31 de dezembro de 2010

Dimensão Espiritual




Toda pessoa escuta uma voz, uma mensagem
que vem do universo, da natureza circundante,
da vida que leva junto com outros
na família e no trabalho.
Muitas vezes formula a pergunta:
"O que se esconde atrás das estrelas?
O que essa voz das coisas me quer dizer?"

Em nossos escritórios e nos nossos gabinetes de trabalho
podemos ser cínicos, podemos acreditar
ou desacreditar de qualquer coisa.

Mas não podemos desprezar a aurora que vem,
não podemos desfazer o olhar inocente de uma criança,
não podemos contemplar com indiferença a profundidade do céu estrelado
sem cair no silêncio e na profunda reverência,
nos perguntando o que se esconde atrás das estrelas,
qual é o caminho da minha vida,
o que posso esperar depois dela?

São perguntas que o ser humano sempre se coloca
e, ao colocá-las, revela sua espiritualidade.

Quando nos abrimos para acolher essas mensagens,
para orientar nossa vida num sentido que produza leveza,
irradiação, humanidade, responsabilidade,
aí deixamos aflorar a nossa dimensão espiritual.


Leonardo Boff
DESEJO UM FELIZ ANO NOVO
A TODAS PESSOAS QUE FREQÜENTAM ESTE BLOG,
MUITAS DELAS RESIDENTES EM PAÍSES TÃO DISTANTES DO BRASIL.
UM CALOROSO E FRATERNO ABRAÇO
DE ZENÓBIA

29 de dezembro de 2010

A ação dos espíritos




Diz a questão 459 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações? A este respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes, são eles que vos dirigem”.


A idéia da ação dos espíritos não nasceu com o Espiritismo, já que sempre existiu desde as épocas mais remotas da vida humana na Terra. Todas as religiões pregam sobre a ação dos espíritos de forma direta ou indireta e nenhuma nega completamente estas intervenções. Inclusive, criaram dogmas e cerimônias relativas a elas, como promessas (pedir alguma forma de ajuda para um espírito em troca de um sacrifício) e exorcismos (cerimônia religiosa para afastar o “demônio” ou os espíritos maus).

A ação mediúnica não está limitada às sessões, vivemos mediunicamente entre dois mundos e em relação permanente com entidades espirituais. Isto se dá porque muitos espíritos povoam os mesmos espaços em que vivemos, muitas vezes nos acompanhando em nossas atividades e ocupações, indo conosco aos lugares que freqüentamos, seguindo-nos ou evitando-nos conforme os atraímos ou repelimos.

Estamos cercados por espíritos e sua influência oculta sobre os nossos pensamentos e atos se faz sentir pelo grau de afinidade que mantivermos com eles. Inúmeros espíritos benfeitores também se comunicam conosco, por via inspirativa ou intuitiva, todas as vezes em que nos dispomos a ser úteis aos nossos irmãos em nossa vida social. Quantas vezes um conselho sensato e oportuno que damos sob a intuição de um benfeitor espiritual consegue mudar o rumo de uma vida e até, em certos casos, salvar ou evitar que uma família inteira seja precipitada no abismo de uma desgraça? O amor verdadeiro e desinteressado não requer lugar nem hora especial para ser praticado, pois o nosso mundo, com o sofrimento da humanidade torturada, é igualmente um vasto campo de serviço redentor.

Entretanto, não julguemos que a mediunidade nos foi concedida para um simples passatempo ou para a satisfação de nossos caprichos. Ela é coisa séria e, possuindo-a, devemos procurar suavizar os sofrimentos alheios. Ao desenvolvermos a mediunidade, lembremo-nos de que ela nos é dada como um arrimo para conseguirmos mais facilmente a perfeição, para liquidarmos mais suavemente os pesados “débitos” que contraímos em existências passadas e para servirmos de guia aos irmãos que se encontram mais desajustados espiritualmente.

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Autor: Ney Silva

4 de dezembro de 2010

Espiritualidade




Para que a espiritualidade se torne algo de pessoal e de amado deve sair do papel e do campo das idéias e se fazer vida. Somente quem vive olhando para o alto, não se deixando escravizar pelas coisas da terra pode lentamente tornar-se uma pessoa espiritual.
Devemos evitar o spiritualismo que nos impede de compreender que a ação é o caminho certo de toda forma de espiritualidade. Se um dia você tiver a oportunidade de visitar uma livraria do aeroporto ou rodoviária ou qualquer outra livraria você fica espantado em ver tantos livros que são denominados de espiritualidade, mas que na verdade não passam de pequenas e às vezes insignificantes orientações emocionais e psicológicas que não atingem o verdadeiro sentido da vida.
No respeito para todos estes autores que fazem um bem imenso aos que lêem, discordo de tudo isto porque me parece que não pode existir uma autêntica espiritualidade sem uma referência explícita a determinados valores fundamentais como a defesa da vida, da paz, dos direitos humanos.
A busca da espiritualidade não pode prejudicar a ninguém, mas deve nos ajudar a ser cada vez mais livres da matéria e senhores do nossos instintos. Verdadeira espiritualidade é fruto de uma luta corajosa, forte, onde ficamos feridos, arranhados e sangrando mas não desistimos da luta. É preciso termos liberdade!
A liberdade não é como normalmente se entende dentro da linguagem das pessoas no dia a dia. Livre é quem faz o que quer e como bem entende. Há muitas pessoas que dizem: “tenho o direito de ser feliz e de buscar a minha felicidade e realização, portanto até que não encontre vou buscando, não importa se isto me faz romper os laços da família, do amor, dos compromissos do matrimônio ou do relacionamento familiar, o que vale é a minha felicidade.”
Na verdade nunca seremos felizes se nos deixarmos dominar pelo egoísmo que está em nós. A liberdade é um sonho duro a ser conquistado e que vai exigindo muito de nós. Esta liberdade nos leva à verdadeira espiritualidade do amor. Mais reflito sobre o amor e menos sei, e no entanto me parece que com os anos que vão chegando o compreendo mais. Mesmo quem sabe porque a memória dos fracassos me faz ver em outra perspectiva o mesmo amor que devo conquistar.
Perceber a necessidade do amor para viver uma dimensão de vida que não pode ser “espiritualização” de nada, mas sim somente espiritualidade autêntica e vital. Há quem acha que viver a feitiçaria ou espiritualismo é espiritualidade, ou quem vive até rancores e domínio dos outros... Pensa que para dominar os demais se necessite de uma forte espiritualidade. Não há dúvida que são visões distorcidas da verdadeira e autêntica espiritualidade.
Não podemos confundir a espiritualidade no sentido da palavra ou compará-la. Existem várias espiritualidades: budista, muçulmana, hinduista, judaica... são janelas pelas quais as pessoas vêem a vida. Podemos também ver a vida pela janela do evangelho e do coração de Deus, por isso o único alicerce de toda a espiritualidade é a palavra de Deus que nos alimenta em cada momento
O caminho da verdadeira espiritualidade é um processo de libertação interior onde tudo está debaixo do poder da nossa liberdade e que nada mais poderá nos impedir de sermos livres no nosso agir. Na espiritualidade então percebemos que é necessário superar as ideologias mágicas que não realizam nada em nós.
Por exemplo, a espiritualidade dos perfumes, das cores, do incenso queimado ou das novenas feitas somente pelo intuito de receber a graça e nada mais. São espiritualidades vazias e sem fundamento. É preciso que o Espírito encontre em nós uma resposta firme. Temos um espaço de tempo para viver a nossa espiritualidade e somente neste espaço de vida que somos chamados a realizar o seu projeto de amor.
Não devemos pensar somente em reencarnação e de caminhos de volta para nos purificar e chegar assim “à iluminação”. Temos aqui e agora a nossa vida que deve se realizar. Em outras vidas ou outra existência, devemos deixar pra quando chegar, e ainda preparar-se para a vida eterna que se conquista no dia a dia duro e difícil do nosso carregar a cruz, e na luta sem trégua contra o mal que está dentro e fora de nós.
Mas afinal o que é espiritualidade? É um estilo de vida pautado pelo engrandecimento da alma que visa reverenciar o Ser Maior. Seremos espirituais quando pudermos dizer com sinceridade Sou uma pessoa do bem!

Enya - Isobella



19 de novembro de 2010

Encontrar e conhecer a si mesmo...


Milhões de pessoas estão vivendo de acordo com o espelho. Acham que o que vêem no espelho é o seu rosto. Acham que é o seu nome, a sua identidade, e que isso é tudo.


Você terá de ir um pouco mais fundo. Terá de fechar os olhos. Terá de se observar interiormente. Terá de ficar silencioso. Se não chegar a um ponto de profundo silêncio interior, nunca saberá quem é.
Eu não posso lhe dizer quem você é. Não há como. Todo mundo tem de descobrir por si mesmo. Mas você existe — isso é certo. A única questão, para atingir o âmago do seu ser, é encontrar a si mesmo. E é isso que venho ensinando durante todos esses anos.

O que chamo de meditação nada mais é do que um artifício para que você descubra a si mesmo.
Não me pergunte. Não pergunte a ninguém. Tem de achar a resposta dentro de si mesmo e mergulhar muito fundo para descobri-la. E está tão perto — basta dar uma volta de 180 graus para encontrar essa resposta.

Vai ficar surpreso ao descobrir que você não é o seu nome, nem o seu rosto, nem o seu corpo, nem mesmo a sua mente.
Você é parte de toda a existência, de toda a sua beleza, grandeza, felicidade, seu imenso êxtase. Conhecer a si mesmo é o significado da consciência.
Autor: Osho, em "Corpo e Mente em Equilíbrio
Imagem do Arquivo Google

9 de novembro de 2010

Da alma para o coração.

Não sei se o seu tempo na vida vai ser suficiente para você ser e fazer tudo o que deseja. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocamos o coração das pessoas, se nossa lembrança não desperta saudade no coração dos amigos, se, quando partimos, não deixamos no outro a esperança da nossa volta.

Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que manifesta a emoção, olhar que acaricia, amor que aquece e fortalece.

E isso não é coisa do outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, gostosa... enquanto durar.

Se você quer amor... ame! Você sabe amar? Sabe respeitar o que lhe contam? Sabe ouvir sem criticar? Sabe aceitar sem restrição?

Nada preenche o coração, a não ser o Amor, a Amizade. O agasalho aquece o corpo, lindas roupas o embelezam, mas o que aquece a alma, o que faz brilhar o olhar, o que dá vontade de continuar é o Amor... Só o Amor!!!

Fonte: Diabnet


3 de novembro de 2010

Que acontece com o espírito, quando morre seu corpo? Parte II



PERGUNTA FREQÜENTE


Como (de que forma) estaremos nesse mundo espiritual, depois que retornarmos para lá? Seremos assim como um ser flutuante, transparente... ou teremos um corpo... e como será esse corpo?
Os espíritos superiores, na codificação do Espiritismo, explicaram que os seres humanos são constituídos de um princípio espiritual, ou Espírito; de um corpo espiritual, ou perispírito, e do corpo carnal. Somos, portanto, um ser bem mais complexo do que comumente se supõe. O Espírito seria assim como uma centelha do Espírito divino, que ninguém teria como ver.
O perispírito é um corpo intermediário, que permite ao espírito manifestar-se na matéria. Ao que se sabe, há ainda outros corpos como o mental e o etérico, ou energético, mas vamos falar apenas dos três principais: espírito, perispírito (ou corpo espiritual) e corpo carnal.
Centenas de espíritos que têm contado, através da psicografia dos mais diversos médiuns, as suas experiências no retorno ao mundo espiritual, dizem que, para eles, seus corpos e também os novos ambientes lhes parecem tão consistentes e tangíveis quanto antes, aqui na Terra, embora se sintam bem mais leves.
Também as pessoas que se desdobram, ou fazem “viagens astrais”, falam sobre os ambientes que encontram no mundo espiritual, nas faixas mais próximas de nós. Elas dizem que esses ambientes são bastante semelhantes aos nossos, tanto que, por vezes ficam em dúvida se estão na Terra ou na dimensão espiritual.
No livro Devassando o Invisível a médium Ivone Pereira narra inúmeros episódios e fatos que ocorreram com ela em incursões ao mundo espiritual, com explicações sobre vários aspectos dessas dimensões. É um livro que vale a pena ser não apenas lido, mas também estudado.

25 de outubro de 2010

Mudar é preciso

O Criador, na Sua inteligência suprema, estabelece que Dele surjam seres com potencial infinito de crescimento através de mudanças constantes e poder conhecê-Lo na glória da existência e consciência do todo.Nada está totalmente parado. Tudo muda com o passar do tempo que não podemos parar. Desde a matéria mais bruta, passando pelas combinações químicas, as organizações biológicas, as elaborações psíquicas, até os conhecimentos e o saber espiritual, às verdades mais sutis.
Tudo está em constante transformação e não podemos ainda saber para onde o progresso nos levará.Tudo é mudança e movimento. A matéria vibra em ondas, radiações, partículas elementares, átomos e moléculas. São giros, deslocamentos, emissões e combinações incontáveis que percebemos apenas os aspectos maiores das suas manifestações.
Trocamos, sem cessar, com o meio ambiente, substâncias como o oxigênio, a água, o carbono dos alimentos e os devolvemos à natureza transformados, como o gás carbônico e diversos resíduos orgânicos.Os constituintes básicos do nosso corpo foram formados no núcleo das estrelas, devolvidos ao espaço sideral e reaproveitados na formação de novos mundos como a própria Terra, onde a vida pode se desenvolver.
Conhecemos bem os ciclos terrestres do ir e vir. A água suja dos esgotos se torna limpa e até potável novamente para ser reaproveitada. Muitos átomos já fizeram parte de diversos vegetais e animais e, hoje nos sustentam a base orgânica. Continuarão, sem parar, novos ciclos em novos seres, futuro afora.
No organismo, trilhões de células se renovam dando origem a outras em diversos órgãos. Trocamos a pele a cada trinta dias, os glóbulos vermelhos a cada cem. Após sete anos, temos quase um corpo renovado. O sangue é movimentado pelo coração e pelos músculos do corpo todo oitenta vezes por minuto, mais de cem mil vezes por dia, quarenta milhões por ano, três bilhões numa vida de 75 anos. A orquestra da vida é ação sem parar!
Produzimos substâncias que atuam e são degradadas a cada instante. Com as emoções liberamos adrenalina que aumenta o ritmo cardíaco, a pressão, o consumo de oxigênio, a visão e até nossa força. Em seguida ela é modificada e novo equilíbrio se estabelece. Sem percebermos somos um laboratório ambulante onde nervos e substâncias fazem todo tipo de ação e reação dentro de nós, mantendo a vida.
Evoluímos fisicamente, desde animais muito primitivos até o que somos hoje, pela ação constante do tempo que nos seleciona cada vez mais rumo à plenitude. Com um cérebro cada vez mais complexo, dos grunhidos e gritos chegamos à fala e à linguagem. Das emoções primitivas atingimos a capacidade de pensar, raciocinar e escolher, abstrair e intuir. Conheceremos, futuramente, novas formas de comunicação.
Somos ainda muito pequenos na imensidão do universo. Fugazes na infinidade do tempo. Mas tão importantes nos planos do Criador que não podemos mais deixar de existir. Segundo Sua lei: nascer, viver, morrer e renascer. Mudamos sempre na Sua direção.

Dr. Roberto Romano.

21 de outubro de 2010

Obsessão Espiritual no Casamento

O Espiritismo enxerga a família e o casamento como a base da sociedade civilizada, entendendo-o como um acordo fraterno entre duas almas que unem-se para, juntas, progredirem. Por suas condições peculiares, o matrimônio reúne condições únicas para que possamos evoluir neste planeta. O convívio diário nos ensina a tolerar o próximo, a renunciar a nossos pequenos (e às vezes grandes) prazeres e a direcionar nossos esforços para a família e, não mais, para os nossos objetivos particulares e individuais. O casamento é um exercício diário de amor, respeito, aprendizado e evolução. Quando o respeito é esquecido, abrimos brechas para que ai se infiltrem desordens várias. Uma dessas desordens é a obsessão espiritual, ou seja, a perseguição de espíritos objetivando desestruturar aquele lar, aquela família e, assim, conseguir atingir a pessoa a por quem se nutre sentimentos de ódio.
Antes de continuarmos, fazemos um alerta: Evidentemente, nem todo problema conjugal é causado por espíritos. Longe disso. Mas neste blog nos concentramos em esmiuçar o viês espiritual, apresentando casos e situações em que a influência dos espíritos atrasados se faz patente na vida das pessoas. Quais as técnicas usadas pelos obsessores para tentar destruir um casamento. Os obsessores utilizam-se de muitas e variadas técnicas para tentar destruir um casamento e aqui, falaremos de algumas sem a menor expectativa de esgotar o assunto.
Quando um espírito tenta destruir uma relação, o que o move mais comumente é uma forte relação com um dos cônjuges. Algumas vezes, o espírito perseguidor odeia um dos cônjuges por qualquer motivo que teve origem no passado, seja na vida atual ou em outra encarnação. Desentendimentos conjugais podem ter, também, causas espirituais Outras vezes, entretanto, o obsessor (ou obsessora), deseja destruir aquela instituição familiar não porque odeia, mas porque ama uma das pessoas que agora está casado…
Na verdade, esse “amor” é um sentimento que enlouqueceu, contaminado pelo ciúme, pelo desejo de posse e pela ignorância das leis do mundo espiritual. Isso é muito comum no campo das obsessões espirituais. Muitos lares são desfeitos atualmente porque um espírito obsessor tem interesses particulares sobre um dos cônjuges, seja por não aceitar que ele se relacione com mais ninguém, seja porque o odeia e deseja destruir sua vida.
Quando um obsessor tenta atacar um casamento, ele normalmente busca a pessoa mais fragilizada da casa para entrar no seu campo mental e influenciar o seu comportamento. Ora, dentro de um lar, basta que um único integrante esteja em desarmonia para que todos os demais integrantes sintam a perturbação. Esse integrante da família pode ser um dos filhos do casal, um parente assíduo como uma sogra, um cunhado, ou um dos cônjuges, naturalmente.
Uma das técnicas obsessivas é a de ocupar a casa mental de uma das pessoas da casa, de tal forma que ela reduza a atenção sobre a família, ou sobre o marido/esposa, sobre os filhos, enfim. Isso é muito comum. E eles fazem isso com uma facilidade lamentável. Basta estimular o marido a aumentar a carga de trabalho, projetando em sua tela mental a possibilidade de maiores promoções, por exemplo, plano esse que se obtiver êxito fará com que a esposa fique sem a devida atenção no lar, sentindo-se abandonada e não amada…
Instala-se facilmente a insatisfação, as cobranças, os desentendimentos e a desarmonia, tudo isso fomentado à pólvora pelo obsessor… Outras vezes espíritos mais adestrados nas técnicas obsessivas projetam algo como um escudo entre os dois conjuges, bloqueando completamente a energia, a interação, as trocas energéticas e afetivas entre ambos. Essa é uma técnica de manipulação fluídica das mais perversas e, infelizmente, muito usada por tais espíritos ligados ao mal. Quando ocorre isso, a consequência natural é a perda de interesse entre ambos, causando incompreensões, dificuldades absurdas de diálogo, distanciamentos , desamor e muita dor.
Talvez a pior parte seja o fato de ambos os esposos relatarem que não conseguem entender o que está havendo entre eles porque brigam muito, não se entendem, se irritam facilmente com qualquer atitude do outro mas, quando estão sozinhos ou em momentos de reflexão, sentem que se amam… Muitos casais se desesperam porque sabem que a chama do amor está bem viva entre eles mas, a despeito de tudo, não conseguem vier em harmonia.

O tratamento espírita para a Obsessão Conjugal
A obsessão conjugal, digamos assim, requer esforço e muita seriedade para que seja debelada, eliminada. Para se tratar uma obsessão dentro de uma família precisa-se primeiro compreender que nem sempre ambos aceitarão que estão sendo perseguidos por espíritos.
Em casos assim, o cônjuge deve buscar um tratamento espiritual na Casa Espírita e iniciar a terapêutica imediatamente.

Publicado por Ylen Asor e arquivado em Obsessão


15 de outubro de 2010

Enquanto você dispõe de tempo...


Procure agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo. É perigoso guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos desocupadas.
Acenda sua lâmpada, enquanto há claridade em torno de seus passos. Viajante algum fugirá às surpresas da noite.
Ajude ao próximo, enquanto as possibilidades permanecem de seu lado. Chegará o momento em que você não prescindirá do auxílio.
Utilize o corpo físico para recolher as bênçãos da vida Mais Alta, enquanto suas peças se ajustam harmoniosamente. O vaso que reteve essências sublimes ainda espalha perfume, depois de abandonado.
Dê suas lições sensatamente, na escola da vida, enquanto o livro das provas repousa em suas mãos. Aprender é uma bênção e há milhares de irmãos, não longe de você, aguardando uma bolsa de estudos na reencarnação.
Acerte suas contas com o vizinho, enquanto a hora é favorável. Amanhã, todos os quadros podem surgir transformados.
Ninguém deve ser o profeta da morte e nem imitar a coruja agourenta. Mas enquanto você guardar oportunidade de amealhar recursos superiores para a vida espiritual, aumente os seus valores próprios e organize o tesouro da alma, convicto de que sua viagem para outro género de existência é inevitável.

Pelo Espírito André Luiz
Psicografia de Chico Xavier





30 de setembro de 2010

A espiritualidade inteligente



Cada dia que passa, estou mais certo que Deus se manifesta através do coração de cada um. A evolução espiritual não consiste em procurar respostas nos Templos, nas Igrejas ou nas pessoas que nos parecem mais esclarecidas e sensíveis. Todos podem ser caminhos que nos ajudam a chegar às verdadeiras respostas, mas elas estão dentro de nós.

Enquanto insistirmos em procurá-las noutro lugar que não seja dentro de nós mesmos, nada de realmente autêntico encontraremos. A Inteligência Divina, da qual somos dotados desde o início da nossa existência, está no nosso espírito, e é através da prática desta Inteligência que agimos com humanidade e justiça.

Quando permitimos que o nosso espírito, em sintonia com a Inteligência Divina, se manifeste, tornamo-nos cada vez mais capazes de nos harmonizarmos com o mundo. Se não conseguimos perdoar, é porque não conseguimos exercer a nossa espiritualidade inteligente.



Creio nas energias que nos empurram para todas as situações da vida; as energias positivas para situações positivas e as negativas para situações negativas. Não perdoar é estarmos a distanciar-nos das respostas e de nós mesmo.

Quando julgamos a atitude alheia, é porque não estamos a exercer a nossa espiritualidade inteligente. Não nos cabe julgar ninguém, mesmo porque o coração de cada um é como um tesouro, somente Deus e o próprio podem conhecê-lo, atitudes são passíveis de julgamentos errados.

Mas “o essencial é invisível aos olhos”. E o essencial requer sensibilidade, inteligência e amor para ser percebido e sentido.

Quando falamos demais das coisas que não nos dizem respeito, sabendo que nenhuma de nossas palavras tem poder benéfico sobre tais situações ou pessoas, é porque não estamos exercendo a nossa espiritualidade inteligente. Precisamos aprender a respeitar a individualidade dos outros e o tempo que cada um precisa para mudar, evoluir e melhorar.

Precisamos de menos prepotência e mais, muito mais humildade. A evolução espiritual está baseada principalmente nestes pontos fundamentais e que devem ser assumidos: a capacidade de amar, de perdoar, de não julgar e de ser humilde.

Fonte: http://trilhodeluz.blogspot.com






22 de setembro de 2010

Nossa força interior





“Antes de se lamentarem ou de se revoltarem contra as provações e os obstáculos, experimentem considerá-los como ocasiões para aprenderem a  contar apenas com as forças espirituais que estão em vocês. 


Se estivessem tranqüilos, satisfeitos, se nada os perturbassem, vocês permaneceriam na superfície das coisas. Porém, no isolamento e na tristeza, são obrigados a abandonar a superfície para procurar a ajuda dentro de si. 


E o papel da Iniciação é, justamente, o de ensinar o discípulo a entrar em si mesmo, para aí encontrar a verdadeira força, o verdadeiro apoio.




Antigamente, a Iniciação acontecia nos templos. Agora, ela acontece por toda parte na vida, e nos momentos em que menos se espera. Vocês pensam: «Mas porque não somos avisados por algum sinal sobre as provas que deveremos passar?». Porque, no imprevisto, somos obrigados a procurar a solução muito profundamente dentro de nós, fazendo, portanto, esforços ainda maiores. ______________________
Omraam Mikhaël Aïvanhov
http://espiritualistas.comze.com


   
 Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, 
qualquer um pode começar agora a fazer um novo fim!
  Chico Xavier


7 de setembro de 2010

O amor é sempre inclusivo


Quando o amor é possessivo, ele se torna exclusivo. Então "esta mulher é minha, e exclusivamente minha" - e então ela não pode rir com mais ninguém, não pode ficar de mãos dadas com mais ninguém, e então não pode mais olhar nos olhos de mais ninguém.

Que coisa sem sentido! Por quê? Quem sou eu para possuir? E como o amor pode ser possessivo?O amor é sempre inclusivo, nunca pode ser exclusivo. Se eu amo uma mulher, vou amar vê-la feliz de mil e uma maneiras, com mil e uma pessoas. Gostaria que ela fosse feliz. Essa será minha alegria.Se ela estiver feliz dançando com outra pessoa, eu não deveria ficar com ciúmes — eu a amo, como posso sentir ciúmes? Deveria estarsatisfeito por ela estar feliz. Mas quando diz que ela é sua esposa, então não pode permitir isso. Começa a controlá-la. E ela começa a paralisar você como vingança. Vocês dois se tornam destrutivos um para o outro.O amor é a maior energia criativa, mas até agora tem sido um azar, o maior azar. As pessoas não tem sido mortas por causa do ódio: as pessoastêm sido mortas por causa do amor. A vida ficou tão amarga, não por causa da raiva: ficou tão amarga por causa do amor.Você briga pelo amor de um homem ou de uma mulher, você briga pelo amor de sua família ou de seu grupo. Você briga pelo amor à sua ideologia ou religião; você briga pelo amor à nação de sua mãe ou de seu pai, à sua pátria, à sua terra natal.Você continua brigando por causa de seu amor! Todos os assassinatos, todas as matanças — todos os tipos de sofrimento existem por causa do seu tão famoso amor. Alguma coisa está nitidamente errada com seu amor — seu amor é um amor de fixação, não é algo leve. É sério, é exclusivo, é possessivo. É repleto de estupidez. Uma pessoa deveria ser capaz de ver tudo isso — e, ao ver, você começa a relaxar.

Você vê razão nisso e começa a relaxar, e uma nova consciência surge em você.

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Osho. (http://palavrasdeoslo.blogspot.com)
Imagem de Dreams grafique.



1 de setembro de 2010

“Só o Amor é Real”




A novela das 18hs na Tv Globo, "No Caminho das estrelas", fundamentada no espiritismo, tem como um dos seus temas principais o caso de amor, dramas e tragédias, vividos pelos personagens Valentina/Valéria e Pedro/Ricardo nas suas reencarnações, no século XVIII e no momento presente. Eles são almas gêmeas que se buscam há séculos, que vivem histórias de amor felizes destruídas pelo ciúme de Damian (na reencarnação anterior) o mesmo Daniel, ora desencarnado e inconformado com o amor que Valéria e Ricardo começam a nutrir um pelo outro. O espírito Daniel está obcecado pela idéias de impedir o romance do casal e já começa a assumir atitudes de espírito obsessor do casal (anteriormente, postei matéria sobre a obsessão - ver arquivo).
A matéria escrita por Brian Weiss, transcrita abaixo, aborda o tema das almas afins (ou almas gêmeas), como Valéria e Ricardo.


                                                        ////***////
"Para cada um de nós, existe alguma pessoa especial. Muitas vezes, existem duas, três, ou mesmo quatro. Todas vêm de gerações diferentes. Atravessam oceanos de tempos e profundidades celestiais para estarem conosco novamente. Vêm do outro lado do céu. Podem parecer diferentes, mas nosso coração as reconhece. Nosso coração as abrigou em braços em tempos antigos. Marchamos juntos nos exércitos de generais guerreiros que a História esqueceu, e vivemos com elas nas cavernas cobertas de areia dos Homens Antigos. Há entre eles e nós um laço eterno, que nunca nos deixa só.

A nossa mente pode interferir. “Eu não te conheço”. Mas o coração sabe. Ele toma a nossa mão pela ‘primeira’ vez, e a lembrança daquele toque transcende o tempo e faz disparar uma corrente que percorre todos os átomos do nosso ser. Ela olha em nossos olhos e vemos um espírito que nos vem acompanhando há séculos. Há uma estranha sensação em nosso estômago. Nossa pele se arrepia. Tudo o que existe fora desse momento perde a importância.

Ele pode não nos reconhecer, muito embora tenhamos finalmente nos reencontrado, embora o conheçamos. Sentimos a ligação. Vemos o potencial, o futuro. Mas ele não o vê. Temores, racionalizações, problemas cobrem-lhe os olhos com um véu. Ele não permite que afastemos o véu. Choramos e sofremos, mas ele se vai. A ‘natureza’ tem seus caprichos.

Quando os dois se reconhecem, nenhum vulcão é capaz de explodir com força igual. O reconhecimento do espírito pode ser imediato. Uma súbita sensação de familiaridade, de conhecer aquela pessoa em níveis mais profundos do que a mente consciente poderia alcançar. Em níveis geralmente reservados aos mais íntimos membros da família. Ou ainda mais profundos…Sabemos intuitivamente o que dizer, como ele vai reagir. Um sentimento de segurança e uma confiança muito maior do que se poderia atingir em apenas um dia, uma semana ou um mês.

O reconhecimento da alma pode ser sutil e lento. Um despertar da consciência à medida que o véu vai aos poucos levantando. Nem todos estão prontos para ver imediatamente. Há um ritmo nisto tudo, e a paciência pode ser necessária àquele que percebe primeiro. Um olhar, um sonho, uma lembrança, uma sensação podem fazer com que despertemos para a presença do espírito. O toque de suas mãos ou o beijo de seus lábios pode nos despertar e projetar-nos subitamente de volta à vida. O toque que nos desperta pode ser de um filho, de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um amigo leal. Ou pode ser da pessoa a quem amamos, que atravessa os séculos para nos beijar mais uma vez e lembrar-nos de que estamos juntos sempre, até o fim dos tempos".
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Bv Brian Weiss.




9 de agosto de 2010

Existe Céu? Existe Inferno? Se existem, como são?



A idéia de um Inferno eterno é absolutamente incompatível com o mais raquítico senso de justiça. Você atiraria um filho no inferno, pela eternidade afora, para castigá-lo por sua desobediência? Então, como pode alguém crer que Deus daria tão horrendo castigo a seres criados por Ele próprio?
Explicam os espíritos que céu e inferno não existem, na forma como têm sido mostrados pelas religiões. Existe, sim, o mundo espiritual, com as suas diversas faixas ou dimensões vibratórias. Quanto mais elevadas, mais luminosas e felizes. Quanto mais baixas, mais escuras e tenebrosas. Mas não foi Deus quem as criou. Elas, na verdade, refletem o íntimo dos seus habitantes.
Dizem os espíritos que a matéria na dimensão espiritual é muito plástica e facilmente influenciável pelos pensamentos e emoções dos que nela habitam. Assim, é fácil entender que os ambientes espirituais onde se reúnem seres da mais baixa condição moral, cruéis e perversos, portadores das mais indignas paixões e vícios, sejam locais desagradáveis e mesmo horríveis, onde os mais fortes dominam os mais fracos, impingindo-lhes sofrimentos sem conta; onde não há justiça; onde a própria natureza se amolda ao horror que ali se vivencia.
Então, vemos que não é Deus o responsável pela existência dessas zonas vibratórias, que o espírito André Luiz chama de Umbral e Trevas. O Umbral, ou os umbrais, abrigam espíritos endividados com a lei maior, mas mesmo eles não estão condenados a permanecer ali eternamente. Sempre que algum deles pede ajuda a Deus através da prece, sinceramente arrependido dos maus atos que praticou, essa ajuda lhe chega pelas mãos dos bons espíritos que trabalham em nome do amor nessas zonas de sofrimento.
Nessas circunstâncias ele é conduzido para alguma das muitas instituições assistenciais que existem na dimensão espiritual. Ali, ele aprende a dignificar a vida através do estudo e do trabalho, engajando-se em alguma das muitas atividades que são exercidas pelos espíritos. Alguns são logo encaminhados para a reencarnação. 
Nas colônias espirituais como Nosso Lar, tão bem descrita pelo espírito André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier (no livro do mesmo nome), existem instituições responsáveis pelas reencarnações, onde são estudados e analisados os processos de retorno à matéria, assim como também é feito o acompanhamento dos casos.Os planos superiores se multiplicam em infinitas graduações, desde as mais próximas à nossa condição, até aqueles muito elevados que escapam ao nosso entendimento, por sua harmonia e profunda beleza. Também eles refletem os valores espirituais já alcançados por seus habitantes.
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31 de julho de 2010

Viver com sabedoria e paz

Nunca deixarei que morra em mim a certeza de ser quem sou, nem a vontade de percorrer o Trilho que escolhi.

Mesmo quando me assola alguma gota de fraqueza e de desânimo, bastam pequenos sinais e poucas palavras para renascer a esperança de que nenhuma perda é definitiva, nem nenhuma sentença terrena é um facto consumado.

A passagem por esta vida é muito curta para odiar alguém. Hoje escrevo no livro da minha vida páginas de paz, de amor, de amizade e de serenidade.

Há muito tempo que fiz as pazes com o meu passado, para ele não me estragar o presente.

Deixei de me importar com o que os outros pensam de mim, não é da minha conta, sigo um caminho que é somente meu, os amigos podem caminhar ao meu lado, mas ninguém pode fazer o percurso por mim.
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Fonte: CAMINHante

22 de julho de 2010

As aparições de espíritos

As aparições propriamente ditas ocorrem no estado de vigília, no pleno gozo e completa liberdade das faculdades da pessoa. Apresentam-se geralmente com uma forma vaporosa e diáfana, algumas vezes vaga e indecisa. Quase sempre, a princípio, é um clarão esbranquiçado, cujos contornos vão se desenhando aos poucos. De outras vezes as formas são claramente acentuadas, distinguindo-se os menores traços do rosto, a ponto de se poder descrevê-las com precisão. As maneiras, o aspecto, são semelhantes aos do Espírito quando encarnado.


Podendo tomar toda as aparências, o Espírito se apresenta com aquela que melhor o possa identificar, se for esse o seu desejo. Assim, embora não tenha, como Espírito, nenhum defeito corporal, ele se mostra estropiado, coxo, corcunda, ferido, com cicatrizes, se isso for necessário para identificá-lo.


Há os que muitas vezes se apresentam com símbolos da sua elevação, como uma auréola ou asas, pelo que são considerados anjos. Outros carregam instrumentos que lembram suas atividades terrenas: assim um guerreiro poderá aparecer com uma armadura, um sábio com seus livros, um assassino com seu punhal, e assim por diante. Os Espíritos superiores apresentam uma figura bela, nobre e serena. Os mais inferiores têm algo de feroz e bestial, e algumas vezes ainda trazem os vestígios dos crimes que cometeram ou dos suplícios que sofreram. O problema das vestes e dos objetos acessórios é talvez o mais intrigante.


Dissemos que a aparição tem algo de vaporoso. Em alguns casos poderíamos compará-la à imagem refletida num espelho sem aço, que apesar de nítida deixa ver através dela os objetos detrás. É geralmente assim que os médiuns videntes a distinguem. Eles as vêem ir e vir, entrar num apartamento ou sair, circular por entre a multidão com ares de quem participa, ao menos os Espíritos vulgares, de tudo o que se faz ao seu redor, de se interessarem por tudo e ouvirem o que diz. Muitas vezes se aproximam duma pessoa para lhe assoprar idéias, influenciá-la, quando são Espíritos bons, zombar dela, quando são maus, mostrando-se tristes ou contentes com o que obtiverem. São, em uma palavra, a contraparte do mundo corporal.


O Espírito que deseja ou pode aparecer reveste algumas vezes uma forma ainda mais nítida, com todas as aparências de um corpo sólido, a ponto de dar uma ilusão perfeita e fazer crer que se trata de um ser corpóreo. Em alguns casos, e dentro de certas circunstâncias, a tangibilidade pode tornar-se real, o que quer dizer que podemos tocar, palpar, sentir a resistência e o calor de um corpo vivo, o que não impede a aparição de se esvaecer com a rapidez de um relâmpago. Nesses casos, já não é só pelos olhos que se verifica a presença, mas também pelo tato. Se pudéssemos atribuir à ilusão ou a uma espécie de fascinação a ocorrência de uma aparição simplesmente visual, a dúvida já não é mais possível quando a podemos pegar, e quando ela mesma nos seguras e abraça. As aparições tangíveis são as mais raras.


FONTE: Blog Espírita Celeiro de Luz



15 de julho de 2010

Liberte-se da ação corrosiva da "culpa" e do remorso...

Frequentemente recebo depoimentos de pessoas que relatam seus sofrimentos, e em seus textos, como que buscando a razão do seu sofrimento atual, citam algum grave erro cometido no passado. Isso é natural. Diria que é até mesmo saudável… Demonstra que a pessoa está buscando razões e fazendo uma análise de seus atos passados, conscientizando-se das decisões infelizes cometidas e, claro, adquirindo uma nova percepção para enfrentar as novas situações no futuro.


Ocorre, entretanto, que muitas vezes nós não só lembramos o passado e extraimos o aprendizado dele. Não. Muitas vezes nós ficamos presos ao remorso. O remorso pode ser extremamente danoso e nos causar um prejuízo enorme, mesmo fazendo parte de nosso processo evolutivo. A essa altura, seria natural que nos indagássemos: O Remorso faz parte do processo evolutivo? Como assim?


Expliquemos, começando por uma breve introdução: Os Espíritos, em O Livro dos Espíritos, explicam que nós todos fomos criados simples e ignorantes, e que através de milhares e milhares de reencarnações, vamos adquirindo conhecimentos intelectuais e morais. No início das nossas encarnações, somos muito mais governados pela instintividade animal do que pela inteligência e pelos valores morais, como parece lógico. 
Para o homem na terra só há duas fatalidades: A primeira é a certeza da morte do corpo físico e a segunda é a evolução. Assim, nós evoluímos à medida que desenvolvemos as duas grandes asas da Vida: A Inteligência e a Moralidade. Continuamente, O Pai nos oferta oportunidades de aprendizado e crescimento. Podemos sempre optar pelo caminho do amor em nossas decisões, preferindo respeitar o próximo e seguir o caminho da ética e da dignidade. Não raras vezes, contudo, preferimos estacionar por anos e anos nos desregramentos de toda ordem, nos excessos e nos vícios, distanciando-nos da condição básica da manutenção de nossa liberdade na Terra, chamada respeito pelo direito alheio.
Ora, é natural que esse caminho venha a nos trazer dor. Toda irresponsabilidade gera prejuízo ou, dito de outra forma: No jardim de nossas vidas, a plantação é livre mas a colheita é obrigatória. Assim, temos sempre dois caminhos: O caminho do Amor ou o caminho da Dor. É uma pena que nós ainda optemos pelo caminho da Dor… É quase que totalmente a ela que devemos as impulsões do nosso progresso. Então, para não nos alongarmos mais nessa introdução, tomemos um exemplo prático:
Ruana (nome fictício) cometeu aborto há muitos anos atrás. À época ela não tinha a menor consciência de que aquilo era um assassinato contra um ser que não podia sequer se defender. Tempos atrás, ela me escreve relatando suas dores e cita o episódio, esclarecendo que, desde então, tem sido atormentada por sua consciência pelo grave erro cometido. Muitas noites sem sono, uma tristeza profunda e uma ‘certeza‘ íntima a dizer-lhe que ela não era digna de ter nenhuma felicidade na vida…
A partir daqui, procurarei responder as perguntas que ela me fazia, como fazendo parte deste post, por acreditar que pode esclarecer dúvidas de muitas pessoas também:


1) Eu vou para o inferno? 
Ylen - Não recomendo… Acho melhor você procurar um lugar melhor pra ficar. Dizem que lá é muito quente. Aliás, “dizem” é a expressão certa porque, na verdade, o Inferno foi uma criação religiosa para amedrontar os seus fiéis muito rudes e ignorantes ainda, o que era um meio de assustá-los e amedrontá-los e assim, fazê-los agir corretamente. 
Mas, na verdade, o Inferno da forma que é descrito por tantas seitas e religiões ainda hoje, não existe. O Espiritismo nos esclarece que, o que chamamos de Inferno, nada mais é do que a reunião, automática e por afinidade, de espíritos maus e atormentados por seus atos desesperadores quando na terra.  Dessa forma, uma pessoa que se compraz em fazer o mal, automaticamente altera a sua frequência vibratória, passando a sintonizar com outras criaturas do seu mesmo padrão doentio de vibração. Assim, ao desencarnar, esses pobres miseráveis estarão ainda mais ligados e, naturalmente, em um verdadeiro inferno… 
Portanto, aconselhamos que não vá para o Inferno. Prefira modificar a sua conduta no dia de hoje, buscando ter bons pensamentos, afastando-se dos vícios, da maledicência e do mal de forma geral, enquanto busca compreender, auxiliar e perdoar quantos estejam á sua volta, em sua jornada evolutiva aqui na Terra.  Isso, de forma inequívoca, é o seu passaporte para zonas superiores do plano espiritual.


2) Eu posso ser Espírita, mesmo tendo cometido aborto? 
Ylen - Allan Kardec, que foi a pessoa que teve um trabalho gigantesco para reunir, organizar, triar e codificar os ensinamentos de milhares de espíritos ao redor do mundo e, assim, trazer ao mundo o Espiritismo, estabeleceu: “Conhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz em domar as suas más inclinações”  Perceba que ela não se refere ao passado de ninguém e sim ao esforço do presente em melhorar-se. 
Dessa forma, todos aqueles que o quiserem, podem se tornar Espíritas. E, posso assegurar, ser Espírita é muito mais fácil do que se imagina, já que no Espiritismo não se perde tempo com rituais, com velas, imagens ou cultos exteriores de quaisquer formas. Basta-se buscar a melhora íntima e o cultivo do amor ao nosso redor. Qualquer um que assim proceder pode, e deve, declarar-se Espírita. Simples, não?


3) Eu vou ser perdoada? 
Ylen - A pergunta talvez seja: Quando você vai se perdoar? Porque Deus, nosso Pai Criador, em sua infinita onisciência, isto é, em seu absoluto e completo conhecimento de tudo no Universo, conhece não só os nossos corações mas também sabe de todos os nossos erros e, justamente por isso, nos enviou Jesus de Nazaré para dizer-nos que NENHUMA das ovelhas que o Pai lhe confiou, se perderá. 
“NENHUMA” inclui você e eu. Todos os nossos irmãos. Todos os encarnados. Todos os desencarnados.  Assim, compreenda que Deus já lhe perdoou desde sempre. Resta agora você fazer o mesmo e perdoar-se. Liberte-se desse peso terrível, abra a janela do seu coração e deixe a benção dos raios solares iluminar tudo, despertando para novas atitudes perante a vida.


4) A criança que eu abortei, onde ela está? Como ela está? Ela me perdoou? 
Ylen - Onde está o espírito que passou por essa experiência, não posso afirmar com 100% de precisão, mas as possibilidades incluem:
a. Estar reencarnada no seio de outra família. O espírito reencarnante precisa renascer por razões pessoais, para tratar de sua própria evolução. Dessa forma, não tendo sido possível renascer através de uma família X, os amigos espirituais preparam uma família Y onde ele possa ser abrigado. 
b. Estar ainda no plano espiritual, aguardando novo ensejo de retornar como seu próprio filho, expectante de que, na próxima vez, será gestado e aguardado com muito amor e carinho, elementos indispensáveis para uma vida plena, feliz e produtiva. 
c. Ter se revoltado com a situação e com quem praticou o aborto. Isso inclui não só os pais mas também os “profissionais” que praticaram o aborto. Neste caso, faz-se necessário um tratamento espiritual visando ajudar o espírito abortado e, principalmente, que a mãe busque agir no bem, o que acenderá luzes em seu caminho e proporcionará créditos a ela para reparar o erro cometido 


5) O que eu posso fazer para me livrar dessa culpa e dessa dor que me atormenta dia e noite? 
A primeira coisa é compreender que o remorso deve durar apenas um minuto. Quero dizer com isso que o remorso deve durar apenas o tempo necessário para que nos impulsione para ação reparadora. O espírito Joanna de Ângelis cita que o remorso deve ser dinâmico, ou seja, o remoros só tem utilidade quando nos abre os olhos e nos dá forças para trabalharmos de forma a reparar o erro cometido. 
Mas como reparar um erro que já foi cometido? É simples! Já que não podemos fazer mais nada pelo que já passou, podemos fazer por outras pessoas que estão em nosso caminho.  Ora, para combater o remorso por ter cometido aborto devemos então dedicar tempo e esforço de nossas vidas a ajudar outras mães que estão grávidas, que estão precisando de ajuda. 
Assim, ajudando aos filhos de outras mães a nascerem, estamos reparando o mal que fizemos àquele a quem abortamos. Dessa forma, sempre que a consciência de culpa quiser nos atacar com o remorso doentio e venenoso, irá nos encontrar ocupados demais ajudando outras mães a terem seus filhos e, dessa forma, jamais iremos nos preocupar com os erros do passado e, sim, com os acertos do presente! 
Portanto, e em forma de resumo, gostaríamos de deixar claro que o remorso não pode se transformar em um sentimento doentio a nos atravancar a vida.  O remorso deve ser compreendido como um apelo de nossa consciência, alertando-nos para a necessidade de reparar o erro cometido, imediatamente. Do contrário, o remorso será uma substância venenosa a se instalar nas artérias de nossos pensamentos e a nos levar á depressão, à tristeza e à destruição de nossa auto-estima, tendo consequências terriveis em nossas vidas. 


O remorso ameaça trazer-lhe angústia e depressão? Reaja! Busque alguém que precisa de ajuda e ajude-o! Basta isso e o remorso diminuirá de tal modo a sua força que, com a nossa constância no bem, ele se esvoará no tempo de nossa evolução. 
Abraços, sem remorsos, do Ylen

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Publicado por Ylen Asor e arquivado em Percepção Espírita