29 de abril de 2016

A religião espírita


O Espiritismo é uma religião que vem apontar à humanidade novos caminhos em sua marcha para a Perfeição. Como suas irmãs mais velhas, traz-nos também um conjunto de revelações que contribuem para desenvolver-nos o sentimento e para nosso aprimoramento moral.

A Religião Espírita inicia um movimento espiritual que visa a:

1º – Despertar no homem a certeza da imortalidade da alma;

2º – Libertar a consciência humana;

3º – Revelar a evolução permanente a que estão submetidos todos os seres;

4º – Explicar racionalmente o Evangelho de Jesus.

Despertando a certeza da imortalidade de nossa alma, a Religião Espírita nos demonstra de onde viemos ao reencarnarmo-nos, para que fim viemos à Terra e para onde iremos após nosso desencarne.
Iniciando a libertação da consciência humana, a Religião Espírita livra-nos dos dogmas, da incerteza ante o futuro depois da morte do corpo físico, descerrando-nos os horizontes vastos do porvir, cheios de vida, de beleza e de amor. Mostra-nos a Terra como uma escola abençoada, onde através do trabalho digno, do estudo sério, de uma vida honesta, do sofrimento suportado resignadamente, conquistaremos os dotes imperecíveis da Perfeição. Ensina-nos que depois da morte, isto é, do desencarne, não devemos ficar submersos na materialidade terrena, mas devemos continuar a lutar nobremente para atingirmos zonas mais aperfeiçoadas da vida.
A Religião Espírita revela-nos que todos os seres, do mais ínfimo ao mais elevado, estão sujeitos à lei da evolução. Tudo evolve em busca de formas mais perfeitas, de vidas mais sublimes.
E por fim a Religião Espírita nos explica racionalmente o Evangelho de Jesus, fazendo dele a lei moral que devemos observar em relação para com Deus, para com nossos semelhantes e para conosco mesmos.
A Religião Espírita não é nada mais nada menos do que a restauração na face da terra do Cristianismo em toda sua simplicidade e pureza primitivas. Por isso seus templos são modestos, simples, singelos; não são templos de pedra a exprimirem a força da matéria triunfante; mas são locais de reuniões que convidam os homens a se libertarem, por instantes, da materialidade da vida diária e comungarem com a Espiritualidade Superior.
A Religião Espírita não tem aparatos, nem pompas, nem suntuosidades, nem dogmas de espécies alguma. Tudo o que prega e o que ensina é facilmente compreendido por qualquer inteligência, mesmo pelas pouco cultivadas, uma vez que haja boa vontade e sadio interesse em aproveitar as lições.
A Religião Espírita é constituída de duas partes que se entrosam harmoniosamente que são: o Cristianismo que é a doutrina de Jesus explanada em seu Evangelho; e o Espiritismo que é a doutrina dos espíritos.
O Evangelho modela-nos o caráter; disciplinando-nos o sentimento.
O Espiritismo mostra-nos o caminho percorrido e o ainda a percorrer em nossa marcha evolutiva.

Fonte: extraído do livro “O Espiritismo Aplicado”, de Eliseu Rigonatti. Editora Pensamento.

26 de abril de 2016

Como é a vida depois da morte

As pesquisas científicas indicam que sim, e as religiões também afirmam que, de alguma forma, a vida continua depois desta vida, nem que seja em estado latente, aguardando a ressurreição dos mortos. 
Só que aí surge uma questão da mais alta importância: se todos havemos de morrer um dia, como estaremos nesse além da vida? Será que vamos ficar armazenados em algum galpão celestial, aguardando o juízo final? Ou quem sabe, prostrados diante do trono divino, em adoração, pela eternidade afora? Ou talvez sentados no beiral de uma nuvem tocando harpa? 
Será que uma natureza dinâmica, como a do ser humano, iria suportar um estado de inatividade, inócuo e vazio, por toda a Eternidade? 
São os próprios espíritos que têm dado as mais completas explicações sobre esse outro lado da vida. Essas informações têm chegado, principalmente através da psicografia, por intermédio de inúmeros médiuns, nos mais diferentes pontos da Terra e nas mais diversas épocas. Nessas mensagens, dirigidas em sua maioria a parentes e amigos, os espíritos contam como foi a sua passagem para o mundo ou dimensão espiritual, e como é essa nova realidade. Também pela TCI – Transcomunicação Instrumental, os espíritos se comunicam através de aparelhos eletrônicos, passando informações semelhantes. 
Um dos portadores das mais amplas e detalhadas notícias sobre o mundo espiritual, a vida e atividades dos seus habitantes - através da mediunidade - é o espírito André Luiz, nos 11 livros psicografados por Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier): Nosso Lar, Os Mensageiros, Missionários da Luz, Obreiros da Vida Eterna, No Mundo Maior, Libertação, Entre a Terra e o Céu, Nos Domínios da Mediunidade, Ação e Ração, Sexo e Destino, E a Vida Continua. 
André Luiz nos mostra que esse outro lado da vida é muito parecido com o lado de cá. Há muitas semelhanças. Ninguém fica vagando no espaço como alma penada, nem tocando harpa no beiral de uma nuvem. O mundo espiritual, para os espíritos, é tão real e dinâmico quanto o mundo físico é para nós. 
É por isso que muitos espíritos não sabem, ou não conseguem acreditar que já morreram. São daqueles que pensam que ao morrer irão para o céu, o purgatório ou mesmo para o inferno, ou então, que a morte irá apagá-los de vez. Mas, ao invés disso, encontram-se quase como antes. Muitos voltam para o lar, para os ambientes do trabalho ou do lazer.
Vêem as pessoas, falam com elas, mas as pessoas não lhes dão a menor atenção. Alguns pensam que ficaram loucos, ou que estão vivendo um pesadelo interminável. Muitos assistem ao próprio velório e sepultamento, mas não aceitam a ideia de que aqueles funerais sejam os seus. Espíritos nessa condição são popularmente conhecidos como sofredores.
Uma das atividades dos centros espíritas é o esclarecimento a esses irmãos tão necessitados. Eles se incorporam ao médium e o doutrinador conversa com eles explicando-lhes a realidade. O grupo todo envolve o irmão sofredor em vibrações de paz e de amor. É como ele se alivia e consegue melhorar a própria freqüência vibratória. 
Essa elevação vibratória é necessária para que ele possa ser socorrido e levado para tratamento em local adequado. 
Mas há também aqueles que retornam à dimensão espiritual mais ou menos conscientes do que está ocorrendo, ou seja, sabem, ou mesmo desconfiam que desencarnaram, ou “morreram”. Quando alguém desencarna é muito importante que receba vibrações de paz, em vez das manifestações de desespero que geralmente acontecem nessas situações. 
Muitos espíritos têm relatado através da mediunidade seus dramas, sofrimentos e aflições, por causa do desespero e desequilíbrio dos parentes e amigos, após seus desenlaces. Eles dizem que as lágrimas dos entes queridos que ficaram na Terra, suas vibrações angustiadas, chegam a eles com muita intensidade, provocando-lhes sofrimentos e aflições sem conta. 
Por isso, diante da morte, a atitude dos presentes deve ser de respeito, serenidade, equilíbrio e, acima de tudo, prece. O recém-desencarnado necessita de paz e de muita oração.
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www.bemviver.org

21 de abril de 2016

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo


Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo. Crê e trabalha.

Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá.

De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.

Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite.

Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte... Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia. 

(Meimei - Espírito/Chico Xavier)



Como fazer as coisas acontecerem


Espero que você esteja aproveitando o seu dia.
Nesta carta irei falar com você sobre “Como” você pode desencadear o poder do seu subconsciente e mudar a sua vida…
Este pequeno macete é tão poderoso e ainda assim tão simples que ele é frequentemente subestimado ou completamente ignorado, porque a maioria das pessoas acha que ele é simples demais para ser poderoso…
Então mesmo que ele lhe pareça simples, experimente, dê um tempo e veja os resultados.
Mas antes de eu lhe falar mais sobre isso, deixe-me lhe falar sobre os dois tipos de pessoa com quem venho me deparando ao longo da vida…e tenho certeza, se você pensar bem, que você vai se lembrar de muitas pessoas na sua vida que são assim também…
Eu me deparo com pessoas que sempre perguntam:
“Por que é que as …(coisas são de determinada forma)…?”
Em alguns casos, eu encontro com as mesmas pessoas depois de 20 anos e elas continuam fazendo as mesmas perguntas
Como se as suas mentes estivessem emperradas no mesmo ponto…como um computador congelado e precisando de um reboot…
Eu também já me deparei com um tipo diferente de gente…
Aqueles que continuamente se fazem perguntas como
“Como que eu posso…(fazer aquele negócio legal, ter aquela coisa legal, etc.)?
E então eu encontro com eles um ano ou talvez até alguns meses depois, e eles já conseguiram o que haviam pedido!
E agora eles estão pedindo por coisas maiores e melhores.
Seria isso uma coincidência??
Ou talvez a forma como você faz perguntas tenha um enorme impacto na sua vida…
A pergunta errada pode deixar as pessoas paralisadas, enquanto que as perguntas certas lhes impulsionam a níveis cada vez mais altos de sucesso e completude.
Perguntar “por quê” é ótimo, se você quiser ser um filósofo.
É ótimo ser um filósofo, se a sua meta for de fato esta.
Mas se você quer que as coisas sejam feitas, se você quiser “resultados”, se você quiser fazer as coisas acontecerem, você precisa de uma pergunta diferente..
Para operar grandes mudanças na sua vida, para alcançar milagres e para manifestar o seu desejo, a maneira certa de perguntar é perguntar “Como”…
Não “Por que que as coisas são como são?”, mas “Como que eu posso mudar as coisas para melhor…?
Você pode começar pequeno, “Como que eu posso mudar…(aquela coisa pequena na minha vida)…?”
Conforme você for pegando o jeito, comece com as grandes questões..
Você se lembra sobre os dois tipos de pessoa sobre as quais lhe falei?…na vida real, existe um pouco dos dois em cada um de nós…
Quando estamos cansados e frustrados, quando estamos resignados e jogamos a toalha, é aí que os “porquês” começam…
Você já reparou que quando alguém fica frustrado com outra pessoa, a primeira pergunta que surge inconscientemente é “Por que é que você é assim?” ou “Por que você está agindo assim?”
Quando estamos prontos para operar mudanças e manifestar grandes coisas, nós começamos a nos perguntar “Como”.
As perguntas “Como” freiam o ciclo vicioso de pensamentos negativos. Desta forma, imediatamente a sua mente escolhe um novo caminho…
Um caminho que leva a soluções…
Eu sei que algumas pessoas podem duvidar deste método, porque ele é simples demais..
Mas o seu poder está justamente na sua simplicidade.
Então durante o dia, quando você estiver pensando em alguma coisa, experimente modificar qualquer pensamento para uma pergunta “Como”…
Você ficará surpreso com os resultados depois de um tempo…
Agora, quanto tempo vai demorar para você encontrar as respostas?
Ou como você pode acelerar as respostas às suas perguntas?
Nas próximas cartas irei falar mais sobre isso.
Um brinde à sua felicidade,

Dr. Eric


15 de abril de 2016

Em busca da espiritualidade


A partir de determinado momento, o orgulho de não crer, de não ser crente, aquela empáfia antropocêntrica e iluminista de acreditar que a razão resolve tudo (o que significa, em grande medida, como já disse aqui, ter Fé na razão, o que é um paradoxo), começaram a se transformar num certo desagrado em não crer. A coisa começou com a percepção de que havia mais coisas ao meu redor do que eu podia compreender. Ou, ao menos, de que podia haver mais coisas, sim, além da minha capacidade de perceber. O mundo, este ou o outro, se é que outro mundo existe mesmo, tem grandes chances de ser uma coisa maior e mais complexa do que o meu poder cognitivo tem condições de abarcar. Não é em todo momento que eu penso, ou pensava, assim. Mas o número de momentos em que esta dúvida se instalou começou a crescer.
Depois veio o desejo de experimentar uma revelação. De sofrer uma epifania. Passei, de algum modo, a me sentir embotado, insensível, uma porta, sem um pingo de capacidade de ver ou sentir o Além desde aquela minha posição materialista. E a partir daquela minha velha e boa incapacidade de crer. Será que é preciso crer, ter Fé, para captar de alguma forma o outro plano, se ele existir de fato? Se for assim, se for preciso crer para ver, de novo vem o meu cérebro cartesiano dizer que há autossugestão na parada. O fantástico, para qualquer cético, seria ver sem crer. Aí sim. Prova definitiva. Mas a Fé, se dependesse de provas, teria que trocar de nome, né?
Abri como pude as portas da minha percepção ao registro daquilo que eu jamais pude enxergar ou comprovar. E percebi que, ocasionalmente, tenho medos do sobrenatural capazes de quebrar qualquer certeza na ausência das presenças que nesses momentos parecem se fazer sentir. Os números no visor do despertador que se repetem (retrato esse fenômeno no meu romance Homem Sem Nome), adivinhar a chegada ou o telefonema de alguém com segundos de antecedência. Algumas sensações amedrontadoras de presenças na casa vazia. Mudanças repentinas de humor que alguns diriam ser a troca de guarda entre os espíritos que nos rodeiam, atraídos pelas nossas energias - que alguns deles tentariam influenciar. Ambientes que jogam você para cima ou que lhe afundam no primeiro segundo em que você entra neles.
Medos límbicos, ancestrais, plenamente compreensíveis, próprios da evolução da espécie. Meras coincidências. Autossugestão repleta de superstições. Ou não. Ou então nada disso. E aquela noite em que eu não consegui dormir sozinho na casa do meu avô, no dia em que ele morreu, e que tanto me aborreceu pela falta de controle que eu tive sobre aquela sensação, e pelo fato de que a sensação não era boa numa casa que afinal sempre foi minha, talvez seja um evento para lá de concreto, ainda que não possa (ainda) ser medido e reproduzido em laboratório.

Por Adriano Silva.  16/06/2009 - 12:59
Fonte: http://portalexame.abril.com.br/blogs/manualdoexecutivoingênuo