30 de agosto de 2011

As Razões do Esquecimento de Vidas Passadas



O Esquecimento do Passado O esquecimento do passado é considerado a mais séria das objeções contra a reencarnação. Como pode o homem aproveitar da experiência adquirida em suas anteriores existências, quando não se lembra delas? Pois que, desde que lhe falta essa reminiscência, cada existência é para ele qual se fora a primeira; deste modo está sempre a recomeçar... Pareceria ilógico fazer-nos expiar em uma existência faltas cometidas nas vidas passadas, de que tivéssemos perdido a lembrança. Enfim, se o homem já viveu, pergunta-se: por que não se lembra de suas existências passadas?


RAZÕES DO ESQUECIMENTO

Allan Kardec [LE-qst 392-399] [ESE-cap V it 11] vai examinar essa questão. Depois de concluir que o esquecimento do passado atesta a sabedoria de Deus, pois a lembrança de existências anteriores traria inconvenientes muito graves, o Codificador apresenta as principais razões do ponto de vista moral:
a) A lembrança do passado traria perturbações inevitáveis às relações sociais: o Espírito renasce freqüentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas reconhecesse as mesmas que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. De qualquer modo, ficaria humilhado perante aquelas pessoas que tivesse ofendido.
Quantos ódios milenares são desfeitos em uma existência quando os adversários de ontem se reencontram na condição de pai e filho, de mãe e filha ou de irmãos consanguíneos? Se eles tivessem na consciência a lembrança das faltas cometidas uns contra os outros, dificilmente conseguiriam pacificar as relações. De tudo isto deduz-se que a lembrança do passado perturbaria as relações sociais e tornar-se-ia um entrave ao progresso.
b) Pelo esquecimento do passado o homem é mais ele mesmo: livre da reminiscência de um passado importuno, o homem viverá com mais liberdade, terá maior mérito em praticar o bem, e poderá exercitar seu livre-arbítrio de forma mais ampla.
A lembrança do passado poderia humilhar o Espírito culpado levando-o a muitos processos de auto-depreciação, como poderia também exaltar o orgulho dos Espíritos que tiveram um passado de destaque em qualquer área da atividade humana.
A vida terrestre é, algumas vezes, difícil de suportar; ainda mais o seria se, ao cortejo dos nossos males atuais, acrescesse a memória dos sofrimentos ou das vergonhas passadas;
c) O esquecimento do passado arrefece o complexo de culpa, dando condições ao Espírito culpado de renovar-se psiquicamente: muitos Espíritos faltosos encontram-se em terríveis sofrimentos purgatoriais. Nas diversas esferas da erraticidade, em função de um remorso estanque, de uma culpa neurótica, sem estrutura psicológica para reparar o passado através da prática do bem e de uma atitude mental positiva.
Esquecendo o passado, ele mergulha em nova vida, onde as oportunidades de ressarcimento se lhe apresentarão naturalmente sem que o remorso paralisante atormente a sua consciência frágil;
d) O esquecimento do passado é uma condição temporária: ocorre apenas durante a vida física. Volvendo à vida espiritual, readquire o Espírito a lembrança do passado. Nada mais há, portanto, do que uma interrupção temporária, semelhante à que se dá na vida terrestre durante o sono.
Ao retornar à vida extra-física, o homem vai, paulatinamente (mais ou menos rapidamente em função de sua evolução), tomando ciência de suas experiências anteriores, e então, já mais lúcido e tranqüilo, tem condições de tomar decisões sábias, preparando-se para novas batalhas.
Há, ainda, outra argumentação filosófica: por acaso o fato de não nos lembrarmos da nossa infância representa prova de que essa infância não existiu? Quantos acontecimentos vivemos, muitos deles, inclusive, perpetuados em fotografias, em filmes ou em gravações, e deles nos esquecemos completamente?
Do ponto de vista científico, as razões que explicam porque perde o Espírito as lembranças do passado são de três ordens:
1. O restringimento do perispírito no processo encarnatório;
2. O estado de perturbação que acompanha o Espírito reencarnante;
3. A imaturidade das células do sistema nervoso central nos primeiros anos de vida.
Esses fatores se somando fazem com que em cada nova existência o Espírito se esqueça, em seu próprio benefício das experiências pretéritas.


INSTRUMENTOS DO PRESENTE

Se o homem esquece o passado, poder-se-ia objetar: como conduzir-se diante das provas, das opções, das situações difíceis que se lhe depararão na nova existência? Qual o caminho a seguir? Qual a atitude a tomar?
Kardec diz: "Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas. O homem traz ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência é para ele um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi: se está sofrendo, é porque fez o mal, e suas tendências atuais indicam o que lhe resta corrigir em si mesmo. Examinando suas aptidões, seus defeitos suas inclinações inferiores ele pode inferir de seu passado e buscar elementos para reestruturar-se moral e intelectualmente. É sobre isso que ele deve concentrar toda a sua atenção, pois daquilo que foi completamente corrigido já não restam sinais." [ESE-cap V it 11]
Examinando sempre sua consciência, estudando atentamente o que é certo e errado ele encontrará o caminho ideal a seguir, pois cada um traz impresso em seu interior as necessidades prementes e as resoluções tomadas quando no mundo espiritual. A estes fatores acrescem-se dois outros: a assistência dos bons Espíritos e as lembranças advindas durante o sono.
Não é somente após a morte que o Espírito terá recordações de suas outras existências. Muitas vezes, quando Deus julga útil, permite que o Espírito durante o desdobramento natural do sono, tenha lembranças fragmentárias de outras encarnações. Mesmo que não se lembre totalmente delas ao acordar, as manterá em seu campo psíquico sobre a forma de reflexos e condicionamentos positivos, que nos momentos de dúvida poderão auxiliá-lo a tomar as decisões corretas.
Por outro lado, todos nós, ao reencarnamos, passamos a ser assistidos por amigos espirituais que estarão ao nosso lado, sempre que necessário, velando por nós e nos inspirando nas decisões mais difíceis.

BIBLIOGRAFIA

1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) O Que é o Espiritismo? - Allan Kardec
3) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG




12 de agosto de 2011

Porque não sou espírita kardecista...



"Porém, nunca o repetirei demasiado, não aceiteis coisa alguma às cegas". Erasto - LM cap. V item 98
É muito comum encontrarmos afirmações do tipo: Espírita Kardecista, Kardecismo. Isto cada vez mais, vai se tornando natural no meio Espírita em palestras, jornais e revistas.
Porém o que me chamou a atenção foi o artigo da jornalista Renata Saraiva no Jornal Valor de 15 de dezembro de 2000, no seu artigo "Loucura e espiritismo no Brasil" a chamada é a seguinte: "Historiadora estuda como a psiquiatria tratou o Kardecismo no início do século".
O artigo trata da tese de doutorado da historiadora da Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP Angélica Silva de Almeida "A Loucura Espírita no Brasil". Percebam que o termo Kardecismo foi utilizado como sinônimo de Espiritismo, demonstrando que a confusão iniciada no meio espírita começa a atingir também a mídia. Isto é tudo que alguns inimigos da Doutrina Espírita querem, pois ela deixaria de ser a revelação dada por uma plêiade de espíritos liderados pelo Espírito da Verdade para ficar resumida em uma única pessoa.
Antigamente falava-se em espiritismo de mesa branca, espírita de mesa branca e a mesa branca foi substituída por Kardecismo ou Kardecista, alguns centros chegam a incluir em sua denominação Centro Espírita Kardecista.
Entre os espíritas ainda predomina o aprendizado verbal ouve-se alguém dizer acha-se bonito e vai se repetindo, sem se parar para refletir se isto condiz com o que aprendemos. Apenas como exemplo já perceberam como o termo karma foi incorporado ao linguajar de alguns "espíritas". O que mais ouvimos é que a leitura do Livro dos Espíritos é muito difícil por isto esta verdadeira enxurrada de romances, muitos deles com erros graves em relação a Doutrina e são vendidos dentro da própria casa espírita, basta se dizer que o livro é psicografado para se tornar uma obra espírita, mas esta é uma história que fica para uma outra vez.
Para explicar porque não sou espírita Kardecista, chamo em minha defesa o Sr. Allan Kardec, que sem dúvida era o bom senso encarnado e que já imaginando as distorções que poderiam ocorrer fez questão de deixar bem claro logo no primeiro parágrafo da introdução do Livro dos Espíritos o seguinte: "Para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Assim exige a clareza da linguagem para evitar confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras." e mais a frente estabelece "Os adeptos do Espiritismo serão, Espíritas ou se quiserem Espiritistas."
Recorro agora a equipe de espíritos responsáveis pelo Livro dos Espíritos, vamos aos prolegômenos deste livro, que nos dizem: "Este livro é o repositório de seus ensinos, foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional. Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as nota e a forma de algumas partes da redação constituem obra (d?)aquele que recebeu a missão de os publicar".
Portanto a simples leitura da Introdução e dos Prolegômenos do Livro dos Espíritos já bastaria para que não criássemos termos novos para definir o que já está definido e muito bem definido. Seria interessante ainda aos que se dizem espíritas Kardecista lerem o Capitulo I de A Gênese que trata do Caráter da Revelação Espírita , em especial o item 45 que aqui reproduzimos:
"A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não a tem em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a terceira coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância. Ela é coletiva no sentido de não ser feita ou dada como privilégio de pessoa alguma; ninguém, por conseqüência, pode inculcar-se como seu profeta exclusivo; foi espalhada simultaneamente, por sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala, conforme esta predição registrada pelo autor dos Atos dos Apóstolos: "Nos últimos tempos, disse o Senhor, derramarei o meu espírito sobre toda a carne; os vossos filhos e filhas profetizarão, os mancebos terão visões, e os velhos, sonhos." (Atos,cap.II,vv. 17,18.) "Ela não proveio de nenhum culto especial, a fim de servir um dia, a todos, de ponto de ligação."
Com base neste item Kardec faz uma nota explicando o seu papel "neste grande movimento de idéias". Neste mesmo livro no Cap. XVII, Predições do Evangelho item 40, podemos ler : "Não é uma doutrina individual, uma concepção humana; ninguém pode dizer-se seu criador. É o produto do ensino coletivo dos espíritos, ao qual preside o Espírito de Verdade." E no rodapé da pagina joga uma pá de cal sobre este assunto, escrevendo o seguinte:
"Todas as doutrinas filosóficas e religiosas trazem o nome da individualidade fundadora: o mosaismo, o cristianismo, o maometismo, o budismo, o cartesianismo, o furierismo, san-sinomismo, etc...
A palavra Espiritismo ao contrário, não lembra nenhuma personalidade, ela encerra uma idéia geral, que indica, ao mesmo tempo, o caráter e a fonte múltipla da doutrina."
Portanto baseado em tudo que aprendi até agora, sou Espirita e ponto final.

(Publicado no Boletim GEAE- Grupo de Estudos Avançados Espíritas- Número 429 )


5 de agosto de 2011

Lembre-se: nunca estamos sós!.




Ao longo da vida, devemos ter sempre presente que nunca estamos sós!



Viemos com uma missão, com um objetivo específico, e disso não existem dúvidas. No entanto, muitos de nós, devido ao estilo de vida que levamos, perdemo-nos no tempo, e de repente é como se a estrada terminasse... não existe direção, não existe saída!


Devemos deixar-nos orientar por aqueles que possuem a sabedoria divina! Deixemo-nos guiar pelos nossos guias, e seres de luz que nos acompanham, invisíveis, mas sempre presentes! Vamos estar mais atentos, mais presentes em cada momento do nosso dia! Vamos finalmente perceber que podemos ser tocados por um anjo! Vamos permitir que isso aconteça nas nossas vidas!

Hoje, senti-me tocado por um anjo! Apenas deixei fluir, e por uns breves instantes, esse anjo abraçou-me, elevando-me uns pequenos milímetros do chão! Não duvide, não questione, apenas sinta...e deixa fluir! O seu anjo aguarda a sua chamada... Deixe-se tocar por ele!

Universo Espírito de Luz/Publicada por CAMINHANTE