Realmente emociona, leva às lágrimas e faz refletir maduramente sobre o quanto falta ainda fazer por nós mesmos e uns pelos outros. Esse “fazer” por nós mesmos na indicação clara de quanto precisamos disciplinar o próprio comportamento, de quanto precisamos nos desprender de tendências egoísticas ou rebeldes, de apegos ou vaidades tolas e pretensiosas.
E o “fazer” uns pelos outros, no estímulo vivo que oferece para a solidariedade e a compreensão com as dificuldades alheias. Mas não é só. Ele reflete a realidade. E o faz de maneira comovente. Os momentos ali retratados, fazendo pensar sobre os valores da família, dos laços de afeto, da responsabilidade individual perante a vida, entre tantos outros, por meio de uma realidade palpável pelo raciocínio e pela sensibilidade, levaram-me às lágrimas. Principalmente por perceber o esforço na propagação da imortalidade da alma. Não há equívocos, não há fantasias, não há distorções, apesar das adaptações próprias para uma produção cinematográfica.
Sim, exatamente, falamos do filme Nosso Lar. Espetacular, extraordinária produção do cinema nacional. Vá ver amigo (a). E não precisa se assustar, caso você não tenha contato com os ensinos do Espiritismo. A realidade de sofrimento, no início do filme, apenas reflete a distância do personagem com os valores reais da virtude e da vinculação com os autênticos valores da alma, entre eles a prece, é óbvio. E considere ainda que ninguém nunca está desamparado. Sempre haverá alguém a nos receber, mas precisamos igualmente abrir as portas do coração. Sim, a imortalidade é realidade gloriosa. E ouso acrescentar, é uma realidade comovente porque apenas retrata a Bondade de Deus que não nos criou para a destruição nem para o sofrimento. A emoção poderá surgir em cada um de maneira diferente, pois são vários os caminhos que fazem refletir. E poderá mesmo não te causar emoção, mas vai te fazer pensar. E antes de considerar tudo aquilo uma fantasia, leia o livro do mesmo nome e busque embasamento em O Livro dos Espíritos, mas faça-o de maneira imparcial, sem prevenções, raciocinando com as lições, é o convite que faço ao leitor não habituado a tais reflexões e muitas vezes resistente a tais ideias. Belíssimo filme. Penso que é um marco na história humana. Sem vulgaridades, sem fantasias e com esmero os produtores e atores, demonstrando uma vez mais a criatividade e o talento nacionais, fizeram uma obra prima do cinema. Que alegria, que gratidão, amigos em toda parte! E, claro, ideal que o leitor também leia o livro. Nosso Lar foi psicografado por Chico Xavier, publicado em 1944, já vendeu mais de um milhão de cópias, e é apenas o primeiro de uma série que ficou conhecida com a Série André Luiz, composta de 13 obras de grande valor científico-literário-filosófico-religioso. Autor: Orson Peter Carrara
Imagem na postagem: Foto da cidade espiritual Nosso Lar, tal como foi descrita por André Luís e reproduzida no filme com o mesmo nome.
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