Os mais terríveis inimigos do homem residem no país da alma e não vêm de fora, devendo ser combatidos com perseverante calma e continuada vigilância.
Conspiram contra a felicidade, esfacelam a esperança; consomem a alegria.
Porque convivem com o ser, disfarçam-se habilmente, transferindo a responsabilidade da sua perfídia e maldade para as demais pessoas.
Não se lhes pode convir, porquanto, cada vez se fazem mais dominadores, arrastando suas vítimas para as prisões sem paredes da revolta, da autocomiseração, da delinquência.
Esses adversários são o egoísmo, o medo, a inveja, a insatisfação.
O egoísmo é o chefe de todas as paixões inferiores, gerador de algemas que retêm o ser no primarismo da evolução.
O medo é o algoz que deflagra a guerra da autoaflição, semeando o pólen da angústia que leva à morte.
A inveja é o tóxico que alucina, estimulando à calúnia, ao crime, à destruição.
A insatisfação fomenta o desequilíbrio, tornando os sentimentos desarticulados nas suas funções mantenedoras da emotividade, da realização enobrecida.
Gera ansiedade como desinteresse, frustração como complexo de inferioridade.
O aprendiz, que anela pela vitória, deve ser exigente para consigo mesmo e benevolente para com o próximo, trabalhando sempre pela transformação desses inimigos em companheiros que lhe facultem a generosidade radiosa, enriquecedora.
A coragem disciplinada, que o faça um estoico, o otimismo radiante, que o transforme em dínamo gerador de alegria e a saúde plena, que lhe transpareça em forma de solidariedade, de reconhecimento à vida, a ninguém impondo carga de dores desnecessárias.
Fonte: Psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis
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