15 de dezembro de 2017

Espíritos perturbadores

Sim, produzem perturbações, os Espíritos que se debatem em aflição, na retaguarda do Além-túmulo, e, na agonia, esparzem inquietação. Perturbados, disseminam intranqüilidade; ociosos, divertem-se, tumultuando; vitimados pela maldade em que sucumbiram, destilam energias deletérias, que terminam por infelicitar. Não nos referimos, aqui, à problemática obsessiva, propriamente definida. Ocorre que, cada um, em situando o coração onde coloca os interesses, ao concentrar-se, sintoniza com mentes idênticas, que respondem aos apelos formulados, por meio de expressões equivalentes ou através de atos idênticos. 
Vives sob a construção do que pensas, e cultivas o campo em que colocas as aspirações. Seja consciente da responsabilidade ou não, a vida responde conforme a pauta das interrogações que se formulam. Se te aclimatas à conservação da ira, sintonizarás com Espíritos odientos, que te cercearão o avanço. 
Se formulas idéias pessimistas, identificar-te-ás com Espíritos perturbadores, que se comprazem nas cogitações enfermiças do pensamento em desalinho. Se te distrais no dever espiritual, facultas o conúbio com Espíritos inferiores, que te sitiam a casa mental, gerando desequilíbrios nos centros do teu discernimento. 
Se te permites leviandades e cogitações perniciosas, serão inumeráveis os pensamentos venais que te advirão, em 
processos hipnológicos de longo curso, em que se adestram os Espíritos vingativos e perversos, Sim, perturbam os homens da Terra, os que chegaram ao Mundo Espiritual perturbados, vencidos, infelizes em si mesmos. 
Antes que lobriguem a sintonia perfeita com a tua mente, levanta-te pela austeridade moral, disciplinando os pensamentos e as atitudes, a fim de librares acima das faixas densas e nefastas em que se situam os perturbados espirituais, nossos irmãos enfermos da retaguarda evolutiva, podendo, então, ajudá-los com segurança. 
Instado, momentânea ou repetidamente a quaisquer injunções negativas, lembra-te da higiene mental pela prece e pela meditação, não te favorecendo o devaneio infeliz. 
Mantém, assim, os pensamentos na diretriz evangélica e alça-te à luz do Amor, porque somente no clima e nas paisagens do amor de Nosso Pai haurirás a vitalidade essencial para o indispensável amor que liberta e felicita, no mesmo teor com que nos ama Jesus, libertando- te, por fim, das constrições lamentáveis que são produzidas pêlos perturbadores espirituais.

Celeiro de Bênçãos (psicografia Divaldo Pereira Franco - espírito Joanna De Angelis)


26 de junho de 2017

O espírito assiste ao enterro?


Frederico Figner, que no livro Voltei adotou o pseudônimo de “irmão Jacob”, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, foi diretor da Federação Espírita Brasileira e espírita atuante, prometeu escrever do além tão logo lá chegasse. Quando encarnado, acreditava que a morte era uma mera libertação do espírito e que seguiria para as esferas de julgamento de onde voltaria a reencarnar, caso não se transferisse aos Mundos Felizes. Mas, conforme seu depoimento, o que aconteceu após a sua desencarnação não foi bem assim.
Deixou-nos um alerta. “Não se acreditem quitados com a Lei, atendendo pequeninos deveres de solidariedade humana.”
Quando ainda doente no mundo espiritual, pediu para escrever sobre o que acontece após morte. Recebeu permissão, mas encontrou dificuldades fluídicas. Ofendeu-se quando foi impedido de se comunicar.
Irmão Andrade, seu guia espiritual, ajudou na sua desencarnação. Ele sentiu dois corações batendo. A visão alterava-se. Sentia-se dentro de um nevoeiro enquanto recebia passes. A consciência examinava acertos e desacertos da vida, buscando justificativas para atenuar as faltas cometidas.
De repente, viu-se à frente de tudo que idealizou e realizou na vida. As ideias mais insignificantes e os mínimos atos desfilavam em uma velocidade vertiginosa. Tentou orar, mas não teve coordenação mental. Chorou quando viu o vulto da filha Marta aconselhando-o a descansar.

PRECISARIA DE MAIS TEMPO PARA O DESLIGAMENTO TOTAL
Durante o transe, amparado por sua filha Marta, tentou falar e se mexer, mas os músculos não obedeceram. Viu-se em duplicata, com fio prateado ligando-o ao corpo físico. Precisaria de mais tempo para o desligamento total.
Sua capacidade visual melhorou e divisou duas figuras ao lado da filha Marta: Bezerra de Menezes e o irmão Andrade. Tentou cumprimentá-los, mas não conseguiu se erguer. Continuava imantado aos seus objetos pessoais. Precisava sair daquele ambiente para se equilibrar.
Foi levado para perto do mar para renovar as forças. As dores desapareceram. Descansou. Teve a sensação de haver rejuvenescido e notou que estava com trajes impróprios, na ilusão de encontrar alguém encarnado.
Na volta para casa, vestiu um terno cinza. Uma senhora encarnada que caminhava em direção a eles passou sem que nada ocorresse de ambos os lados. Recomposto da surpresa foi informado que estão em dimensões diferentes. No velório, projeções mentais dos presentes provocam-lhe mal-estar e angústia.
No velório, Jacob analisou as dificuldades e as lutas de um “morto” que não se preparou. Os comentários divergentes a seu respeito provocaram-lhe perturbações passageiras. Continuava ligado ao corpo. Bezerra esclareceu que não é possível libertar os encarnados rapidamente, depende da vida mental e dos ideais ligados à vida terrestre.
A Conversação. Jacob melhorou e se aproximou de amigos encarnados, mas não do corpo, conforme orientação recebida. Percebeu entidades menos simpáticas e foi impedido de responder. Decepcionou-se com comentários de amigos encarnados sobre as despesas do enterro. Não conseguiu suportar estes dardos mentais.

ENTERROS MUITO CONCORRIDOS
Viu círculos de luz num dos carros, e percebeu orações a seu favor, e alegrou-se. Assistiu de longe, pois Bezerra informou que enterros muito concorridos impõem grande perturbações à alma. Descobriu que quem não renunciou aos hábitos e sentidos do corpo demora para se desprender.
Entre companheiros. Finalmente liberto do corpo, Jacob visitou seu lar e seu núcleo de trabalho. Abraçou amigos e seguiu em direção à praia para se reunir com outros espíritos recém-desencarnados. Durante o trajeto, ficou preocupado por não lembrar de vidas passadas e por não saber onde iria morar. Sua filha garantiu que tudo seria solucionado pouco a pouco.
Minutos depois, respeitável senhora chegou acompanhada de benfeitores e saudou a todos. Jacob viu uma luz irradiando de seu tórax e sentiu inveja. Marta o repreendeu. Bezerra fez uma preleção informando que aqueles que não tiverem serenidade terão dificuldades no caminho que será percorrido até a colônia espiritual.

COMO DEVEMOS PARTICIPAR DE UM VELÓRIO
Como se trata de um evento muito delicado para o desencarnante, gostaríamos de relacionar alguns comportamentos para todos aqueles que se dirigirem a um velório:
- Orar com sinceridade em favor do desencarnante e de sua família, compreendendo que mais cedo ou mais tarde chegará a nossa hora e que, então, constataremos o gigantesco valor da prece a nós dirigida em situações como a desencarnação;
- Esforçar-se para não lembrar episódios infelizes envolvendo o desencarnante, compreendendo que todo pensamento tem elevada repercussão espiritual;
- Estar sempre disponível para o chamado “atendimento fraterno” com os irmãos presentes, mas não esquecer que o velório não é uma situação adequada a debates de natureza filosófico-religiosa;
- Respeitar a religião de todos os presentes e os cultos correspondentes a essas crenças, buscando contribuir efetivamente para a psicosfera de solidariedade do ambiente mesmo que em silêncio;
- Não perder o foco do objetivo maior da presença no velório, que é o auxílio espiritual ao desencarnante e aos familiares, assim como aos Espíritos desencarnados que estejam no local necessitando de auxílio através da oração para contribuir no desligamento do desencarnante;
- Se convidado a enunciar prece ou algumas palavras de homenagem ao desencarnante, tomar o cuidado de manter sempre a brevidade, a objetividade e o otimismo, evitando quaisquer imagens negativas que possam ser sugeridas por nossas palavras em relação aos irmãos presentes, sejam eles encarnados ou desencarnados;
- Aproveitar a ocasião para refletir sobre a impermanência de todas as situações materiais da vida física, fortalecendo o nosso desejo de amar e servir durante o tempo que ainda nos resta no corpo físico.

OS ESPÍRITOS NÃO FICAM NAS SEPULTURAS
Como se sabe, a visita às sepulturas apenas expressa que lembramos do amado ausente. Mas não é o lugar, objetos, flores e velas que realmente importam. O que importa é a intenção, a lembrança sincera, o amor e a oração. Túmulos suntuosos não importam e não fazem diferença para quem parte.
No programa Debate na Rio, que apresento na Rádio Rio de Janeiro, um ouvinte perguntou onde ele poderia orar no dia 2 de novembro pela alma de um amigo que foi cremado, e as cinzas jogadas no mar. Eu respondi que ele poderia orar de um leito de hospital, no templo religioso, em casa ou na prisão, pois não é preciso ir ao cemitério para orar pelo falecido. Os espíritos desencarnados não ficam nos túmulos presos aos despojos mortais. Eles continuam vivendo perto de nós ou nas Colônias Espirituais, como “Nosso Lar”, mostrada em filme.
Podemos, portanto, orar pelos espíritos, onde estivermos. O lugar não importa, desde que a prece seja sincera. Da mesma forma que ligamos pelo celular para alguém que mora em outro país, podemos também orar de qualquer lugar para os entes queridos que vivem na pátria espiritual, usando o “celular” do pensamento. Quando oramos, a força do pensamento emite um fio luminoso impulsionado pelo sentimento de amor, indo ao encontro do espírito para o qual rogamos as bênçãos de Deus.
Porém, o que importa é orarmos com sinceridade em benefício deles; afinal, se os nossos parentes e amigos já são felizes, as nossas preces aumentarão ainda mais essa felicidade. Por sua vez, caso estejam sofrendo, como os espíritos dos suicidas, as nossas orações têm o poder de aliviar os seus grandes sofrimentos. Isso acontece quando oramos; a força do nosso pensamento emite um fio luminoso impulsionado pelo sentimento de amor, que segue em direção ao espírito para o qual rogamos as bênçãos de Deus.

FALAR COM OS DESENCARNADOS PELA ORAÇÃO
Quando sentimos saudade dos parentes ou dos amigos que estão vivendo muito distantes de nós, simplesmente telefonamos para eles, matando a saudade. Assim acontece, também, quando sentimos falta dos entes queridos que partiram para o mundo espiritual, e falamos com eles através da oração. Para tanto, usamos o “celular” do nosso pensamento, pois ao orarmos, emitimos um fio luminoso que é impulsionado pelo sentimento de amor, que vai em direção a esses espíritos que continuamos amando e que continuam a nos amar. Pelo “celular” do nosso pensamento, podemos ligar para eles de qualquer lugar onde estejamos.
Mas veja só, leitor amigo: se antes eu já não ia ao cemitério no Dia de Finados, agora muito menos, após ler a mensagem enviada por um “morto” através do médium Chico Xavier. O espírito, cujo corpo foi enterrado no dia dois de novembro, relata o sufoco porque passou, diante da grande perturbação no ambiente espiritual do cemitério. Essa mensagem psicografada, do livro Cartas e Crônicas, citei também no capítulo “Finados”, do livro de nossa autoria O Que Ensina o Espiritismo, ambos disponíveis no CEERJ, tel: (21) 2224-1244.


23 de junho de 2017

Podemos receber visitas de espíritos de encarnados?



Antônio Carlos Navarro
Há alguns anos, conversando com uma senhora de nossas relações de amizade, ouvimos o seu relato acerca das inúmeras vezes em que ela via, pela vidência mediúnica, o seu marido, em espírito, visitando o lar enquanto se encontrava a quilômetros em viagem profissional.
As visões aconteciam durante as madrugadas, quando acordada ela via o espírito do marido circulando pela casa, porém sem travar conversação, e sem ele ter consciência do fato quando questionado a respeito.
A Doutrina Espírita explica, detalhadamente, a ocorrência, já que é um acontecimento muito comum entre os encarnados, como nos ensinam os Espíritos Superiores:
O Espírito encarnado permanece espontaneamente no corpo?
– É como perguntar se o prisioneiro se alegra com a prisão. O Espírito encarnado aspira sem cessar à libertação, e quanto mais o corpo for grosseiro, mais deseja desembaraçar-se dele. (1)


Durante o sono, a alma repousa como o corpo?

– Não, o Espírito nunca fica inativo. Durante o sono, os laços que o prendem ao corpo se relaxam e, como o corpo não precisa do Espírito, ele percorre o espaço e entra em relação mais direta com outros Espíritos. (2)
Mas é no capítulo oito da segunda parte de O Livro dos Espíritos, sob o título “Da Emancipação da Alma”, que encontramos as explicações detalhadas sobre o assunto. (3)
Na oportunidade Allan Kardec questiona a Espiritualidade Superior se é caso de “dupla existência simultânea: a do corpo, que nos dá a vida de relação exterior, e a da alma, que nos dá a vida de relação oculta”, obtendo como resposta que “no estado de liberdade, a vida do corpo cede lugar à vida da alma. Porém, não são, propriamente falando, duas existências; são, antes, duas fases da mesma existência, uma vez que o homem não vive duplamente”.
Esclarecem os Espíritos que “duas pessoas que se conhecem podem se visitar durante o sono, e muitas outras que acreditam não se conhecerem também se reúnem e conversam. Podeis ter, sem dúvida, amigos num outro país. O fato de ir se encontrar, durante o sono, com amigos, parentes, conhecidos, pessoas que podem ser úteis, é tão frequente que o fazeis todas as noites”, e a “utilidade dessas visitas noturnas, uma vez que não fica lembrança de nada, é muito comum disso ficar uma intuição, ao despertar, e é frequentemente a origem de certas ideias que surgem espontaneamente”.
Sobre a possibilidade do homem poder provocar essas visitas espirituais por sua vontade dizendo ao dormir: “esta noite quero me encontrar em Espírito com tal pessoa, falar com ela e dizer-lhe alguma coisa”, o esclarecimento que se segue é que “o homem dorme, o Espírito se liberta e o que o homem tinha programado, o Espírito está bem longe de seguir, porque os desejos e vontades do homem nem sempre são os mesmos do Espírito, quando desligado da matéria. Isso acontece com os homens espiritualmente bastante elevados. Há os que passam de outra forma essa sua existência espiritual: entregam-se às suas paixões ou permanecem na inatividade. Pode acontecer que, considerando a razão da visita, o Espírito vá mesmo visitar as pessoas que deseja; mas a simples vontade do homem, acordado, não é razão para que o faça".

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Outra possibilidade que se apresenta é que vários “espíritos encarnados podem se reunir” porque “os laços de amizade, antigos ou novos, fazem com que se reúnam, frequentemente, diversos Espíritos, felizes de estarem juntos”.
A questão se volta para a necessidade de dominarmos nossas paixões e vícios, trabalhando para eliminá-los, e também de revermos quais são nossos interesses, mundanos ou espirituais, para podermos aproveitar ao máximo as oportunidades dos momentos de liberdade que o nosso espírito tem durante o sono físico, preparando-nos, paulatinamente, para o retorno definitivo à Pátria Maior, que é de onde viemos e mais uma vez para onde retornaremos após o término desta vida física.
Pensemos nisso.

21 de junho de 2017

O que é maturidade espiritual?


Perguntaram a Jalal ad-Din Muhammad Rumi, mestre espiritual persa do séc. XIII:

O que é veneno?
- Qualquer coisa além do que precisamos é veneno. Pode ser poder, preguiça, comida, ego, ambição, medo, raiva, ou o que for.

O que é o medo?
- Não aceitação da incerteza. Se aceitamos a incerteza, ela se torna aventura.

O que é a inveja?
- Não aceitação do bem no outro. Se aceitamos o bem, se torna inspiração.

O que é raiva?
- Não aceitação do que está além do nosso controle.
Se aceitamos, se torna tolerância.

O que é ódio?
- Não aceitação das pessoas como elas são. Se aceitamos incondicionalmente, então se torna amor.

O que é maturidade espiritual?

1. É quando você pára de tentar mudar os outros e se concentra em mudar a si mesmo.
2. É quando você aceita as pessoas como elas são. 
3. É quando você entende que todos estão certos em sua própria perspectiva.
4. É quando você aprende a "deixar ir".
5. É quando você é capaz de não ter "expectativas" em um relacionamento, e se doa pelo bem de se doar.
6. É quando você entende que o que você faz, você faz para a sua própria paz.
7. É quando você pára de provar para o mundo, o quão inteligente você é.
8. É quando você não busca aprovação dos outros.
9. É quando você pára de se comparar com os outros.
10. É quando você está em paz consigo mesmo.
11. Maturidade espiritual é quando você é capaz de distinguir entre "precisar" e "querer" e é capaz de deixar ir o seu querer.
E por último, e mais significativo:
12. Você ganha maturidade espiritual quando você pára de anexar "felicidade" em coisas materiais!

QUANTOS ESPÍRITOS ESTÃO AO SEU LADO?




Calcula-se que existam por volta de 6, 7 vezes mais espíritos desencarnados do que os 7 bilhões reencarnados na terra. E onde esses quase 50 bilhões de irmãos habitam, o que fazem? 
Muitos estão diretamente ligados à terra, à nossa mente, com compromisso com a evolução da humanidade e outros, ainda a caminho do bem, enfrentam os desafios dos seus próprios sentimentos na busca de vingança e alimentam certos vícios que carregam da experiência terrena. 
E nenhum deles, por mais que queiram, não possuem acesso a encarnados que não tenham semelhanças energéticas e de pensamento com eles. Portanto, nós que escolhemos nossas companhias. 


Ao menos cinco espíritos, em média, nos acompanham pelos mais diferentes motivos. Seja pelo nosso gosto musical, nossa profissão, nosso vício com sexo, álcool, tabaco, e nossas missões pelo bem coletivo ou por aquele ódio que consumimos silenciosamente. 
É a mais pura lei da atração energética, por isso a necessidade diária de prece, de conexão com a Espiritualidade Maior, a fim de apenas fortalecer os nossos laços com irmãos comprometidos com nosso progresso. 
Uma simples prece diária, a renovação de pensamentos e um passe semanal, acompanhada por uma boa palestra na casa de oração, uma leitura edificante, sem contar com a importância do trabalho voluntário, são ações que equivalem a um profundo banho energético na alma.

Então… que tipo de espírito você escolhe para estar ao seu lado? 
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Daniel Polcaro : jornalista e médium espírita.

18 de junho de 2017

QUEM VOCÊ FOI NA VIDA PASSADA?



O que eu fui na vida passada?
Quase todo mundo que acredita em reencarnação tem essa curiosidade de saber o que foi na vida passada. Na verdade, vida nós temos só uma. Nós somos seres imortais. Temos uma vida e experimentamos muitas existências.
Tudo o que nós já vivemos, tudo o que nós já sentimos, pensamos, falamos e fizemos está arquivado dentro de nós. Jesus se referiu a isso ao dizer que “até os fios de cabelo de vossas cabeças estão todos contados”. Mas evidentemente o nosso cérebro físico não tem acesso a esses dados. O cérebro físico pertence a essa existência terrena, não pode acessar dados de existências anteriores.
Há casos em que nós temos pequenas lembranças de outras existências. Nós lembramos de cenas, de situações, sentimos determinadas emoções que sabemos que não são da existência atual – e quem sente isso sabe que isso não é fantasia, é lembrança real.


Há casos também, mais raros, de pessoas, principalmente crianças, que lembram nitidamente de fatos da sua existência imediatamente anterior a essa. Alguns desses casos são relatados no livro 20 casos sugestivos de reencarnação, do Dr. Ian Stevenson – um pesquisador canadense, não-religioso, que dedicou a sua vida a pesquisar sobre a reencarnação. Nesses casos relatados por ele há inclusive sinais de nascença, nessas crianças, relacionados a fatos vivenciados por elas na existência anterior.
Existem vários fatores que são capazes de despertar lembranças de uma existência anterior. Algum lugar que visitamos, algum trauma que experimentamos, uma doença, um sonho – eu tive contato com alguns acontecimentos passados quando desdobrado, na chamada projeção consciente.
E existem métodos artificiais, provocados, para reativar a memória de outras existências. A regressão, a hipnose, a terapia de vidas passadas são talvez as mais conhecidas.
Particularmente eu não aconselho esses métodos. Não tenho nada contra. Mas, se o terapeuta não for suficientemente capacitado para conduzir o processo com segurança, os resultados podem ser bem diferentes daquilo que se espera. Temos que ter em mente que somos ainda muito imperfeitos, muito falhos, que já cometemos muitos erros e que já sofremos muito. Se nós lembrarmos de fatos desagradáveis que nos marcaram no passado e formos capazes de revivê-los, dando novo significado a eles, ótimo – mas se apenas lembrarmos, reavivando-os em nós, isso pode ser prejudicial.
Lembremos que nós reencarnamos próximo de pessoas com quem nós temos reajustes a fazer. Se recuperássemos a memória de experiências anteriores com essas pessoas talvez não saberíamos lidar muito bem com isso.
Na verdade, se nós nos dedicamos a estudar as coisas do espírito, se nós adotamos a prática de servir ao próximo, e se nós reservamos algum tempo para analisar a nós mesmos, ao autoconhecimento, a perscrutar a própria consciência, nós descobrimos quem somos.

O que nós somos hoje é o resultado do que nós fomos em outras existências. Nós nos construímos todos os dias. Os nossos pensamentos íntimos, os nossos desejos mais secretos, os medos que nós não contamos pra ninguém, isso é o que nós conseguimos fazer com nós mesmos até agora. Se não está bom, temos que tratar de neutralizar essas características através do trabalho – não interessa toda a soma de experiências que nos fez assim.
Observe o tipo de pessoas que lhe atrai, o tipo de ambiente que você procura, as suas falhas de caráter – seja honesto nessa análise e você terá uma boa noção do que você fez em outras existências.
As suas tendências, os seus gostos, as suas capacidades, tudo isso fala de você. Não importa o que você foi e o que você fez – não importa O QUE, mas COMO. Como você ficou, como isso agiu em você – e para isso basta observar a si mesmo.

23 de março de 2017

Os mais terríveis inimigos do homem



Os mais terríveis inimigos do homem residem no país da alma e não vêm de fora, devendo ser combatidos com perseverante calma e continuada vigilância.
Conspiram contra a felicidade, esfacelam a esperança; consomem a alegria.
Porque convivem com o ser, disfarçam-se habilmente, transferindo a responsabilidade da sua perfídia e maldade para as demais pessoas.
Não se lhes pode convir, porquanto, cada vez se fazem mais dominadores, arrastando suas vítimas para as prisões sem paredes da revolta, da autocomiseração, da delinquência.
Esses adversários são o egoísmo, o medo, a inveja, a insatisfação.
O egoísmo é o chefe de todas as paixões inferiores, gerador de algemas que retêm o ser no primarismo da evolução.
O medo é o algoz que deflagra a guerra da autoaflição, semeando o pólen da angústia que leva à morte.
A inveja é o tóxico que alucina, estimulando à calúnia, ao crime, à destruição.
A insatisfação fomenta o desequilíbrio, tornando os sentimentos desarticulados nas suas funções mantenedoras da emotividade, da realização enobrecida.
Gera ansiedade como desinteresse, frustração como complexo de inferioridade.
O aprendiz, que anela pela vitória, deve ser exigente para consigo mesmo e benevolente para com o próximo, trabalhando sempre pela transformação desses inimigos em companheiros que lhe facultem a generosidade radiosa, enriquecedora.
A coragem disciplinada, que o faça um estoico, o otimismo radiante, que o transforme em dínamo gerador de alegria e a saúde plena, que lhe transpareça em forma de solidariedade, de reconhecimento à vida, a ninguém impondo carga de dores desnecessárias.

Fonte: Psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis