26 de dezembro de 2009

FAZER E NÃO FAZER


Construa a Paz através do tempo, - não a improvise.
Seja imparcial, - não indiferente.
Exponha suas convicções, - não as imponha.
Conserve a atitude humilde, - não receosa.
Refira-se à verdade, - não a transformando em instrumento de dor para o próximo.
Procure ajudar, - não apenas agradar.
Não condicione a sua afeição, - oferte-a.
Não reaja pela ira, - atue pelo amor.
Não invista num só golpe toda a sua confiança, - aplique-a a pouco e pouco.
Não reduza sua capacidade de amar ante o desalento, - ame duplicadamente a quem o não entender.
Para qualquer situação, há pequeninas regras que ajudam bem a viver.
Desde que você se imponha à tônica de instruir, amar, servir e passar adiante, sem a
preocupaçãode colimar todos os objetivos, dando a cada um o direito de ser como é,
 porém, em relação à própria conduta, conforme ensinou Allan Kardec, busque ser
hoje melhor do que ontem e amanhã tente ser melhor do que hoje.

Do livro Momentos de Decisão
Divaldo Franco pelo Espírito Marco Prisco


24 de dezembro de 2009

Uma nova religião que se chama CONSUMISMO!!



Paralelamente ao consumismo desenfreado das pessoas que lotam os shopings das cidades, felizmente há movimentos paralelos caminhando na contramão da alienação consumista coletiva, da ávida procura de presentes e de mimos para si mesmos e para quem não precisa deles. Sim, graças ao bom senso e à coerência de alguns, existem grupos de pessoas que buscam  os meios de doarem presentes aos mais humildes filhos de Deus, às milhares de criancinhas que nada costumam receber no Natal. Filhos de pais pobres demais para poderem desperdiçar o parco salário , que mal dar para comer, comprando mimos para os filhos.  Espero que as pessoas, imbuidas do espírito natalino, contribuam com as Campanhas de  Natal, que façam isto em homenagem ao tão esquecido aniversariante e legítimo dono da festa: Jesus Cristo!
Eu penso da mesma forma que o autor deste artigo que transcrevi abaixo.  É verdade que o Natal transformou-se numa festa do consumismo, numa farra de compras, num estardalhaço de  comilança de presentes que esvaziam os cartões de crídito das pessoas, endivida-as, fazendo a alegria das contas bancárias dos comerciantes.
No mundo ocidental, predominantemente cristão, o Natal é uma época de especial importância e aquele período, cada vez mais “antecipado”, por influência do marketing, que mais “mexe” conosco. É verdade que a “religião consumista” foi reforçando a importância destas festas (porque ao Natal se seguem às festas da passagem e o próprio dia de Ano Novo) e, assim, a religião, mesmo que não a pratiquemos, e o consumismo acabam, apesar de tudo, por reforçar os elos familiares e de amizade nesta altura do ano.
Todos nos deixamos influenciar, e também influenciamos, nesta onda de “trocas” materiais e afetivas, mas, infelizmente, por pouco tempo. Apesar de tudo, o Natal é uma festa linda, principalmente nos países do hemisfério norte, com o frio, a neve, as luzes e os presépios e as árvores de Natal a embelezarem esta quadra festiva.
Trocam-se prendas, cumprimentos, perdões, mas “troca-se”, também uma certa dose de hipocrisia e cinismo, isto é, nem todos os nossos gestos nesta época, como também noutras, são gestos de sincera amizade e solidariedade para com os “nossos “próximos”. Até as crianças, que foram durante muitos anos o nosso “menino Jesus” e a razão de em muitos lares reinar alguma alegria, já foram, também elas pervertidas, por nós e pelo consumismo, no genuíno espírito natalício.
O Natal pode ser, para alguns, uma festa de amor e de alegria, mas para outros é, com certeza, um período de profunda tristeza, porque sentem na alma, não a “inveja” da felicidade dos outros, mas sim todo o tipo de carências, sejam elas materiais ou de outra espécie.
Nesta quadra, a dor é ainda maior, apesar de muitos voluntários, genuína e abnegadamente, partilharem com eles todo um conjunto de bens ou de solidariedade, minorando-lhes as suas carências, mas esta não deixa de ser uma época em que a dor reaparece. Por esta altura, multiplicam-se as acções de “bem-fazer” aos pobres e aos “sem abrigo”, mas, interrogo-me, que sociedade é esta que “trata tão bem” os deserdados da sorte, pelo Natal, mas o abandona no resto do ano e das suas vidas, permitindo a sua “existência”, sob a capa das liberdades individuais?
Agora, envolvidos por esta crise que os “senhores donos do mundo” provocaram e cujas conseqüências ainda não se conhecem na sua extensão, como será o Natal de muita mais gente, incluindo-se e como se usa agora apelidar, os novos pobres?
Se nada fizermos, o Natal morrerá, porque o amor que o alimenta corre o risco de se perder, tal o egoísmo de uns e o desencanto de outros. Por enquanto, o Natal é ainda alegria para uns, mas também tristeza para (muitos) outros. Mas, afinal, o que celebramos em cada Natal, se (já) muitos de nós não somos cristãos? Ou celebramos uma nova religião que se chama “consumismo”?
Esta, garantidamente, tornar-nos-á mais egoístas e insensíveis aos problemas humanos, porque a (in) satisfação pelos bens materiais pode levar-nos a um beco sem saída, perdidos que sejam outros valores da humanidade. “Já agora, valeria a pena pensarmos nisto”.

Autor: Serafim Marques
Economista português

DESEJO UM FELIZ  NATAL E UM ANO NOVO ESPLÊNDIDO  PARA TODAS AS PESSOAS QUE, EM DIVERSOS PAISES DO MUNDO, VISITAM ESTE BLOG.  A TODAS MEU MUITO OBRIGADA PELO INTERESSE E PELO APOIO.


23 de dezembro de 2009

O MEDO


Acredito que a maioria das pessoas sentem medo, mesmo aquele medos difusos que não sabemos de onde vêm e porque o sentimos.  Hoje, já estou liberta da maioria dos meus medo, especialmente do medo da morte. Libertei-me deste após meus estudos acerda da doutrina espírita, deixada codificada por Allan Kardec.  Colhi o artigo abaixo em um site espiritualista, gostei da sua mensagem e o trago para  quem se interessa pelo assunto. Tenham todos um feliz Natal!
"Por que temos medo? Todos os medos tem a mesma origem, sempre. O medo da morte. A morte é a causa final de todos nossos medos, sejam eles quais forem, alguma relação com a morte, por menos explicita que ela possa parecer.
O ser humano não está preparado para o momento da morte. Por mais que sejam religiosas, ou não, a morte ainda causa desconfiança.
Se a pessoa é religiosa, é ensinada desde cedo que a morte é um processo que busca algo maior, seja ela a evolução espiritual, a queima de um Karma, o conforto nos braços do Criador, o retorno à Mãe Primordial, e outras visões. No entanto o momento final amedronta a todos.
Se a pessoa não crê em nada, a morte é o fim, nada existe após ela.
Primeiro, por mais que se digam o contrário, somos todos muito apegados ao mundo material, não queremos nos desvencilhar das coisas que nos são caras, pessoas, bens, e nosso corpo físico que tanto bem nos traz.
Segundo, pois temos temor do que não conhecemos. Após a morte não sabemos o que nos espera, não se sabe como é o outro lado, como as pessoas são recebias, e o que as espera durante a eternidade. Também não se sabe o que é passar o resto da eternidade no nada se não se espera por nada.
O nada é vazio, assim como nosso conhecimento sobre a morte. Bem como nosso fascínio sobre ela. Sempre queremos descobrir o que não conhecemos. A curiosidade move o mundo, assim chegamos a tudo que nos rodeia no mundo contemporâneo. Porém não é possível saber de tudo, e a morte continua encoberta pelo véu do mistério. A única coisa que sabemos é que ela chegará, e de seus braços nunca poderemos escapar. É o fim de todos. O fim...

Autor: Felipe Cândido.

18 de dezembro de 2009

SER, TER e FAZER DE CONTA


Recentemente uma professora, que veio da Polônia para o Brasil ainda muito jovem, proferia uma palestra e, com muita lucidez trazia pontos importantes para reflexão dos ouvintes. Já vivi o bastante para presenciar três períodos distintos no comportamento das pessoas, dizia ela. O primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais que era preciso SER. Ser honesta, ser educada, ser digna, ser respeitosa, ser amiga, ser leal. Algumas décadas mais tarde, fui testemunha da fase do TER. Era preciso ter. Ter boa aparência, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter e ter... 
 Na atualidade, estou presenciando a Fase do Faz de Conta. Analisando sob esse ponto de vista, chegaremos à conclusão que a professora tem razão. Hoje, as pessoas fazem de conta e está tudo bem. Pais fazem de conta que educam, professores fazem de conta que ensinam, alunos fazem de conta que aprendem.
Profissionais fazem de conta que são competentes, governantes fazem de conta que se preocupam com o povo e o povo faz de conta que acredita. Pessoas fazem de conta que são honestas, líderes religiosos se passam por representantes de Deus, e fiéis fazem de conta que têm fé. E ainda há aqueles que, por interesses egoístas e nada transparentes, convincentemente fazem de conta que nutrem sentimentos de amor por alguém que, na verdade, apenas lhe é útil, ou seja: usa a pessoa  enquanto ela for necessária aos seus interesses...
Doentes fazem de conta que têm saúde, criminosos fazem de conta que são dignos e a justiça faz de conta que é imparcial. Traficantes se passam por cidadãos de bem e consumidores de drogas fazem de conta que não contribuem com esse mercado do crime. Pais fazem de conta que não sabem que seus filhos usam drogas, que se prostituem, que estão se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta que não sabem que os pais sabem. Mulheres fazem de conta que são belas às custas de próteses de silicone, aplicações de botox e reiteradas lipos...
Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas fazem de conta que são justiceiros... E a maioria da população faz de conta que está tudo bem... Mas uma coisa é certa: não podemos fazer de conta quando nos olhamos no espelho da própria consciência. Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas não justificamos.
Raras pessoas são realmente autênticas. Por isso elas se destacam nos ambientes em que se movimentam, despertam a simpatia de muitos e tornam-se queridas. São aquelas que não representam, apenas são o que são, sem fazer de conta, dem enganar a ninguém. São profissionais éticos e competentes amigos leais, pais zelosos na educação dos filhos, ótimos filhos e companheiros, políticos honestos, religiosos fiéis aos ensinos que ministram. São, enfim, pessoas muito especiais, descomplicadas, trnasparentes, de atitudes simples, mas coerentes e, acima de tudo, fiéis consigo mesmas, com seus ideais e projetos de vida. 
Importante salientar, todavia, que essa representação no dia-a-dia, esse faz de conta, causa prejuízos para aqueles que lançam mão desse tipo de comportamento. A pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num vazio, pois nem ela mesma sabe quem é, de fato, e acaba se traindo em algum momento. E isso é extremamente cansativo e desgastante.
Você sabia? Que a pessoa que vive de aparências ou finge ser quem não é corre sérios riscos de entrar em depressão? Isso é perfeitamente compreensível, graças à batalha que trava consigo mesma e o desgaste para manter uma realidade falsa. Se é fácil enganar os outros, é impossível enganar a própria consciência. Por todas essas razões, vale a pena ser quem se é, ainda que isso não agrade os outros. Afinal, não é aos outros que prestaremos contas das nossas ações, e sim a Deus e à nossa consciência.

Fonte: Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita (com algumas alterações).
       

15 de dezembro de 2009

VIVA COM ALEGRIA !!! RIR É O MELHOR REMÉDIO...


Para seguirmos a orientação de nosso Eu Superior e viver uma vida espiritual temos que abrir mão da alegria? Claro que não!
Mesmo que tenhamos a impressão de que as práticas religiosas devam ser sérias e que qualquer comportamento contrário é incompatível com o crescimento espiritual, isto é um grande equívoco.  Basta lembrar que todos os momentos importantes, os ritos de passagem, são comemorados em todas as religiões, com muita alegria.
A experiência da alegria está nos nossos registros akáshicos; ela é a força motriz que nos impulsiona na busca do sentido mais profundo e real de prazer. É através dela que a nossa alma vive a plenitude do Ser. É ela que nos acorda e nos leva a dançar a vida, livres e soltos no ritmo do tempo, nos faz buscar nossos pares e acender as fogueiras iluminando os caminhos. Por ela vencemos a escuridão da noite e afugentamos o medo do amanhã.  Para celebrar a vida necessitamos estar em sintonia com ela, que nos desperta o sentido de “dar graças”, abençoar, comemorar, celebrar.
Com alegria pelo nascimento recebemos uma criança no mundo; comemoramos no batismo, nos aniversários, Natais, Páscoas e assim sucessivamente até a celebração final que, em algumas culturas também é comemorada com festa, o retorno da alma ao mundo espiritual. A busca da verdadeira alegria talvez seja uma das mais difíceis tarefas espirituais, pois significa desapegar-se de preconceitos, limitações, culpas, vergonhas e todas as armadilhas criadas pelo ego.
Praticar a Alegria é trazer para o dia-a-dia a luz de nossa Alma e criar um ambiente de harmonia e paz. Alegria e egoísmo são incompatíveis; alegria e ressentimento também. A alegria vibra no peito inundando o coração. Irmã da fé, da esperança e da caridade, ela é filha do Amor e estar fora de sua sintonia é estar desconectado do fluxo cósmico de energia e luz. Por isso a tristeza ou ausência da alegria, é um grave desequilíbrio que desperta todos os sentimentos negativos gerando fantasias, projeções e doenças nos níveis espiritual, mental, emocional e físico.
Não podemos esquecer que somos seres complexos e completos em nossa simplicidade. Esta leitura holística é imprescindível para entendermos como nossas emoções, sentimentos e ações se refletem em nossa saúde. É por isso que já foi dito: “Rir é o melhor remédio”.
Descubra a alegria de acordar e viver cada instante como único e insubstituível. Encante-se com suas conquistas, olhe-se no espelho e veja-se como filho ou filha perfeita no Universo, em sua missão original que é aprender a ser. Comemore, comece pelo dia de hoje. Sorria, ria, dance, cante louvores, perdoe, esqueça, fale com carinho, amor, esperança. Que a sua fala, seu corpo e suas ações sejam reflexos de sua luz e lembre-se das palavras de Mário Quintana:
“Não importa saber se a gente acredita em Deus. O importante é saber que Deus acredita na gente”.

------------------------------------


por Elizabeth de Fátima Souza - projeto_luz@yahoo.com.br

6 de dezembro de 2009

O amor entre almas afins não termina com a morte!

Para cada um de nós, existe alguma pessoa especial. Muitas vezes, existem duas, três, ou mesmo quatro. Todas vêm de gerações diferentes. Atravessam oceanos de tempos e profundidades celestiais para estarem conosco novamente. Vêm do outro lado do céu. Podem parecer diferentes, mas nosso coração as reconhece. Nosso coração as abrigou em braços em tempos antigos. Marchamos juntos nos exércitos de generais guerreiros que a História esqueceu, e vivemos com elas nas cavernas cobertas de areia dos Homens Antigos. Há entre eles e nós um laço eterno, que nunca nos deixa só.
A nossa mente pode interferir. “Eu não te conheço”. Mas o coração sabe. Ele toma a nossa mão pela ‘primeira’ vez, e a lembrança daquele toque transcende o tempo e faz disparar uma corrente que percorre todos os átomos do nosso ser. Ela olha em nossos olhos e vemos um espírito que nos vem acompanhando há séculos. Há uma estranha sensação em nosso estômago. Nossa pele se arrepia. Tudo o que existe fora desse momento perde a importância.
Ele pode não nos reconhecer, muito embora tenhamos finalmente nos reencontrado, embora o conheçamos. Sentimos a ligação. Vemos o potencial, o futuro. Mas ele não o vê. Temores, racionalizações, problemas cobrem-lhe os olhos com um véu. Ele não permite que afastemos o véu. Choramos e sofremos, mas ele se vai. A ‘natureza’ tem seus caprichos.
Quando os dois se reconhecem, nenhum vulcão é capaz de explodir com força igual. O reconhecimento do espírito pode ser imediato. Uma súbita sensação de familiaridade, de conhecer aquela pessoa em níveis mais profundos do que a mente consciente poderia alcançar. Em níveis geralmente reservados aos mais íntimos membros da família. Ou ainda mais profundos… Sabemos intuitivamente o que dizer, como ele vai reagir. Um sentimento de segurança e uma confiança muito maior do que se poderia atingir em apenas um dia, uma semana ou um mês.
O reconhecimento da alma pode ser sutil e lento. Um despertar da consciência à medida que o véu vai aos poucos levantando. Nem todos estão prontos para ver imediatamente. Há um ritmo nisto tudo, e a paciência pode ser necessária àquele que percebe primeiro. Um olhar, um sonho, uma lembrança, uma sensação podem fazer com que despertemos para a presença do espírito. O toque de suas mãos ou o beijo de seus lábios pode nos despertar e projetar-nos subitamente de volta à vida. O toque que nos desperta pode ser de um filho, de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um amigo leal. Ou pode ser da pessoa a quem amamos, que atravessa os séculos para nos beijar mais uma vez e lembrar-nos de que estamos juntos sempre, até o fim dos tempos.

By Brien Weiss

5 de dezembro de 2009

Ser, Ter e Fazer de Conta







Recentemente uma professora, que veio da Polônia para o Brasil ainda muito jovem, proferia uma palestra e, com muita lucidez trazia pontos importantes para reflexão dos ouvintes. Já vivi o bastante para presenciar três períodos distintos no comportamento das pessoas, dizia ela.



O primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais que era preciso SER. Ser honesta, ser educada, ser digna, ser respeitosa, ser amiga, ser leal. Algumas décadas mais tarde, fui testemunha da fase do TER. Era preciso ter. Ter boa aparência, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter e ter...



Na atualidade, estou presenciando a Fase do Faz de Conta. Analisando sob esse ponto de vista, chegaremos à conclusão que a professora tem razão. Hoje, as pessoas fazem de conta e está tudo bem. Pais fazem de conta que educam, professores fazem de conta que ensinam, alunos fazem de conta que aprendem.

Profissionais fazem de conta que são competentes, governantes fazem de conta que se preocupam com o povo e o povo faz de conta que acredita. Pessoas fazem de conta que são honestas, líderes religiosos se passam por representantes de Deus, e fiéis fazem de conta que têm fé. Doentes fazem de conta que têm saúde, criminosos fazem de conta que são dignos e a justiça faz de conta que é imparcial.





Traficantes se passam por cidadãos de bem e consumidores de drogas fazem de conta que não contribuem com esse mercado do crime. Pais fazem de conta que não sabem que seus filhos usam drogas, que se prostituem, que estão se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta que não sabem que os pais sabem. Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas fazem de conta que são justiceiros...





E a maioria da população faz de conta que está tudo bem... Mas uma coisa é certa: não podemos fazer de conta quando nos olhamos no espelho da própria consciência. Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas não justificamos. Importante salientar, todavia, que essa representação no dia-a-dia, esse faz de conta, causa prejuízos para aqueles que lançam mão desse tipo de comportamento.





A pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num vazio, pois nem ela mesma sabe quem é, de fato, e acaba se traindo em algum momento. E isso é extremamente cansativo e desgastante. Raras pessoas são realmente autênticas. Por isso elas se destacam nos ambientes em que se movimentam. São aquelas que não representam, apenas são o que são, sem fazer de conta. São profissionais éticos e competentes amigos leais, pais zelosos na educação dos filhos, políticos honestos, religiosos fiéis aos ensinos que ministram.





São, enfim, pessoas especiais, descomplicadas, de atitudes simples, mas coerentes e, acima de tudo, fiéis consigo mesmas. Você sabia? Que a pessoa que vive de aparências ou finge ser quem não é corre sérios riscos de entrar em depressão? Isso é perfeitamente compreensível, graças à batalha que trava consigo mesma e o desgaste para manter uma realidade falsa. Se é fácil enganar os outros, é impossível enganar a própria consciência. Por todas essas razões, vale a pena ser quem se é, ainda que isso não agrade os outros. Afinal, não é aos outros que prestaremos contas das nossas ações, e sim a Deus e à nossa consciência.



Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita