3 de fevereiro de 2013

As curas do Espiritismo

O Espiritismo é ainda procurado pela maioria para a cura do corpo. Qualquer Centro Espírita que tenha um médium curador terá sempre bom público em suas dependências.
Vê-se claramente isto quando se comparam Centros que ensinam o Evangelho e a Doutrina Espírita, como prioridades, e as Casas que oferecem vantagens materiais de toda ordem. Sejam os alimentos, os enxovais ou o tratamento da saúde por meio de cirurgias mediúnicas ou remédios fora da medicina tradicional.
É certo que devemos cuidar do corpo porque ele é o templo do Espírito. O que nos causa estranheza é que o Espiritismo ainda não foi devidamente compreendido como a doutrina de libertação do homem pelo conhecimento, conforme explicou Jesus: “conhecereis a verdade e ela vos fará livres”.
No seu apostolado na Terra, em três curtos anos de missionário, Jesus fez pouquíssimas curas de corpos, deixando claro que a cura mais importante é a da alma. Uma alma saudável terá sempre um corpo igualmente sadio.
Embora a cura do corpo sirva como semente para chamamento dos descrentes ou para os que desconhecem os meandros da vida, será sempre importante acompanhar a cura de uma orientação para que o beneficiado compreenda porque se operou nele a oportunidade de melhorar.
As pessoas que só procuram o Espiritismo quando adoecem, porque na maioria das vezes nem praticam esta religião, irão embora logo depois de atendidas e acabarão por adoecer novamente porque não aprenderam a se curar. O socorro imediato, de fora para dentro, não soluciona o problema, porque a doença, o Espiritismo nos explica, é um reflexo do comportamento desregrado da pessoa.
Que Deus abençoe os que curam e os que são curados. Que eles saibam ser agradecidos pela oportunidade de dar e de receber ajuda. Mas seria muito bom se todos os que se beneficiam da cura deixassem de praticar sempre as mesmas coisas porque adoecerão de novo. Sem a modificação da alma o corpo jamais será saudável. E quem veio para curar, cuide para não praticar atos que possam causar, em si próprio, lesões irreversíveis!

Jornal “O Clarim”