudo isso faz com que deixemos de lado os receios inúteis e mergulhemos nas sombras do mundo para conquistar as glórias do céu.

Fonte: extraído do livro “O Espiritismo Aplicado”, de Eliseu Rigonatti. Editora Pensamento.

25 de julho de 2016

Desafios


“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. 
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. 
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti. 
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer. 
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro! 
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? 
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. 
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? 
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso? 
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. 
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia. 
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. 
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas. 
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. 
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. 
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. 
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste? 
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar. 
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Aborrece-me que me louvem. Me cansa que agradeçam. 
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. 
Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. 
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? 
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti. 

Baruch Spinoza

19 de julho de 2016

Por que o espírito reencarna

Diante dos sofrimentos aos quais o espírito se expõe na terra, somos levados a perguntar por que ele se reencarna, submetendo-se, por vezes, a um duro viver.
Quando estamos desencarnados, habitando uma colônia espiritual, vemos as coisas de um modo diferente do que quando encarnados. Lá compreendemos que sem passar pelos trâmites da reencarnação, jamais adquiriremos força, poder, esplendor; nem nos será possível quitar os compromissos contraídos em antigas reencarnações; e convencemo-nos de que tudo isso só será possível mediante novas experiências na terra. E para conquistarmos graus espirituais mais elevados que constituirão nossa riqueza verdadeira, e para retificar o passado cheio de culpas, arrostamos de bom grado as incertezas das reencarnações.
O corpo humano funciona como um filtro depurador. A animalidade que trazemos de nosso passado inescrutável é retida pouco a pouco pelo filtro da carne; e de cada uma das reencarnações, o espírito sai um pouco mais depurado, um pouco menos animal, um pouco mais humanizado.
A consciência, torturada pelo remorso, encontra no corpo humano o remédio bendito de sua redenção. Os compromissos morais que assumimos conscientemente como encarnados, somente como encarnados podemos solvê-los. E enquanto os compromissos morais não forem solvidos, o remorso não deixará de perturbar o espírito culpado.
Assim é que a reencarnação reúne de novo, embora em ambiente diverso, ofendidos e ofensores, vítimas e verdugos, os quais recapitulam juntos um passado de erros, procurando corrigi-los. E quando nós nos defrontamos com portadores de moléstias presentemente incuráveis, com os aleijões, com a idiotia, com a cegueira, com a surdez, com a mudez e tantas outras, vemos irmãos que no passado se entregaram ao crime, aos vícios, à perversidade e agora, por meio do filtro da carne, procuram curar seus espíritos doentes, mutilados, enlouquecidos.
Quando desencarnados, compreendemos a extensão dos compromissos morais que assumimos e ansiamos por liquidá-los; vemos as deformidades que o vício, o crime, a perversidade, causaram ao nosso corpo espiritual; certificamo-nos, então, de que o único caminho a seguir é a reencarnação dolorosa para a obtenção da cura. E divisando novos e mais amplos horizontes, somos informados de que a reencarnação para o aprendizado e a elevação é que nos fornecerá os meios de alcança-los. Tudo isso faz com que deixemos de lado os receios inúteis e mergulhemos nas sombras do mundo para conquistar as glórias do céu.

Fonte: extraído do livro “O Espiritismo Aplicado”, de Eliseu Rigonatti. Editora Pensamento.


16 de julho de 2016

Ensinamentos de Buda...



Entre o sexto e o quarto século AC, um homem chamado Sidarta Gautama começou a virar a cabeça da população no leste da Índia, com sua profunda sabedoria espiritual. Ele recebeu o nome de “Buda”, que significa literalmente “o iluminado”, e até os dias de hoje, nos chegam muitos insights de seus ensinamentos.
Curiosamente, Buda nunca escreveu qualquer um dos seus ensinamentos citados a baixo. Semelhante a Jesus e Sócrates, o seu método de ensino era verbal e comunicativo. As tradições orais mantiveram a sabedoria de Buda viva até 400 anos após sua morte, quando então a primeira transcrição de seus ensinamentos surgiu.
Seu despertar ocorreu quando percebeu que não precisamos passar fome e sacrificar nosso corpo, como era comumente praticado na Índia na época para aumentar a clareza e sabedoria espiritual. Quando uma jovem ofereceu-lhe um pudim de leite e arroz como um ato de compaixão, ele percebeu que haviam mais lições No Caminho do que ele vinha ensinando.
Em seguida, meditou por 49 nove dias após jurar a si mesmo que não iria se mover até que encontrasse a verdade. Os insights que vieram daí, ainda permanecem em alguns dos ensinamentos espirituais mais importantes e profundos de todos os tempos. Aqui estão 25 citações de Buda que vão mudar a sua vida:
1) “Mesmo que você leia muitas escrituras sagradas e mesmo que você fale muito sobre elas, o que de bom elas podem fazer por você se não agir sobre isto?”

2) “O caminho não está no céu. O caminho está no coração”.

3) “Um jarro enche gota a gota”.

4) “Todo ser humano é o autor da sua própria saúde ou da doença”.

5) “Para compreender tudo é preciso perdoar tudo”.

6) “Melhor do que mil palavras ocas, é uma palavra que traga a paz”.

7) “Quaisquer palavras que pronunciamos, devem ser escolhidas com cuidado porque as pessoas ouvem e são influenciadas por elas, para o bem ou para o mal”.

8) “Ninguém nos salva a não ser nós mesmos. Ninguém pode e ninguém consegue. Nós mesmos devemos percorrer o caminho”.

9) “E no momento de uma polêmica em que sentimos raiva, já deixamos de lutar pela verdade e começamos a brigar com nós mesmos”.

10) “No céu, não há distinção entre oriente e ocidente; as pessoas criam distinções dentro de suas próprias mentes e depois acreditam nelas como verdade”.

11) “Aqueles que estão livres de pensamentos rancorosos certamente encontram a paz”.

12) “O ódio não cessa pelo ódio em nenhum momento. O ódio cessa com o amor. Esta é uma lei inalterável”.

13) “Tem que haver o mal para que então o bem possa provar sua pureza acima dele”.

14) “É fácil ver os defeitos dos outros, mas é difícil ver nossas própria falhas. Aquele que mostra os defeitos dos outros é como alguém que joga palha ao vento, mas encobre as próprias falhas como um jogador astuto quando esconde seus dados”.

15) “Eu nunca vejo o que tem sido feito; eu só vejo o que resta a ser feito”.

16) “A mente é tudo. O que você pensa, você se torna”.

17) “Assim como tesouros são descobertos a partir da terra, a virtude aparece nas boas ações, e a sabedoria aparece a partir de uma mente pura e pacífica. Para caminhar com segurança através do labirinto da vida humana, é preciso a luz da sabedoria e a orientação da virtude”.

18) “Somos moldados por nossos pensamentos; nós nos tornamos aquilo que pensamos. Quando a mente é pura, a alegria segue como uma sombra que nunca vai embora”.

19) “Trabalhe por sua própria salvação. Não dependa de outros”.

20) “Vamos nos levantar e ser gratos, porque se nós não aprendemos muito hoje, pelo menos aprendemos um pouco, e se nós não aprendemos um pouco, pelo menos não ficamos doentes, e se ficamos doentes, pelo menos nós não morremos; assim, vamos todos ser gratos”.

21) “Não se pode percorrer o caminho até que você se torne o próprio caminho”.

22) “Você não vai ser punido por sua raiva, você será punido pela sua raiva”.

23) “Conquistar a si mesmo é uma tarefa maior do que conquistar outros”.

24) “Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua, e a verdade”.

25) “Tenha compaixão por todos os seres, ricos e pobres; cada um tem o seu sofrimento. Alguns sofrem demais, outros muito pouco”.

Fonte: Steven Bancarz Spirit Science

25 de maio de 2016

Tratamento e cura da obsessão

desobsessão
A Obsessão nada mais é do que uma ligação mental negativa entre dois seres. Pode ocorrer de desencarnado para encarnado, de encarnado para desencarnado, de encarnado para encarnado ou desencarnado para desencarnado.
Ela nasce de uma ideia fixa que dois ou mais seres possam ter entre si e pode ser causada por algum hábito, vício ou desejo em comum.
Ex: Um espírito desencarnado que era alcoólatra e que não sabe que desencarnou, sente necessidade do efeito do álcool, aproxima-se de uma pessoa que tenha predisposição à bebida e a induz a beber mais, podendo assim atrapalhar os caminhos de sua vida.
Pode ocorrer também entre familiares.
Uma mãe que desencarna, por exemplo, trazendo consigo uma grande preocupação a respeito de seu filho, pode iniciar um processo de simbiose espiritual através dessa preocupação, sem ter idéia do que está fazendo.
Desafetos de vidas passadas também podem evoluir para um processo de obsessão através de sentimentos de vingança, rancor e antipatia.
Algumas sensações que podem caracterizar a obsessão são, entre muitas outras: desânimo, depressão, pessimismo, irritação e atritos frequentes com familiares, companheiros de trabalho ou até mesmo amigos.
É importante lembrar que nem sempre estes sintomas podem representar um quadro obsessivo.

O TRATAMENTO DE DESOBSESSÃO

A obsessão não deve ser tratada com misticismo, ela nada mais é do que uma doença espiritual que deve ser tratada.
O tratamento espiritual não prescinde em circunstância alguma do tratamento dos médicos encarnados que, em caso de necessidade, deve ser feito paralelamente.
O tratamento de desobsessão é dedicado tanto ao obsessor quanto ao obsediado.
O obsessor é levado para a câmara de desobsessão, onde os médiuns e mentores espirituais presentes irão orientá-lo (muitas vezes o obsessor sequer sabe que desencarnou) sobre as leis que regem esse novo mundo que ele agora habita e sobre os caminhos que deve percorrer.
A participação do obsediado é fundamental. É muito importante que ele vigie seus pensamentos, pois são eles que formam o elo entre os dois. Muitas vezes começamos com uma pequena irritação, algo sem tanta importância e acabamos desencadeando uma bola de neve. Sem percebermos, perdemos o controle sobre nós mesmos.
No começo essa tarefa não é fácil! Mas deve haver persistência. Tudo é uma questão de vigilância. Ao conseguirmos, percebemos como é simples melhorar nossas vidas.
Caso o obsediado não consiga desviar estes pensamentos, deve fazer uma prece espontânea vinda do coração (evitando orações decoradas) e/ou leituras edificantes (pode comprar um livro ou se desejar, pegá-lo emprestado na biblioteca circulante do CEC).
Estes são alguns passos fundamentais para o tratamento da desobsessão. Entretanto, é muito importante lembrar que a reforma íntima, a mudança de seus pensamentos e de suas atitudes para com o próximo e consigo mesmo é fundamental.
Em muitos casos, ao final do tratamento, os obsessores evoluem e em gratidão ao auxílio que tiveram (graças a atitude do obsidiado de procurar ajuda para ambos) tornam-se grandes amigos, ou até mesmo grandes protetores do ex-obsediado. Portanto, é muito importante que o obsessor não seja tratado como um inimigo, mas sim como um irmão que necessita de auxílio.

Fonte: texto extraído do site do Centro Espírita da Consolação (http://centroespiritadaconsolacao.org.br/
)]


29 de abril de 2016

A religião espírita


O Espiritismo é uma religião que vem apontar à humanidade novos caminhos em sua marcha para a Perfeição. Como suas irmãs mais velhas, traz-nos também um conjunto de revelações que contribuem para desenvolver-nos o sentimento e para nosso aprimoramento moral.

A Religião Espírita inicia um movimento espiritual que visa a:

1º – Despertar no homem a certeza da imortalidade da alma;

2º – Libertar a consciência humana;

3º – Revelar a evolução permanente a que estão submetidos todos os seres;

4º – Explicar racionalmente o Evangelho de Jesus.

Despertando a certeza da imortalidade de nossa alma, a Religião Espírita nos demonstra de onde viemos ao reencarnarmo-nos, para que fim viemos à Terra e para onde iremos após nosso desencarne.
Iniciando a libertação da consciência humana, a Religião Espírita livra-nos dos dogmas, da incerteza ante o futuro depois da morte do corpo físico, descerrando-nos os horizontes vastos do porvir, cheios de vida, de beleza e de amor. Mostra-nos a Terra como uma escola abençoada, onde através do trabalho digno, do estudo sério, de uma vida honesta, do sofrimento suportado resignadamente, conquistaremos os dotes imperecíveis da Perfeição. Ensina-nos que depois da morte, isto é, do desencarne, não devemos ficar submersos na materialidade terrena, mas devemos continuar a lutar nobremente para atingirmos zonas mais aperfeiçoadas da vida.
A Religião Espírita revela-nos que todos os seres, do mais ínfimo ao mais elevado, estão sujeitos à lei da evolução. Tudo evolve em busca de formas mais perfeitas, de vidas mais sublimes.
E por fim a Religião Espírita nos explica racionalmente o Evangelho de Jesus, fazendo dele a lei moral que devemos observar em relação para com Deus, para com nossos semelhantes e para conosco mesmos.
A Religião Espírita não é nada mais nada menos do que a restauração na face da terra do Cristianismo em toda sua simplicidade e pureza primitivas. Por isso seus templos são modestos, simples, singelos; não são templos de pedra a exprimirem a força da matéria triunfante; mas são locais de reuniões que convidam os homens a se libertarem, por instantes, da materialidade da vida diária e comungarem com a Espiritualidade Superior.
A Religião Espírita não tem aparatos, nem pompas, nem suntuosidades, nem dogmas de espécies alguma. Tudo o que prega e o que ensina é facilmente compreendido por qualquer inteligência, mesmo pelas pouco cultivadas, uma vez que haja boa vontade e sadio interesse em aproveitar as lições.
A Religião Espírita é constituída de duas partes que se entrosam harmoniosamente que são: o Cristianismo que é a doutrina de Jesus explanada em seu Evangelho; e o Espiritismo que é a doutrina dos espíritos.
O Evangelho modela-nos o caráter; disciplinando-nos o sentimento.
O Espiritismo mostra-nos o caminho percorrido e o ainda a percorrer em nossa marcha evolutiva.

Fonte: extraído do livro “O Espiritismo Aplicado”, de Eliseu Rigonatti. Editora Pensamento.

26 de abril de 2016

Como é a vida depois da morte

As pesquisas científicas indicam que sim, e as religiões também afirmam que, de alguma forma, a vida continua depois desta vida, nem que seja em estado latente, aguardando a ressurreição dos mortos. 
Só que aí surge uma questão da mais alta importância: se todos havemos de morrer um dia, como estaremos nesse além da vida? Será que vamos ficar armazenados em algum galpão celestial, aguardando o juízo final? Ou quem sabe, prostrados diante do trono divino, em adoração, pela eternidade afora? Ou talvez sentados no beiral de uma nuvem tocando harpa? 
Será que uma natureza dinâmica, como a do ser humano, iria suportar um estado de inatividade, inócuo e vazio, por toda a Eternidade? 
São os próprios espíritos que têm dado as mais completas explicações sobre esse outro lado da vida. Essas informações têm chegado, principalmente através da psicografia, por intermédio de inúmeros médiuns, nos mais diferentes pontos da Terra e nas mais diversas épocas. Nessas mensagens, dirigidas em sua maioria a parentes e amigos, os espíritos contam como foi a sua passagem para o mundo ou dimensão espiritual, e como é essa nova realidade. Também pela TCI – Transcomunicação Instrumental, os espíritos se comunicam através de aparelhos eletrônicos, passando informações semelhantes. 
Um dos portadores das mais amplas e detalhadas notícias sobre o mundo espiritual, a vida e atividades dos seus habitantes - através da mediunidade - é o espírito André Luiz, nos 11 livros psicografados por Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier): Nosso Lar, Os Mensageiros, Missionários da Luz, Obreiros da Vida Eterna, No Mundo Maior, Libertação, Entre a Terra e o Céu, Nos Domínios da Mediunidade, Ação e Ração, Sexo e Destino, E a Vida Continua. 
André Luiz nos mostra que esse outro lado da vida é muito parecido com o lado de cá. Há muitas semelhanças. Ninguém fica vagando no espaço como alma penada, nem tocando harpa no beiral de uma nuvem. O mundo espiritual, para os espíritos, é tão real e dinâmico quanto o mundo físico é para nós. 
É por isso que muitos espíritos não sabem, ou não conseguem acreditar que já morreram. São daqueles que pensam que ao morrer irão para o céu, o purgatório ou mesmo para o inferno, ou então, que a morte irá apagá-los de vez. Mas, ao invés disso, encontram-se quase como antes. Muitos voltam para o lar, para os ambientes do trabalho ou do lazer.
Vêem as pessoas, falam com elas, mas as pessoas não lhes dão a menor atenção. Alguns pensam que ficaram loucos, ou que estão vivendo um pesadelo interminável. Muitos assistem ao próprio velório e sepultamento, mas não aceitam a ideia de que aqueles funerais sejam os seus. Espíritos nessa condição são popularmente conhecidos como sofredores.
Uma das atividades dos centros espíritas é o esclarecimento a esses irmãos tão necessitados. Eles se incorporam ao médium e o doutrinador conversa com eles explicando-lhes a realidade. O grupo todo envolve o irmão sofredor em vibrações de paz e de amor. É como ele se alivia e consegue melhorar a própria freqüência vibratória. 
Essa elevação vibratória é necessária para que ele possa ser socorrido e levado para tratamento em local adequado. 
Mas há também aqueles que retornam à dimensão espiritual mais ou menos conscientes do que está ocorrendo, ou seja, sabem, ou mesmo desconfiam que desencarnaram, ou “morreram”. Quando alguém desencarna é muito importante que receba vibrações de paz, em vez das manifestações de desespero que geralmente acontecem nessas situações. 
Muitos espíritos têm relatado através da mediunidade seus dramas, sofrimentos e aflições, por causa do desespero e desequilíbrio dos parentes e amigos, após seus desenlaces. Eles dizem que as lágrimas dos entes queridos que ficaram na Terra, suas vibrações angustiadas, chegam a eles com muita intensidade, provocando-lhes sofrimentos e aflições sem conta. 
Por isso, diante da morte, a atitude dos presentes deve ser de respeito, serenidade, equilíbrio e, acima de tudo, prece. O recém-desencarnado necessita de paz e de muita oração.
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www.bemviver.org

21 de abril de 2016

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo


Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo. Crê e trabalha.

Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá.

De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.

Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite.

Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte... Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia. 

(Meimei - Espírito/Chico Xavier)



Como fazer as coisas acontecerem


Espero que você esteja aproveitando o seu dia.
Nesta carta irei falar com você sobre “Como” você pode desencadear o poder do seu subconsciente e mudar a sua vida…
Este pequeno macete é tão poderoso e ainda assim tão simples que ele é frequentemente subestimado ou completamente ignorado, porque a maioria das pessoas acha que ele é simples demais para ser poderoso…
Então mesmo que ele lhe pareça simples, experimente, dê um tempo e veja os resultados.
Mas antes de eu lhe falar mais sobre isso, deixe-me lhe falar sobre os dois tipos de pessoa com quem venho me deparando ao longo da vida…e tenho certeza, se você pensar bem, que você vai se lembrar de muitas pessoas na sua vida que são assim também…
Eu me deparo com pessoas que sempre perguntam:
“Por que é que as …(coisas são de determinada forma)…?”
Em alguns casos, eu encontro com as mesmas pessoas depois de 20 anos e elas continuam fazendo as mesmas perguntas
Como se as suas mentes estivessem emperradas no mesmo ponto…como um computador congelado e precisando de um reboot…
Eu também já me deparei com um tipo diferente de gente…
Aqueles que continuamente se fazem perguntas como
“Como que eu posso…(fazer aquele negócio legal, ter aquela coisa legal, etc.)?
E então eu encontro com eles um ano ou talvez até alguns meses depois, e eles já conseguiram o que haviam pedido!
E agora eles estão pedindo por coisas maiores e melhores.
Seria isso uma coincidência??
Ou talvez a forma como você faz perguntas tenha um enorme impacto na sua vida…
A pergunta errada pode deixar as pessoas paralisadas, enquanto que as perguntas certas lhes impulsionam a níveis cada vez mais altos de sucesso e completude.
Perguntar “por quê” é ótimo, se você quiser ser um filósofo.
É ótimo ser um filósofo, se a sua meta for de fato esta.
Mas se você quer que as coisas sejam feitas, se você quiser “resultados”, se você quiser fazer as coisas acontecerem, você precisa de uma pergunta diferente..
Para operar grandes mudanças na sua vida, para alcançar milagres e para manifestar o seu desejo, a maneira certa de perguntar é perguntar “Como”…
Não “Por que que as coisas são como são?”, mas “Como que eu posso mudar as coisas para melhor…?
Você pode começar pequeno, “Como que eu posso mudar…(aquela coisa pequena na minha vida)…?”
Conforme você for pegando o jeito, comece com as grandes questões..
Você se lembra sobre os dois tipos de pessoa sobre as quais lhe falei?…na vida real, existe um pouco dos dois em cada um de nós…
Quando estamos cansados e frustrados, quando estamos resignados e jogamos a toalha, é aí que os “porquês” começam…
Você já reparou que quando alguém fica frustrado com outra pessoa, a primeira pergunta que surge inconscientemente é “Por que é que você é assim?” ou “Por que você está agindo assim?”
Quando estamos prontos para operar mudanças e manifestar grandes coisas, nós começamos a nos perguntar “Como”.
As perguntas “Como” freiam o ciclo vicioso de pensamentos negativos. Desta forma, imediatamente a sua mente escolhe um novo caminho…
Um caminho que leva a soluções…
Eu sei que algumas pessoas podem duvidar deste método, porque ele é simples demais..
Mas o seu poder está justamente na sua simplicidade.
Então durante o dia, quando você estiver pensando em alguma coisa, experimente modificar qualquer pensamento para uma pergunta “Como”…
Você ficará surpreso com os resultados depois de um tempo…
Agora, quanto tempo vai demorar para você encontrar as respostas?
Ou como você pode acelerar as respostas às suas perguntas?
Nas próximas cartas irei falar mais sobre isso.
Um brinde à sua felicidade,

Dr. Eric


15 de abril de 2016

Em busca da espiritualidade


A partir de determinado momento, o orgulho de não crer, de não ser crente, aquela empáfia antropocêntrica e iluminista de acreditar que a razão resolve tudo (o que significa, em grande medida, como já disse aqui, ter Fé na razão, o que é um paradoxo), começaram a se transformar num certo desagrado em não crer. A coisa começou com a percepção de que havia mais coisas ao meu redor do que eu podia compreender. Ou, ao menos, de que podia haver mais coisas, sim, além da minha capacidade de perceber. O mundo, este ou o outro, se é que outro mundo existe mesmo, tem grandes chances de ser uma coisa maior e mais complexa do que o meu poder cognitivo tem condições de abarcar. Não é em todo momento que eu penso, ou pensava, assim. Mas o número de momentos em que esta dúvida se instalou começou a crescer.
Depois veio o desejo de experimentar uma revelação. De sofrer uma epifania. Passei, de algum modo, a me sentir embotado, insensível, uma porta, sem um pingo de capacidade de ver ou sentir o Além desde aquela minha posição materialista. E a partir daquela minha velha e boa incapacidade de crer. Será que é preciso crer, ter Fé, para captar de alguma forma o outro plano, se ele existir de fato? Se for assim, se for preciso crer para ver, de novo vem o meu cérebro cartesiano dizer que há autossugestão na parada. O fantástico, para qualquer cético, seria ver sem crer. Aí sim. Prova definitiva. Mas a Fé, se dependesse de provas, teria que trocar de nome, né?
Abri como pude as portas da minha percepção ao registro daquilo que eu jamais pude enxergar ou comprovar. E percebi que, ocasionalmente, tenho medos do sobrenatural capazes de quebrar qualquer certeza na ausência das presenças que nesses momentos parecem se fazer sentir. Os números no visor do despertador que se repetem (retrato esse fenômeno no meu romance Homem Sem Nome), adivinhar a chegada ou o telefonema de alguém com segundos de antecedência. Algumas sensações amedrontadoras de presenças na casa vazia. Mudanças repentinas de humor que alguns diriam ser a troca de guarda entre os espíritos que nos rodeiam, atraídos pelas nossas energias - que alguns deles tentariam influenciar. Ambientes que jogam você para cima ou que lhe afundam no primeiro segundo em que você entra neles.
Medos límbicos, ancestrais, plenamente compreensíveis, próprios da evolução da espécie. Meras coincidências. Autossugestão repleta de superstições. Ou não. Ou então nada disso. E aquela noite em que eu não consegui dormir sozinho na casa do meu avô, no dia em que ele morreu, e que tanto me aborreceu pela falta de controle que eu tive sobre aquela sensação, e pelo fato de que a sensação não era boa numa casa que afinal sempre foi minha, talvez seja um evento para lá de concreto, ainda que não possa (ainda) ser medido e reproduzido em laboratório.

Por Adriano Silva.  16/06/2009 - 12:59
Fonte: http://portalexame.abril.com.br/blogs/manualdoexecutivoingênuo


18 de março de 2016

Divaldo Franco: A crise e a transição planetária


É verdade que Emmanuel reencarnou para ter actividade na política (estando agora com 12 anos de acordo com declarações de Chico Xavier antes de desencarnar)?
Divaldo Franco - Que o Espírito Emmanuel reencarnou-se, isto é um facto, pois que foi revelado pelo médium Chico Xavier, que teria assistido o momento do seu retorno.
Quanto à tarefa que iria exercer, eu ignoro completamente e penso que o seu médium não o revelaria, no máximo, acredito que sua informação seria esclarecendo que o nobre Mentor que viria em uma missão muito significativa, mas não dizendo qual.
Joanna de Ângelis vai voltar em 2015? No Brasil? Vai certamente ser um vulto na área da Piscologia? Sabe em que áreas vai agir?
DF - Oportunamente, em 2010, numa conversa informal a Benfeitora informou-me que “a partir de 2015 estaria preparando-se para renascer na Terra, em solo brasileiro, a fim de participar da grande transição planetária”, não informando a data exacta, nem a área em que se apresentaria.
Que outros espíritos conhecidos na Terra voltarão a reencarnar em breve? Havendo tanto materialismo, tanta violência, tanta guerra, tanta gente que nem sequer descortina a sua condição de ser espiritual, isso significa que a transição tão desejada para mundo de regeneração seja mais demorada ou acontecerá até 2025 ou 2050? Como?
DF - Informam os nobres Espíritos que por mim comunicam-se, que filósofos e místicos, artistas e pensadores, estetas e cientistas do passado estarão retornando, alguns dos quais já se encontram entre nós, e podem ser identificados em inúmeras crianças de comportamento especial superior, a fim de realizar-se o grande enfrentamento com os Espíritos empedernidos no mal, superando as armadilhas da perversidade por sobrepor-lhes as excelências do amor e do bem.
A data é muito difícil de ser estabelecida, porém, isso ocorrerá no século actual.
Melhor dizendo: já vem ocorrendo.
No seu livro "Transição Planetária" fala em reencarnações em massa de espíritos de outros planetas. Porquê? No planeta Terra, no mundo espiritual não havia massa humana suficientemente evoluída, ao ponto de necessitar de "reforços" passe a expressão?
DF - É claro que existem na Terra milhões de almas nobres e que Jesus as comanda, no entanto, a fraternidade, o intercâmbio, a cooperação constituem elementos do progresso, diletos filhos do amor, e voluntários espirituais de outro sistema oferecem-se para ajudar na grande transformações, qual acontece entre nós, quando verificamos uma tragédia em um país e nos erguemos em solidariedade internacional.
O amor está acima das paixões e apegos de qualquer natureza, sejam pessoais, nacionais, internacionais, para considerá-lo do ponto de vista interplanetário.
Chico Xavier ou Divaldo Franco foram Kardec, ou o que está nas Obras Póstumas não está correcto, quando preconizava a volta de Kardec em breve, para completar a sua missão?
Porquê tanto segredo sobre Kardec, quando o Espiritismo é exemplo de simplicidade, sendo que a falta de informações sobre Kardec só contribuem para o boato e opiniões menos ajuizadas?
DF - Acredito na legitimidade da informação dos Espíritos quanto ao retorno de Kardec reencarnando-se, mas considero que o em breve tem uma duração de tempo diferente do nosso.
Ademais, porque a necessidade de o identificar, perturbando-lhe a obra? Não será mais nobre que venha no anonimato, não necessariamente no movimento espírita, mas na ciência, na tecnologia de ponta, confirmando, mediante as pesquisas de laboratório, os conceitos e ensinamentos exarados na Codificação?
A seriedade dos conteúdos espíritas não permite a futilidade de revelações dispensáveis e sem significado, sendo muitas das que ocorrem, resultado da falta de estudos sérios da doutrina, por aqueles que as apresentam.
Quem foi Divaldo Franco noutras vidas (que se lembre ou que lhe tenha sido revelado pelos Espíritos)?
DF - Até onde me tem sido permitido perceber, recordar ou receber informação dos Amigos espirituais, as jornadas anteriores foram tumultuadas, assinaladas por dislates, sendo esta a grande oportunidade de reparação, de crescimento, e auto-iluminação, o que, realmente, é muito importante.
Como distinguir no futuro, aquilo que é uma extensão, desdobramento, da Doutrina Espírita, daquilo que são fantasias mediúnicas ou mistificações?
DF - Toda informação mediúnica que se enquadrar na unanimidade universal, característica básica que legitima a sua procedência, merecerá respeito e aceitação.
Aqueloutras que tiveram características de exotismo, de personalismo e auto-promoção deverão receber o repúdio, conforme ocorre em todas as áreas do pensamento e do comportamento humano.
Uma palavra final sua e de algum espírito, para os espíritas e para a humanidade em geral.
DF - Nossa mensagem é uma proposta de paz, inicialmente, entre nós, os espíritas, respeitando-nos e elevando o nosso nível de consideração recíproca pelo outro. Estendendo o conceito, tem ela o desejo de convocar todo indivíduo para o bem, o cumprimento recto do dever, para a fraternidade e a vitória sobre o egoísmo onde nascem os males que a todos nos afectam.
(Importante entrevista de Divaldo Franco concedida ao Jornal de Espiritismo, em Portugal, cuja 1ª parte foi publicada no Jornal de Espiritismo nº 55 e a 2ª parte saiu no JDE nº 56 (Janeiro / Fevereiro de 2013).